Assistência de Enfermagem ao paciente em tratamento de eletroconvulsoterapia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16883

Palavras-chave:

Eletroconvulsoterapia; Cuidados de enfermagem; Psiquiatria.

Resumo

Objetivo: relatar a rotina das equipes de Enfermagem no atendimento a pacientes submetidos à eletroconvulsoterapia. Resultados: a eletroconvulsoterapia é um procedimento realizado em centro cirúrgico ambulatorial para tratamentos psiquiátricos, sendo, em alguns casos, a última intervenção em transtornos graves e refratários. É realizado três vezes por semana, de segunda a sexta-feira, com intervalo de um dia entre as sessões. São agendados 15 pacientes/dia. Devido à COVID-19, houve a redução para oito pacientes/dia. A equipe é composta por Enfermagem Psiquiátrica e Cirúrgica e médicos de Psiquiatria e Anestesiologia. O procedimento requer medidas de segurança específicas, como o jejum absoluto de oito horas. Tal cuidado, típico da Enfermagem, ganha enredo especial em pacientes psiquiátricos graves. Controlar a não ingestão alimentar e hídrica em pacientes desorientados globalmente e com risco de agressão por quadros delirantes é apenas um dos desafios. O procedimento só é realizado após sanadas as condições de relaxamento e anestesia com a liberação da estimulação por ondas eletromagnéticas. As principais complicações em sala de recuperação estão relacionadas à hipoventilação. Considerações finais: ressalta-se a importância da Enfermagem no que concerne à integralidade do cuidado, evidenciada pela sua permanência contínua antes, durante e após a realização deste procedimento.

Biografia do Autor

Ana Karina Silva da Rocha Tanaka, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Enfermeira. Doutora. Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Adriana Maria Alexandre Henriques, Hospital de Clinicas de Porto Alegre

Enfermeira do Hspital de Clínicas de Porto Alegre

Ana Maria Pagliarini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Alan Cristian Rodrigues Jorge, Hospital de Clinicas de Porto Alegre

Enfermeiro. Doutorando em Psiquiatria pela UFRGS. Mestre em Saúde Mental pela UFCSPA

Lisiane Paula Sordi Matzenbacher, Hospital de Clinicas de Porto Alegre

Enfermeira. Mestranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Rosaura Soares Paczek, Hospital de Clinicas de Porto Alegre

Enfermeira. Mestranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Referências

Alves, M. & Abreu, P. B. (2012). Eletroconvulsoterapia: eficácia, efeitos colaterais, medidas de segurança, mecanismo de ação e complicações. Revista Debates em Psiquiatria, 2, 14-20.

Andrade, A. P. M., & Maluf, S. W. (2017). Loucos/as, pacientes, usuários/as, experientes: o estatuto dos sujeitos no contexto da reforma psiquiátrica brasileira. Saúde em Debate, 41(112), 273-284. DOI: 10.1590/0103-1104201711222

Antunes, P. B., Rosa, M. A., Abreu, P. S. B., Lobato, M. I. R., & Fleck, M. P. (2009). Eletroconvulsoterapia na depressão maior: aspectos atuais. Brazilian Journal of Psychiatry, 31(Suppl 1), S26-S33. DOI: 10.1590/S1516-44462009000500005

Araujo, R. F., & Quites, L. O. (2020). Occupational team safety in ECT practice during the COVID-19 pandemic. Brazilian Journal of Anesthesiology, 70(6), 687-688. DOI: 10.1016/j.bjane.2020.08.010.

Bolsoni, E. B., Heusy, I. P. M., Silva, Z. F., Rodrigues, J., Peres, G. M., & Morais, R. (2016). Consulta de enfermagem em saúde mental: revisão integrativa. SMAD Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas, 12(4), 249-259. DOI: 10.11606/issn.1806-6976.v12i4p249-259

Braga, R. J., & Petrides, G. (2007). Terapias somáticas para transtornos psiquiátricos resistentes ao tratamento. Brazilian Journal of Psychiatry, 29(Suppl 2), S77-S84. DOI: 10.1590/S1516-44462007000600007

Bryson, E. O., & Aloysi, A. S. (2020). A strategy for management of ECT patients during the COVID-19 pandemic. The Journal of ECT, 36(3), 149-151. DOI: 10.1097/YCT.0000000000000702

Cardoso, A. L. C., Ponte, J. P., Aires, C. A. M., Campos, L. B., Moro, N. D., Silva, B. B., Sousa, G. L., & Silva, A. C. A. (2021). O uso da eletroconvulsoterapia em pacientes esquizofrênicos: revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, 4(2), 6916-6923. DOI: 10.34119/bjhrv4n2-237.

