Dental assistance for elderly during COVID-19 pandemic: A Brazilian perspective
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.16092Palavras-chave:
COVID-19; Assistência odontológica para idosos; Odontologia.Resumo
Objetivo: Avaliar a necessidade de atendimento odontológico de idosos durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Pesquisa observacional online que incluiu idosos brasileiros ≥ 60 anos, com acesso à internet em todas as regiões do Brasil. Foram respondidos questionários sobre características sociodemográficas, saúde geral, medo do COVID-19 (escala FCV-19S) e assistência odontológica. Os dados foram tabulados e analisados por meio de análise descritiva e inferencial (α = 5%). Resultados: Ao todo, 705 idosos responderam ao questionário. A maioria necessitou de atendimento odontológico (58,6%), embora apenas 31,3% tenham procurado um consultório, relatando urgência. Idosos realizaram consultas eletivas (96,3%) em serviços odontológicos privados (95,9%), e em sua maioria estavam acompanhados durante o atendimento odontológico (81,6%), sem necessidade de espera (50,7%). As intervenções protéticas e restauradoras foram as mais solicitados. No consultório odontológico, 53,9% relataram medo de ser contaminado por COVID-19, sendo este risco considerado médio (46%). Idosos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com baixa escolaridade, diagnóstico prévio de COVID-19 e maiores escores no FCV-19S tiveram mais medo de contaminação em consultório odontológico (todos p <0,05). Nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil, idosos com piores níveis de escolaridade e aqueles com maiores escores no FCV-19S (todos p <0,05) concordaram com o risco de contaminação em consultórios odontológicos. Conclusões: Idosos brasileiros ainda precisam de atendimento odontológico durante a pandemia. Aqueles com baixa escolaridade, diagnóstico prévio da doença, medo da COVID-19 e de regiões brasileiras altamente afetadas apresentaram maior medo de serem contaminados no consultório odontológico, o que pode impedi-los de procurar ajuda.
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