Influência do extrato metanólico e das frações de Smilax brasiliensis Sprengel no desenvolvimento in vitro de Nicotiana tabacum e Allium cepa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17199Palavras-chave:
Germinação in vitro; Auxina; Citocinina; Giberelina; Cerrado brasileiro.Resumo
Smilax brasiliensis é uma planta nativa do Cerrado brasileiro e comumente usada na medicina popular. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do extrato metanólico e das frações das folhas de S. brasiliensis no desenvolvimento in vitro de sementes de Nicotiana tabacum (tabaco) e Allium cepa (cebola). Foi estabelecido um protocolo de germinação in vitro de sementes de cebola. Sementes de tabaco e cebola foram colocadas para germinar em meio basal adicionado de extrato ou frações das folhas de S. brasiliensis e ácido diclorofenoxiacético (2,4-D), 6-benzilaminopurina (BAP) e ácido giberélico (AG) em diferentes concentrações na presença de luz. A porcentagem de germinação variou de 40 a 100% para o tabaco e de 60 a 100% para a cebola. Os resultados indicaram que o extrato e as frações promoveram maior crescimento do que 2,4-D e AG, quando analisados número de nós, folhas, raiz e tamanho da raiz para sementes de tabaco germinadas, e maior crescimento quando analisado número de raiz e tamanho do caule para sementes de cebola. Em relação ao BAP, o extrato e as frações inibiram o crescimento das folhas, raiz e tamanho da raiz das sementes de tabaco germinadas. Mais estudos são necessários para avaliar a possível utilização do extrato metanólico e frações das folhas de S. brasiliensis como fontes naturais de hormônios e/ou bioherbicidas.
Referências
Amado, P. A., Ferraz, V., Silva, D. B., Carollo, C. A., Castro, A. H. F. & Lima, L. A. R. S. (2018). Chemical composition, antioxidant and cytotoxic activities of extracts from the leaves of Smilax brasiliensis Sprengel (Smilacaceae). Natural Product Research, 32(5), 610-615. https://doi.org/10.1080/14786419.2017.1327861.
Amado, P. A., Castro, A. H. F., Stein, V. C., Alves, S. N. & Lima, L. A. R. S. (2019). Allelopathic, cytotoxic, genotoxic and larvicidal effects of Smilax brasiliensis Sprengel leaves. In: Phytochemicals: Plant Sources and Potential Health Benefits. Nova Science Publishers.
Amado, P. A., Castro, A. H. F., Zanuncio, V. S. S., Stein, V. C., Silva, D. B. & Lima, L. A. R. S. (2020a). Assessment of allelopathic, cytotoxic, genotoxic and antigenotoxic potential of Smilax brasiliensis Sprengel leaves. Ecotoxicology and Environmental Safety, 192, 110310. https://doi.org/10.1016/j.ecoenv.2020.110310.
Amado, P. A., Castro, A. H. F., Alves, S. N., Silva, D. B., Carollo, C. A. & Lima, L. A. R. S. (2020b). Phenolic compounds: antioxidant and larvicidal potential of Smilax brasiliensis Sprengel leaves. Natural Product Research, 34(17), 2545-2553. http://doi.org/ 10.1080/14786419.2018.1543678.
Barbosa, M. A., Fonseca, J. C., Ferraz, V., Castro, A. H. F. & Lima, L. A. R. S. (2021). Phytotoxic and antioxidant effects of dichloromethane fraction of Smilax brasiliensis Sprengel. Natural Product Research, 35(10), 1676-1681. https://doi.org/10.1080/14786419.2019.1624955.
Brasileiro, A. C. M. (1998). Co-cultura com linhagens desarmadas de Agrobacterium. In: Manual de transformação genética de plantas. Embrapa SPI, Embrapa Cenargen.
Castro, P. R. C. & Melotto, E. (1989). Bioestimulantes e hormônios aplicados via foliar. In: Adubação foliar. Fundação Cargill.
Cheema, Z. A., Farooq, M. & Wahid, A. (2013). Allelopathy: Current Trends and Future Applications. Springer.
Cordoba, C. V. (1976). Fisiologia vegetal. H. Blume.
Costa, R. M. A. & Menk, C. F. M. (2000). Biomonitoramento de mutagênese ambiental. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, 3(12), 24-26.
Fagan, E. B., Ono, E. O., Rodrigues, J. D., Chalfun Júnior, A. & Dourado Neto, D. (2015). Fisiologia Vegetal: Reguladores Vegetais. Andrei.
Finch-Savage, W. E. & Leubner-Metzger, G. (2006). Seed dormancy and the control of germination. The New Phytologist, 171(3), 501-523. https://doi.org/10.1111/j.1469-8137.2006.01787.x.
Fonseca, J. C., Barbosa, M. A., Silva, I. C. A., Duarte-Almeida, J. M., Castro, A. H. F. & dos Santos Lima, L. A. R. (2017). Antioxidant and allelopathic activities of Smilax brasiliensis Sprengel (Smilacaceae). South African Journal of Botany, 111, 336-340. https://doi.org/10.1016/j.sajb.2017.04.003.
Fonseca, J. C., Amado, P. A., Castro, A. H. F. & Lima, L. A. R. S. (2019). Phytochemical analysis and evaluation of the phytotoxic effect of the hexane fraction from the leaves of Smilax brasiliensis (Smilacaceae). Tchê Química, 16(32), 854-861.
Gould, K. S. & Lister, C. (2006). Flavonoid Functions in Plants. In: Flavonoids: Chemistry, Biochemistry and Applications. CRC Press.
Kerbauy, G. B. (2008). Fisiologia vegetal. Guanabara Koogan.
Murashige, T. & Skoog, F. (1962). A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue cultures. Physiologia Plantarum, 15(3), 473-497. https://doi.org/10.1111/j.1399-3054.1962.tb08052.x.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica[e-book]. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio. ufsm. br/bitstream/handle.
Quisen, R. C. & Angelo, P. C. S. (2008). Manual de procedimentos do Laboratório de Cultura de Tecidos da Embrapa Amazônia Ocidental. Embrapa Amazônia Ocidental.
Samanta, A., Das, G. & Das, S. (2011). Roles of flavonoids in plants. International Journal of Pharmaceutical Science and Technology, 6(1), 12-35.
Smith, J. A. (2000). Micro-propagation of the Gymea Lily: a report for the Rural Industries Research and Development Corporation. RIRDC.
Sirová, J., Sedlarová, M., Piterková, J., Luhová, L. & Petnvalsky, M. (2011). The role of nitric oxide in the germination of plant seeds and pollen. Plant Science, 181(5), 560-572. https://doi.org/10.1016/j.plantsci.2011.03.014.
Shirley, B. W. (1998). Flavonoids in seeds and grains: physiological function, agronomic importance and the genetics of biosynthesis. Seed Science Research, 8(4), 415-422. https://doi.org/10.1017/s0960258500004372.
Soares, G. L. G., Scalon, V. R., Pereira, T. O. & Vieira, D. A (2002). Allelopathic potential of leaf aqueous extracts of Brazilian leguminosae trees. Floresta e Ambiente, 9, 119-126. Disponível em: https://www.floram.org/article/588e21ffe710ab87018b45e3/pdf/floram-9-%C3%BAnico-119.pdf
Souza, S. A. M., Stein, V. C., Cattelan, L. V., Bobrowski, V. L. & Rocha, B. H. G. (2005). Utilização de sementes de alface e de rúcula como ensaios biológicos para avaliação do efeito citotóxico e alelopático de extratos aquosos de plantas medicinais. Bioterra - Revista de Biologia e Ciências da Terra, 5(1), 1-8. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=50050101
Taiz, L. & Zeiger, E. (1991). Plant physiology. The Benjamin/Cummings Publishing Company.
Taiz, L. & Zeiger, E. (2013). Fisiologia Vegetal. Artmed.
Torres, A. C., Ferreira, A. T., Sá, F. G., Buso, J. A., Caldas, L. S., Nascimento, A. S., Brígido, M. M. & Romano, E. (2000). Glossário de Biotecnologia vegetal. Embrapa Hortaliças.
Weitbrecht, K., Muller, K. & Leubner-Metzger, G. (2011). First of the mark: early seed germination. Journal of Experimental Botany, 62(10), 3289-3309. https://doi.org/10.1093/jxb/err030.
Weston, L. A. & Mathesius, U. (2013). Flavonoids: Their structure, biosynthesis and role in the rhizosphere, including allelopathy. Journal of Chemical Ecology, 39(2), 283-297. https://doi.org/ 10.1007/s10886-013-0248-5.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Paula Avelar Amado; Ana Hortência Fonsêca Castro; Luciana Alves Rodrigues dos Santos Lima
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
