Condição de saúde bucal e cuidado clínico-odontológico para pacientes hospitalizados com fratura de face
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.16637Palavras-chave:
Cuidados Odontológicos; Equipe Hospitalar de Odontologia; Traumatismos Faciais; Qualidade de vida.Resumo
Objetivo: analisar o perfil de saúde oral de pacientes internados vítimas de traumas orais e maxilo-faciais no Hospital Instituto Doutor José Frota, Ceará, Brasil. Metodologia: estudo realizado em 2020 iniciou com exame da cavidade oral à beira do leito, aplicação dos índices CPO-D e The Bedside Oral Exam, juntamente com o levantamento das necessidades odontológicas e aplicação do questionário Perfil de Impacto na Saúde Bucal (OHIP-14), relacionando os resultados, aplicando média, desvio padrão e calculando o coeficiente alfa de Cronbach e a correlação de Spearman para o resultado do OHIP-14. Resultados: Avaliados 78 pacientes, a maioria do sexo masculino (88%), com uma idade média de 32,72 ± 11,63 anos, sendo a hipertensão arterial a comorbidade mais prevalente. Além disso, 60% da amostra apresentava fratura no terço inferior da face. O número médio de dentes cariados por paciente foi de 5,69. Cerca de 62,82% tinham uma saúde oral deficiente, a partir da presença de biofilme generalizado e gengivas inchadas. A laserterapia de baixa potência foi indicada para 94,8% da amostra, tratamento periodontal em 58,9%, terapia restauradora em 69,2%, e cirurgia em 42,3%. Relacionado ao questionário OHIP-14, o traumatismo facial teve um impacto negativo na qualidade de vida dos participantes, especialmente nas dimensões relacionadas a dor. Conclusão: houve uma prevalência significativa de doenças orais, tais como a gengivite e a cárie dentária, o que justifica a necessidade de intervenção odontológica antes da abordagem cirúrgica maxilo-facial definitiva.
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