Suplementação dietética de esterco bovino em suspensão algácea de Scenedesmus acuminatus, no cultivo de daphnia magna
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17443Palavras-chave:
Biomassa; Proteína bruta; Microcrustáceo.Resumo
O uso de alimento vivo é recomendado na fase de larvicultura de várias espécies de peixes, proporcionando melhor resultado de sobrevivência e crescimento, quando comparado ao obtido na dieta artificial. O presente estudo objetivou avaliar a biomassa e teor proteico de Daphnia magna submetida a três diferentes dietas. Dieta A (Scenedesmus acuminatus) na concentração de 1,5x107 célula/mL por individuo, dieta B (esterco bovino) na concentração de 6,5g/L e dieta C com a mesma concentração das dietas A e B na mesma, durante um período de 21 dias. O experimento foi repetido três vezes, totalizando 63 dias de estudo com delineamento experimental inteiramente casualizado, com três réplicas por tratamento, sendo a unidade experimental constituída por recipientes de polietileno com capacidade para 20L contendo 10 neonatas de D. magna. A cada dois dias, temperatura, pH, oxigênio dissolvido e saturação foram mensurados. Ao final do experimento, foram realizadas analises para quantificação de nutrientes da água de cultivo e das dietas (fósforo, nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal, nitrogênio total e nitrogênio orgânico), determinação da biomassa final e teor de proteico dos indivíduos. A dieta C proporcionou maior valor médio de biomassa, seguida da dieta A e B, com valores de 344,12 g, 157,71 g e 81,93 g, respectivamente. As D. magna alimentadas com a dieta B apresentaram maior teor proteico, 2,56%, seguidas das alimentadas com as dietas C e A, com 2,17 e 1,32%, respectivamente. Ao final do experimento contatou-se que os organismos alimentados com a dieta C obtiveram reprodução maior, quando comparados as demais.
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