Assistência de Enfermagem ao paciente em tratamento de eletroconvulsoterapia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16883Palavras-chave:
Eletroconvulsoterapia; Cuidados de enfermagem; Psiquiatria.Resumo
Objetivo: relatar a rotina das equipes de Enfermagem no atendimento a pacientes submetidos à eletroconvulsoterapia. Resultados: a eletroconvulsoterapia é um procedimento realizado em centro cirúrgico ambulatorial para tratamentos psiquiátricos, sendo, em alguns casos, a última intervenção em transtornos graves e refratários. É realizado três vezes por semana, de segunda a sexta-feira, com intervalo de um dia entre as sessões. São agendados 15 pacientes/dia. Devido à COVID-19, houve a redução para oito pacientes/dia. A equipe é composta por Enfermagem Psiquiátrica e Cirúrgica e médicos de Psiquiatria e Anestesiologia. O procedimento requer medidas de segurança específicas, como o jejum absoluto de oito horas. Tal cuidado, típico da Enfermagem, ganha enredo especial em pacientes psiquiátricos graves. Controlar a não ingestão alimentar e hídrica em pacientes desorientados globalmente e com risco de agressão por quadros delirantes é apenas um dos desafios. O procedimento só é realizado após sanadas as condições de relaxamento e anestesia com a liberação da estimulação por ondas eletromagnéticas. As principais complicações em sala de recuperação estão relacionadas à hipoventilação. Considerações finais: ressalta-se a importância da Enfermagem no que concerne à integralidade do cuidado, evidenciada pela sua permanência contínua antes, durante e após a realização deste procedimento.
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