A gamificação e o desenvolvimento de competências socioemocionais em sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16799

Palavras-chave:

Competências socioemocionais; Gamificação; Ensino-aprendizagem; Sujeito responsivo e responsável.

Resumo

As demandas comunicativas do século XXI caracterizam-se pelos novos recursos tecnológicos que dão forma às expressões humanas cada vez mais enviesadas pelo enorme fluxo informacional suscitado pelos processos globalizantes. Nesse contexto, encontra-se o público jovem que, ressignificando cada vez mais as novas formas de comunicação, requer novos modos de aprender. A partir da gamificação, competências socioemocionais podem ser desenvolvidas em sala de aula, posto que, no processo de gamificação, o estudante vê-se em situações em que precisa saber lidar consigo, com o outro e com os desafios propostos. Como problemática desta pesquisa, questiona-se: que estratégia gamificadora pedagógica pode ser utilizada para o desenvolvimento de uma aprendizagem mais significativa em indivíduos que se constroem socioemocionalmente competentes? Para isso, objetiva-se revisar teoricamente as noções sobre gamificação, competências socioemocionais e sujeito responsivo e responsável, para que seja possível, então, propor uma estratégia de desenvolvimento do ensino-aprendizagem a partir da gamificação, por meio de um olhar atento ao desenvolvimento de competências socioemocionais dos estudantes. Por meio de uma metodologia bibliográfica, exploratória, qualitativa e propositiva, esta pesquisa fundamenta-se em estudos sobre 1) competências socioemocionais (Del Prette & Del Prette, 2001; Pena, Alves, Primi, 2020); 2) gamificação e ensino-aprendizagem; e 3) a interação dialógico-discursiva do indivíduo responsivo e responsável (Bakhtin, 2010, 2016). Consideram-se profícuas as reflexões sobre os novos desafios do ensino-aprendizagem hoje, através de uma estratégia pedagógica colaborativa que suscita o fortalecimento mental e o desenvolvimento socioemocional em atividade interativa de compreensões ativas.

Biografia do Autor

Tulio Augusto Andrade Oliveira, Uniesp Centro Universitário

Mestre em Ciências da Saúde pelo Centro Universitário Saúde ABC, Pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas FGV. Graduado em Administração de Empresas pelo Instituto de Educação Superior da Paraíba IESP. Graduando em Direito pelo Instituto de Educação Superior da Paraíba IESP. Professor Executivo da Fundação Getúlio Vargas – FGV, Professor do Centro Universitário Uniesp desde 2015. É colaborador de Extensão da UFPB, através de atividades do Projeto “Desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a promoção de sentido na vida: intervenção na escola”. Experiência como gerente administrativo-financeiro, Gerenciamento de Projetos em Construção de Usinas Termoelétricas, Gestão de Contratos, Supervisão e Tradução de projetos em montagens eletromecânicas em Usinas Termoelétricas, Supervisão de Vendas e Exportação e palestrante de assuntos da área de Administração e Gestão. Experiência em Importação/Exportação e vendas no mercado americano e brasileiro. 

Karol Costa Guedes, Universidade Federal da Paraíba

Doutoranda em Linguística, pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (PROLING), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestre em Linguagem e Ensino, pelo Programa de Pós-Graduação em Linguagem e Ensino, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Graduada em Letras - Habilitação em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Atua em estudos sobre Linguagem, Língua, Linguística, Análise Dialógica do Discurso e Ensino de Língua Portuguesa. Atualmente é professora de Língua Portuguesa (Educação Básica) na rede pública de ensino em Campina Grande, Paraíba.

Kylven Costa Guedes, Igreja Presbiteriana de Tambaú

Possui Graduação em Licenciatura Plena em Computação, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e Bacharelado em Teologia, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). É colaborador de Extensão da UFPB, através de atividades do Projeto “Desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a promoção de sentido na vida: intervenção na escola”. Atualmente é pastor auxiliar na Igreja Presbiteriana de Tambaú, onde atua, também, como professor da Escola Bíblica Dominical, especialmente com o público jovem. Atua em estudos sobre processo de ensino-aprendizagem, formação docente e competências socioemocionais.

