Tolerância à seca de variedades locais de arroz de sequeiro do extremo oeste de Santa Catarina, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17705Palavras-chave:
Arroz de sequeiro; Tolerância à seca; Mudanças climáticas.Resumo
A seca é o principal fator de estresse abiótico em cultivos de arroz de sequeiro, sendo a responsável por consideráveis perdas de produtividade e danos à qualidade dos grãos, bem como à erosão genética de variedades locais deste cultivo. O uso de índices na estimativa da tolerância à seca nos grãos da cultura está ganhando importância por suas vantagens na operacionalização dos testes de comparação entre genótipos e sua eficácia na diferenciação das respostas ao estresse hídrico. Entre as variedades locais de arroz conservadas por pequenos agricultores, no extremo oeste de Santa Catarina, esperam-se diferentes respostas à tolerância à seca. A identificação dessas respostas diferenciais é importante no contexto da conservação da agrobiodiversidade, do melhoramento genético e como uma alternativa aos efeitos das mudanças climáticas. O objetivo do presente estudo foi avaliar trinta e quatro variedades locais de arroz de arroz de sequeiro do extremo oeste de Santa Catarina para a tolerância à seca. Para este fim, este trabalho utilizou a metodologia DTD (Drought Tolerance Degree). Quinze variedades mostraram maior resistência quando sujeitas a um nível de restrição de água de 10% na solução do solo. Por outro lado, seis variedades foram mais tolerantes ao estresse moderado (20%). Finalmente, três variedades estavam entre as mais resistentes em ambos os níveis de estresse.
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