Daltro, M. R., & Faria, A. A. (2019). Relato de experiência: uma narrativa científica na pós-modernidade. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 19(1), 223-237. Recuperado em 05 de abril, 2020 de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812019000100013

Gilleen, J., Santaolalla, A., Valdearenas, L., Salice, C., & Fusté, M. (2021). Impact of the COVID-19 pandemic on the mental health and well-being of UK healthcare workers. British Journal of Psychiatry Open, 7(3), e88. DOI: 10.1192/bjo.2021.42

Harmer, B., Lee, S., Duong, T., & Saadabadi, A. (2021). Suicidal Ideation. In StatPearls. StatPearls Publishing.

Ibanez, G., Mercedes, P., & Vedana, G. (2014). Adesão e dificuldades relacionadas ao tratamento medicamentoso em pacientes com depressão. Revista Brasileira de Enfermagem, 67(4), 556-562. DOI: 10.1590/0034-7167.2014670409

José, B. B., & Cruz, M. C. C. (2019). Eletroconvulsoterapia como prática psiquiátrica: revisão de literatura. Archives of Health Investigation, 8(10), 628-633. DOI: 10.21270/archi.v8i10.3609

Macedo, J. P., Abreu, M. M., Fontenele, M. G., & Dimenstein, M. (2017). A regionalização da saúde mental e os novos desafios da Reforma Psiquiátrica brasileira. Saúde e Sociedade, 26(1), 155-170. DOI: 10.1590/S0104-12902017165827.

Minayo, M. C. S. (2012). Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Ciência & Saúde Coletiva, 17(3), 621-626. DOI: 10.1590/S1413-81232012000300007.

Ramakrishnan, V. S., Kim, Y. K., Yung, W., & Mayur, P. (2020). ECT in the time of the COVID-19 pandemic. Australas Psychiatry: bulletin of Royal Australian and New Zealand College of Psychiatrists, 28(5), 527-529. DOI: 10.1177/1039856220953705.

Rigoni, V., Guaragni, M. L., Bohn, A., Ensfeld, E., Gonzatto, E., & Ficagna, T. L. (2018). Eletroconvulsoterapia (ECT): uma abordagem histórica. Anais De Medicina, (1), 49-50. Recuperado em 05 de abril, 2020 de https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/19049

Salleh, M. A., Papakostas, I., Zervas, I., & Christodoulou, G. (2006). Eletroconvulsoterapia: critérios e recomendações da Associação Mundial de Psiquiatria. Archives of Clinical Psychiatry, 33(5), 262-267. DOI: 10.1590/S0101-60832006000500006.

Sampaio, M. L., & Bispo Junior, J. P. (2021). Rede de Atenção Psicossocial: avaliação da estrutura e do processo de articulação do cuidado em saúde mental. Cadernos de Saúde Pública, 37(3), e00042620. DOI: 10.1590/0102-311X00042620

Surve, R. M., Sinha, P., Baliga, S. P. M. R., Karan, N. J. A., Arumugham, S., & Thirthalli, J. (2021). Electroconvulsive therapy services during COVID-19 pandemic. Asian Journal of Psychiatry, 59, 102653. DOI: 10.1016/j.ajp.2021.102653

Tundo, A., Filippis, R., & Proietti, L. (2015). Pharmacologic approaches to treatment resistant depression: evidences and personal experience. World Journal of Psychiatry, 5(3), 330-341. DOI: 10.5498/wjp.v5.i3.330.

Downloads

Publicado

02/07/2021

Como Citar

TANAKA, A. K. S. da R.; HENRIQUES, A. M. A. .; PAGLIARINI, A. M.; JORGE, A. C. R. .; MATZENBACHER, L. P. S. .; PACZEK, R. S. Assistência de Enfermagem ao paciente em tratamento de eletroconvulsoterapia . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7, p. e56410716883, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i7.16883. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16883. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde