Estudo temporal das arboviroses: Uma análise espacial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16220

Palavras-chave:

Infecções por Arboviroses; Análise Espacial; Vigilância epidemiológica.

Resumo

O objetivo do estudo é analisar espacialmente a distribuição temporal dos casos notificados das Arboviroses nos 167 municípios do Rio Grande do Norte, nos últimos 10 anos. Trata-se de um estudo quantitativo, ecológico, descritivo, analisando espacialmente as Arboviroses Dengue, Zika e Chikungunya. Utilizou-se dados secundários disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde-DATASUS, e dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Rio Grande do Norte-SESAP. A pesquisa foi composta pelos casos notificados das Arboviroses na população do Rio Grande do Norte, dentre os anos 2007 a 2016. Os dados foram tabulados no programa Excel versão 2013, sendo migrados posteriormente para organização e análise estatística no programa SPSS versão 22. A espacialização foi realizada no programa TABWIN versão 32. A Dengue apresenta-se a Arbovirose com maior média em 2016, possuindo maior número de notificações na sétima região de saúde do Estado, e uma rápida disseminação da Zika e Chikungunya nos últimos três anos. Na análise espacial, a distribuição apresenta-se diferenciada, dependendo da taxa de prevalência da Arbovirose, sendo a Dengue e a Chikungunya destacando municípios na região do Seridó (quarta região) e a Zika no Trairi, mais precisamente na quinta região. Conclui-se que são necessárias maiores avaliações pela vigilância epidemiológica nas regiões de maiores prevalências das Arboviroses no Estado, no intuito do fortalecimento e redirecionamento das políticas de controle destas doenças e com isso, traçar melhores estratégias preventivas e educativas direcionadas a estes agravos.

Referências

Alencar, C. H. M., Albuquerque, L. M., Aquino, T. M. F., Soares, C. B., Ramos Júnior, N. A., & Lima, J. W. O. (2008). Potencialidades do aedes albopictus como vetor de arboviroses no Brasil: um desafio para a atenção primára. Rev Aps, 11(4), 459-67.

Almeida, A. S., Medronho, R. A., & Valencia, L. I. O. (2009). Análise espacial da dengue e o contexto socioeconômico no município do Rio de Janeiro, RJ. Rev Saúde Públ, 43(4), 666-73.

Almeida, L. S., Cota, A. L. S., & Rodrigues, D. F. (2020). Saneamento, Arboviroses e Determinantes Ambientais: impactos na saúde urbana. Ciênc. Saúde Coletiva, 25(10), 3857-3868.

Barbosa I.R., Araújo L.F., Carlota F.C, Araújo R.S., & Maciel I.J. (2012). Epidemiologia do dengue no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, 2000 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde, 21 (1), 149-157.

Barbosa, I. R., Tavares, A. M., Torres, U. P. S., Nascimento, C. A., Moura, M. C. B. M., Vieira, B. V., Araújo, J. M. G., & Gama, R. A. (2017). Identificação de áreas prioritárias para a vigilância e controle de dengue e outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti no município de Natal-RN: relato de experiência. Epidemol. Serv. Saude, 26(3), 629-638.

Brito, A.L. (2015). Perfil epidemiológico da dengue no Brasil, nos anos 2009 a 2013. Trabalho de Conclusão do Curso, UNICEUB-Faculdade De Ciências Da Educação E Saúde, Brasília, DF, Brasil.

Cavalcanti, L. P. G., & Timerman, A. (2016). Sewage disposal and arboviruses in Brazil. Revista Rene, 17(5), 585.

Comissão de epidemiologia da ABRASCO. (2016). Zika vírus: desafios da saúde pública no Brasil. Rev. Bras. Epidemiol, 19(2), 225-228.

Donalisio, M. R., Freitas A. R. R., & Zuben A. P. B. V. (2017). Arboviroses emergentes no Brasil: desafios para a clínica e implicações para a saúde pública. Rev. Saúde Pública, 51(30), 1-6.

Fantinato F.F.S.T., Araújo E.L.L., Ribeiro I.G., Andrade M.R., Dantas A.L.M., Rios J.M.T., Silva O. M. V., Silva M. S., Nóbrega R. V., Batista D. A., Leite P. L., Saad E., Percio J., Resende E. A., Souza P.B., & Wada M. Y. (2016). Descrição dos primeiros casos de febre pelo vírus zika investigados em municípios da região Nordeste do Brasil, 2015. Rev. Epidemiol. Serv. Saúde, 25 (4), 683-690.

Fuck, J. A. B. (2010). Avaliação das ações do programa de controle da dengue em municípios selecionados do oeste catarinense. Rev Saúde Públ, 3(2), 6-19.

Honório N.A., Câmara D.C.P., Calvet G.A., & Brasil P. (2015). Chikungunya: uma arbovirose em estabelecimento e expansão no Brasil, Cad Saúde Pública, 31(5), 906-908.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2016). Estimativa populacional do Rio Grande do Norte. http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=rn.

Júnior, D. P. F., Serpa, L. L. N., Barbosa, G. L., Pereira, M., Holcamn, M. M., Voltolini, J. C., & Marques, G. R. A. M. (2019). Vetores de arboviroses no estado de São Paulo: 30 anos de Aedes aegypti e Aedes albopictus. Revista de Saúde Pública, 53(30), 1-11.

Lima-Camara, T. N. (2016). Emerging arboviruses and public health challenges in Brazil. Revista de Saúde Pública, 50(36), 1-7.

Lopes, N., Nozawa, C., & Linhares, R. E. C. (2014). Características gerais e epidemiologia dos arbovírus emergentes no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 5(3), 55-64.

Maniero, V. C., Santos, M. O., Ribeiro, R. L., Oliveira, P. A. C., Silva, T. B., Moleri, A. B., Martins, I. R., Lamas, C. C., & Cardoso, S. V. (2016). Dengue, chikungunya e zika vírus no brasil: situação epidemiológica, aspectos clínicos e medidas preventivas. Almanaque Multidisciplinar de Pesquisa, 1(1), 118-145.

Mussi, R. F. F., Mussi, L. M. P. T., Assunção, E. T. C., Nunes, C. P. (2019). Pesquisa Quantitativa e/ou Qualitativa: distanciamentos, aproximações e possibilidades. Rev. Sustinere, 7(2), 414-430.

Nakagawa, C. K. (2013). Promoção da saúde nas ações de controle e combate ao dengue nas escolas de Ceilândia. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade de Brasília, Ceilândia, Distrito Federal, Brasil.

Secretaria de Saúde Pública. (2016). Boletim Epidemiológico: Atualização da Situação Epidemiológica das Arboviroses no Rio Grande do Norte. 2016. Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus zika, até a semana epidemiológica nº 52/2016. http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/sesap/DOC/DOC000000000140313.PDF.

Teich, V., Arinelli, R., & Fahham, L. (2017). Aedes aegypti e sociedade: o impacto econômico das arboviroses no Brasil. J Bras Econ Saúde, 9(3), 267-276.

Downloads

Publicado

15/06/2021

Como Citar

SILVA, F. C. de M. .; BEZERRA, H. de S. .; ARAÚJO, A. O. C. de; CARVALHO, L. E. S. de .; SILVA, J. A. da . Estudo temporal das arboviroses: Uma análise espacial. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7, p. e10910716220, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i7.16220. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16220. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde