Metodologia de ensino e percepção da qualidade de vida e estresse em graduandos de enfermagem no nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16626Palavras-chave:
Estresse psicológico; Aprendizagem ativa; Estudantes de enfermagem; Ensino; Qualidade de vida.Resumo
Objetivo: avaliar a influência do método de ensino aprendizagem na percepção de qualidade de vida (QV) e estresse dos acadêmicos de enfermagem de uma universidade federal brasileira. Método: estudo transversal realizado em dois campi uma universidade pública, dados coletados por meio de um questionário contendo itens para caracterização socioeconômica, acadêmica e hábitos de vida, o WHOQOL-bref e a PSS-10, para avaliação da QV e da percepção de estresse, respectivamente. A análise estatística foi realizada por meio dos testes Exato de Fisher, Qui-quadrado, teste T, ANOVA e correlação de Pearson. Os resultados com p<0,05 foram considerados significativos Resultados: a amostra foi composta por 113 estudantes do campus ativo e 130 do campus tradicional, predominantemente do sexo feminino (194;79,8%), não brancos (183;75,3%), com uma média de idade de 22,52±4,67 anos, residentes na zona urbana (220;90,5%), que viviam com a família (126;51,9%), não exerciam atividade laboral remunerada (203;83,5%) e estavam matriculados nos três primeiros anos do curso (158; 65%). A QV global teve uma média de 56,44±12,53 e da percepção do estresse foi de 23,99±6,71. Embora não tenha havido diferença entre a percepção de estresse, os estudantes do método ativo apresentaram melhores escores de QV global e nos domínios psicológico, social e ambiental (p<0,05). Conclusão: os estudantes do método ativo apresentaram melhores resultados na avaliação da QV, porém não houve diferenças significativas quanto à percepção do estresse entre os grupos avaliados.
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