Doença de Sutton: Diagnóstico, manejo e opções terapêuticas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18056Palavras-chave:
Estomatite aftosa; Tratamento; Patologia; Úlceras orais.Resumo
A estomatite aftosa recorrente (EAR) é uma alteração mais comum da mucosa oral e se caracteriza por uma lesão ulcerada, bem definida, dolorosa, com centro necrótico, bordas elevadas e halo eritematoso, levando a um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, ainda não ocorreu a caracterização de um agente etiológico específico para essa afecção. A EAR possui três formas principais, sendo a EAR menor a mais comum na cavidade bucal, as quais são ulcerações bem definidas, dolorosas e cicatrizam em torno de 10 a 14 dias. A herpetiforme, que possui várias lesões e podem coalescer entre 7 e 10 dias, por fim temos a EAR maior, a qual pode perdurar por mais de 6 semanas e podem deixar cicatrizes. O diagnóstico das lesões é feito após um exame clínico minucioso. Metodologia: Este estudo é um relato de caso de forma qualitativa e descritiva, trazendo dados relevantes da literatura. o ético os princípios da Declaração de Helsinque foram respeitados e o paciente assinou o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” para participar da pesquisa. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de EAR em um paciente do gênero masculino de 41 anos de idade com doença de Sutton, apresentando múltiplas úlceras necrosantes dentro de 9 anos de recidivas. Conclusão: Por ser a etiologia da EAR ainda desconhecida e uma desordem comum e recorrente na cavidade bucal o tratamento atual é diversificado e atenta-se no alívio dos sintomas da doença, variando, desde o uso de produtos naturais, uso tópico, anti-inflamatórios, imunomoduladores e aplicação do laser de baixa potência.
Referências
Alfonso Valdés, M. E. (2016). Síndrome de Behcet. Revista Cubana de Hematología, Inmunología y Hemoterapia, 32(3), 301-315.
Costa, G. B., & Castro, J. F. (2013). Etiologia e tratamento da estomatite aftosa recorrente-revisão de literatura. Medicina (Ribeirão Preto), 46(1), 1-7.
da Rocha Curvelo, J. A., de Carvalho Ferreira, D., de Carvalho, F. C. R., & Janini, M. E. R. (2008). Úlceras aftosas recorrentes e sua possível associação ao estresse. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 7(1), 67-75.
de Araújo, A. R. M. D. (2013). Abordagem diagnóstica da Aftose oral recorrente.
de Souza Tolentino, E., Romanichen, I. M. M., Bessani, A., Nicácio, L. A., & Ferreira, G. Z. (2018). Manifestações bucais e considerações gerais da síndrome de Behçet: relato de caso. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, 23(3), 322-328.
Fávaro, D. M., & Martins, G. (2005). Ulceração aftosa recorrente em crianças: revisão. Archives of Oral Research, 1(3).
Fitzpatrick, S. G., Cohen, D. M., & Clark, A. N. (2019). Ulcerated lesions of the oral mucosa: clinical and histologic review. Head and neck pathology, 13(1), 91-102.
Fraiha, P. M., Bittencourt, P. G., & Celestino, L. R. (2002). Estomatite aftosa recorrente: revisão bibliográfica. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 68(4), 571-578.
Gonzaga, H. F. D. S., Gonzaga, L. H. D. S., Costa, C. A. D. S., Spolidorio, L. C., Osaki, L., & Naka, P. M. (2013). Avaliação sistêmica de paciente portador de ulceração aftosa recorrente. Revista de Odontologia da UNESP, 24(2), 253-262.
Gürkan, A., Özlü, S. G., Altıaylık‐Özer, P., Kurtul, B. E., Karacan, C. D., & Şenel, S. (2015). Recurrent aphthous stomatitis in childhood and adolescence: a single‐center experience. Pediatric dermatology, 32(4), 476-480.
Huling, L. B., Baccaglini, L., Choquette, L., Feinn, R. S., & Lalla, R. V. (2012). Effect of stressful life events on the onset and duration of recurrent aphthous stomatitis. Journal of oral pathology & medicine, 41(2), 149-152.
Lin, K. C., Tsai, L. L., Ko, E. C., Yuan, K. S. P., & Wu, S. Y. (2019). Comorbidity profiles among patients with recurrent aphthous stomatitis: A case–control study. Journal of the Formosan Medical Association, 118(3), 664-670.
Najeeb, S., Khurshid, Z., Zohaib, S., Najeeb, B., Qasim, S. B., & Zafar, M. S. (2016). Management of recurrent aphthous ulcers using low-level lasers: a systematic review. Medicina, 52(5), 263-268.
Neville, B. (2011). Patologia oral e maxilofacial (12a ed.). Elsevier Brasil.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica.[e-book]. Santa Maria. Ed (pp. 3-9). UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio. ufsm. br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica. pdf.
Pereira, K. M. A., Rocha, D. A. P., Galvão, H. C., & Freitas, R. D. A. (2013). Ulceração aftosa recorrente: revisão dos conceitos atuais. Revista de Odontologia da UNESP, 35(1), 61-67.
Reolon, L. Z., Rigo, L., Conto, F. D., & Cé, L. C. (2017). Impacto da laserterapia na qualidade de vida de pacientes oncológicos portadores de mucosite oral. Revista de Odontologia da UNESP, 46(1), 19-27.
Rioboo Crespo, M., & Bascones Martínez, A. (2011). Aftas de la mucosa oral. Avances en Odontoestomatología, 27(2), 63-74.
Ship, J. A. (1996). Recurrent aphthous stomatitis: an update. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and Endodontology, 81(2), 141-147.
Silva, L. F., de Carvalho, L. F. L., de Souza Gorjão, P., dos Santos, A. P. P., da Silva, V. E. S., & Fernandes, V. M. P. (2019). O papel do cirurgião-dentista no diagnóstico e tratamento de lesões orais associadas a doenças sistêmicas inflamatórias. Revista Interdisciplinar, 12(2), 121-125.
Sonia, K. H., & Catherine, E. (2020). Sutton's Disease and Vitamin Deficiency: Diagnostic and Therapeutic Difficulties. About a Clinical Case at the University Teaching Hospital Center of Yaounde.
Tarakji, B., Gazal, G., Al-Maweri, S. A., Azzeghaiby, S. N., & Alaizari, N. (2015). Guideline for the diagnosis and treatment of recurrent aphthous stomatitis for dental practitioners. Journal of international oral health: JIOH, 7(5), 74.
Vaillant, L., & Samimi, M. (2016). Aphtes et ulcérations buccales. La Presse Médicale, 45 (2), 215–226. doi: 10.1016 / j.lpm.2016.01.005.
Vieira, A. C. F., do Carmo, C. D. S., Vieira, G. M. B., Lima, L. A., da Cruz, M. C. F. N., & ferreira Lopes, F. (2015). Tratamento da estomatite aftosa recorrente: uma revisão integrativa da literatura. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, 20(3).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Izabela Fornazari Delamura; Murilo de Carvalho Souza; Arthur Henrique Alécio Viotto; Ruan Henrique Delmonica Barra; Luis Fernando Alves da Silva; Vinicius Ferreira Bizelli; Ana Maira Pereira Baggio ; Stéfani Caroline Ferriolli ; Daniela Ponzoni ; Ana Paula Farnezi Bassi
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.