Ciências Agrárias na Educação do Campo: Um estudo investigativo na Escola Municipal Procópio Faria de Vila Rica/MT
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17009Palavras-chave:
Ciências agrárias; Currículo escolar; Homem do campo; Valorização.Resumo
A Educação do Campo é uma modalidade de ensino, conquistada por movimentos sociais, voltada para atender as especificidades de pessoas residentes da zona rural. O objetivo da pesquisa foi analisar como professores e alunos de uma escola do campo avaliam as influências e as implicações após a implantação da disciplina de Ciências Agrárias no currículo escolar. Para a coleta de dados, foi realizado pesquisas no segundo semestre de 2019, com 20 alunos e 4 professores da Escola Municipal Procópio Faria, de Vila Rica/MT. Para coletar dados, foram utilizados questionários constituídos por 6 questões abertas, cujos dados foram analisados pela técnicca da Análise de Conteúdo. Os resultados indicam que a disciplina deve continuar, que, por meio dela, os alunos passaram a valorizar tanto o homem, quanto o trabalho que é realizado por esses indivíduos no campo. Muitos alunos afirmaram que aprenderam a comer alimentos mais nutritivos por meio da disciplina e que passaram a analisar a origem do alimento, se o mesmo era orgânico ou não. Quanto aos professores, além de defender a permanência da disciplina, também ressaltaram a necessidade de adicionar componentes mais específicos e que a mesma deveria ser ministrada por um professor especializado ou que tivesse experiencia na área. Logo, conclui-se que a implantação de componentes curriculares específicos em escolas localizadas na zona rural contribuiu para a valorização do homem do campo e que são necessários mais estudos acerca do tema, devido à escassez bibliográfica e relevância para a área do conhecimento.
Referências
Ana, W. P. S. & Lemos, G. C. (2018). Metodologia científica: a pesquisa qualitativa nas visões de Lüdke e André. Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar Mossoró, 4(12).
Arroyo, M. G. & Fernandes, B. M. (1999). A educação básica e o movimento social do campo. Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo.
Bardin, L. (2012). Análise de conteúdo. Edições 70.
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm
Brasil. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Leis de Diretrizes e Bases da Educação, 1996. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Braz, J. da C., Zanella, D. C., Alves, M. A., & Carlesso, J. P. P. (2019). Rural education: humanity in school management. Research, Society and Development, 8(5), e45851016. https://doi.org/10.33448/rsd-v8i5.1016
Conceição, J. J. A.; Reis, R. R.; & Diana, C. D. (2013). O ensino multisseriado no contexto das políticas de educação do campo.VI Jornada Internacional de Políticas Públicas. 20-23 ago. UFMA- http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2013/JornadaEixo2013/anais-eixo15-impassesedesafiosdaspoliticasde educacao/pdf2/ oensin omultisseriadonocontextodaspoliticasdeeducacaodocampo.pdf
Crevelari, J. A. (2016). Desenvolvimento de híbridos de milho para silagem, para o norte/noroeste fluminense. Dissertação de Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas- UENF.
Cunha, L. F. da. (2014). A Importância de uma Alimentação Adequada na Educação Infantil. 2014. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira.
Duarte, R. (2004). Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar, 24 (1), 213-225.
Embrapa (2018). Visão 2030: o futuro da agricultura brasileira. Embrapa.
Faria, F. L. de, & Souza Neto, A. (2020). How is the curriculum constituted in Waldorf Pedagogy, Montessori Pedagogy and ‘Escola da Ponte’. Research, Society and Development, 9(8), e810986385. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6385
Fontoura, M. S. (2013). A escola do campo enquanto lugar de valorização do sujeito da terra. Seminário Regional e Fórum da Educação do Campo. http://coral.ufsm.br/sifedocregional/images/Anais/Eixo%2004/Mirieli%20da%20Silva%20Fontoura.pdf
Freire, P. (1996). Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra (Coleção Leitura).
Gil, A. C. (2010). Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. Atlas.
Londres, F. (2011). Agrotóxicos no Brasil: um guia para ação em defesa da vida. AS-PTA – Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa.
Machado, C. S. (2014). Formação de educadores e a construção da Escola do Campo: Um estudo de caso sobre a prática educativa no Colégio Estadual Vale da Esperança- Formoso/GO. Dissertação de mestrado em Educação -UnB. Brasília.
Marcoccia, P. C. P.; Pereira, C. C. & Ferreira, R. M. B. (2013). Educação do campo e movimentos sociais: diálogo e perspectivas com as escolas localizadas no campo na região Metropolitana de Curitiba. VI Jornada Internacional de Políticas Públicas. 20-23 ago. UFMA- São Luís. 2013. http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada12/artigos/9/artigo_eixo9_258_1410835248.pdf
Melo, M. V. O.; Queda, O.; & Ferrante, V. L. S. B. O rural-urbano na educação escolar do campo: uma revisitação teórica de uma escola em construção. VIII Simpósio Sobre Reforma Agrária e Questões Rurais. 06-08 jun. 2018. https://www.uniara.com.br/legado/nupedor/nupedor_2018/10/9_Manoel_Melo.pdf
Rodrigues, H. C. C.; & Bonfim, H. C. C. (2019). A educação do campo e seus aspectos legais. XII Congresso de Educação, 28-31Ago. 2017. https://educere.pucpr.br/p46/anais.html?tipo=&titulo=&edicao=3&area=
Silva, S. (2011). O Movimento de Educação do/no Campo Pressupostos Fundamentais. Educação em Revista. 12(12), 7-22.
Stubs, L. S. (2014). Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor de Produções Didático-Pedagógicas. Produção didático-pedagógica apresentada ao PDE- URM. Paraná.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marizete Maria do Nascimento; Marcelo Leão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
