A obra literária como fonte na pesquisa educacional: Um estudo sobre a educação brasileira na segunda metade do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17613Palavras-chave:
Educação; Literatura; Fonte; Sistema escolar.Resumo
A presente pesquisa é de natureza qualitativa, de cunho bibliográfica, com enfoque na prática da pesquisa em história da educação, conforme as orientações sugeridas por Luca (2020). O presente artigo aborda as imagens das práticas pedagógicas e da relação professor-aluno no ambiente escolar brasileiro do século XIX, trazidas pela literatura de ficção, com destaque para o gênero romance. A metodologia foi desenvolvida em duas etapas, integradas entre si. Na primeira, foi feita a seleção de três romances publicados no século XIX: Memórias Póstumas de Brás Cubas e Conto de Escola, de Machado de Assis; O Ateneu, de Raul Pompéia; O Coruja, de Aluísio Azevedo e A Normalista, de Adolfo Caminha. Na segunda etapa, após a leitura analítica de cada uma das obras, foram apontadas passagens na narrativa que traduzem as imagens de situações do ambiente da escola brasileira, identificando-se as práticas e a relação professor-aluno. Em cada análise foi possível identificar passagens que denotam o modelo escolar existente. Os achados da pesquisa reforçam as múltiplas visões dos referidos escritores que, por meio de suas obras, apontam a configuração e a reconfiguração do sistema educacional, frente ao desenho político de um projeto republicano brasileiro.
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