Avaliação de um método de estimativa de idade pela mineralização dentária dos terceiros molares
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16524Palavras-chave:
Determinação da Idade pelos Dentes; Radiografia Dentária; Odontologia legal.Resumo
A Odontologia Legal utiliza a mineralização dentária na estimativa da idade, para auxiliar na estimativa de cadáveres e até mesmo de humanos vivos. O objetivo do estudo foi avaliar a confiabilidade do método proposto por Cornélio Neto (2000) para estimar a idade cronológica humana por meio da análise da mineralização dos terceiros molares. Foram utilizadas 150 radiografias panorâmicas de indivíduos de ambos os sexos, com faixa etária entre 15 e 22 anos e que possuíssem, pelo menos, um dos terceiros molares. Os estágios de mineralização de cada elemento presente na radiografia foram registrados, de acordo com a classificação de Nicodemo, Moraes e Médici Filho (1974) e adaptada por Cornélio Neto (2000), por um examinador previamente calibrado. Com a determinação dos estágios de mineralização foram aplicados nas fórmulas desenvolvidas por Cornélio Neto (2000) para estimativa da idade, que varia de acordo com cada um dos terceiros molares e o sexo dos indivíduos. Para a análise de dados, foi realizado o teste de Coeficiente de Correlação Intraclasse, utilizando o software SPSS (Versão 27, Chicago, EUA). No sexo masculino o dente com maior taxa de concordância foi o dezoito, já no sexo feminino foram os dentes trinta e oito e quarenta e oito. A classificação da concordância, proposta por Fermanian (1984), aponta que os terceiros molares avaliados possuem correlação moderada entre as idades reais e estimadas. Sendo assim, este método pode ser usado como um exame complementar para estimar a idade real de um indivíduo, necessitando de outros que corroborem com sua estimativa.
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