Karen Guedes Oliveira, Universidade Federal da Paraíba

Professora Adjunta do Departamento de Fundamentação da Educação (DFE) do Centro de Educação (CE) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutora em Psicologia Social (UFPB); Mestre em Ciências das Religiões (UFPB); Especialista em Psicopedagogia Clínico-Institucional (ESAB); Pós graduanda em Avaliação Psicológica (Ipog); Graduada em Psicologia- Habilitação em Formação de Psicólogo e Licenciatura Plena (UEPB). Atua em estudos na área da Psicologia, com ênfase em Logoterapia e Análise Existencial, Psicologia Organizacional e do Trabalho, Psicologia e a Pessoa com Deficiência e Desenvolvimento Humano. Participante do Laboratório de Pesquisa em Logoterapia e Análise Existencial (LAPLAE/UFPB), do Grupo de Pesquisa Bases Normativas do Comportamento Social (BNCS/UFPB) e Logoterapia e Saúde da Família (UEPB). E-mail: karen_costaguedes@hotmail.com.

Referências

Abed, A. (2014). O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. São Paulo: UNESCO/MEC.

Alves, F. (2015). Gamification: como criar experiências de aprendizagem engajadoras – um guia completo: do conceito à prática. 2. ed. São Paulo: DVS Editora.

Ausani, P. C.; Alves, M. A. (2020). Gamificação e ensino: o jogo dialógico como estratégia didática ativa e inovadora. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 6, p. e139962736. DOI: 10.33448/rsd-v9i6.2736. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2736. Acesso em: 16 jun. 2021.

Bakhtin, M. (2010a). Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 5. Ed. São Paulo: Martins Fontes.

Bakhtin, M. (2010b). Para uma filosofia do ato responsável. Tradução aos cuidados de Valdemir Miotello e Carlos Alberto Faraco. São Carlos: Pedro e João Editores.

Bakhtin, M. (2015). Teoria do romance I: a estilística. São Paulo: Editora 34.

Bakhtin, M. (2016). Os gêneros do discurso. Organização, tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra. Notas a edição russa de Serguei Botcharov. São Paulo: Editora 34.

Benet-Martínez, V. & John, O. P. (1998). Los cinco grandes across cultures and ethnic groups: Multitrait-multimethod analyses of the big five in Spanish and English. Journal of Personality and Social Psychology.

Brasil. (2018). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília.

Brasil. (2013). Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Caderno de Educação em Direitos Humanos. Educação em Direitos Humanos: Diretrizes Nacionais. Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=32131-educacao-dh-diretrizesnacionaispdf&Itemid=30192>.

Damásio, B. F. (2017). Mensurando habilidades socioemocionais de crianças e adolescentes: desenvolvimento e validação de uma bateria (nota técnica). Temas psicol., Ribeirão Preto.

Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2001). Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette): Manual de Aplicação, Apuração e Interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo (3ª. edição, com apuração informatizada, em 2006 – Acompanhado de Manual, Caderno de Aplicação e Fichas de Resposta).

Deyoung, C. G. & Gray, J. R. (2009). Personality neuroscience: Explaining individual differences in affect, behavior, and cognition. In P. J. Corr & G. Matthews (Eds.), The Cambridge Handbook of Personality Psychology, New York: Cambridge University Press.

Huizinga, J. (2004). Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva.

Kapp, K. M. (2014). The Gamification of Learning and Instruction Fieldbook: Ideas into Practice. San Francisco: Wiley.

Mcgonigal, j. (2017). A realidade em jogo. Editora best seller.

Meira, l. & Blikstein, p. (2020). Ludicidade, jogos digitais e gamificação na aprendizagem. Porto alegre-rs: artmed.

Morin, Edgar. (2000). A inteligência da complexidade. São Paulo: Peirópolis.

Murcia, J. A. M. (2005). Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre-RS: Artmed.

Nunes, C. H. S. S. & Hutz, C. S. (2007). Construção e validação da Escala Fatorial de Socialização no Modelo dos Cinco Grandes Fatores. Psicologia: Reflexão e Crítica.

Pena, A. C., Alves, G., & Primi, R. (2020). Habilidades socioemocionais na educação atual. B. Téc. Senac, Rio de Janeiro.

Piccini, L. (2015). Como seu cérebro aprende. Mato Grosso do Sul.

Schultz, S. E. & Schultz, D. P. (2011). Teorias da personalidade. São Paulo: Cengage Learning.

Volóchinov, V. (2019). A palavra na vida e a palavra na poesia: ensaios, artigos, resenhas e poemas. São Paulo: Editora 34.

Downloads

Publicado

19/06/2021

Como Citar

OLIVEIRA, T. A. A.; GUEDES, K. C.; GUEDES, K. C.; OLIVEIRA, K. G. A gamificação e o desenvolvimento de competências socioemocionais em sala de aula. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7, p. e45110716799, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i7.16799. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16799. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

v. 10 n. 7

Seção

Artigos de Revisão

Licença

Copyright (c) 2021 Tulio Augusto Andrade Oliveira; Karol Costa Guedes; Kylven Costa Guedes; Karen Guedes Oliveira

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.