O impacto do isolamento social no desenvolvimento cognitivo e comportamental infantil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18218Palavras-chave:
COVID-19; Crianças; Pandemia; Isolamento; Desenvolvimento; Cognitivo; Comportamental; Psicologia; Saúde; Telas.Resumo
Este artigo estuda os impactos do isolamento social durante a pandemia de COVID-19 no comportamental e cognitivo de crianças de 0 a 6 anos. Para realizar essa avaliação foi feito um questionário com pais/responsáveis por essas crianças. Em um segundo momento foi feito uma entrevista semiestruturada para aprofundar o conhecimento nas respostas nas informações fornecidas anteriormente. A pesquisa tem como objetivo confirmar ou contraditar os dados levantados no referencial teórico, além isso, o conteúdo abordado aqui poderá ser de grande valia para psicólogos, pedagogos, pais, psiquiatras e pessoas da área da saúde em geral que possam se interessar pelo assunto, pois atualmente há muitos artigos, pesquisas e estudos sobre esse assunto em português. Os resultados desse trabalho mostraram que a grande maioria dos pais/responsáveis estão em extrema sobrecarga e que muitas crianças demonstram alterações tanto comportamentais como cognitivas. Além do aumento do uso de telas e diminuição de atividades físicas e movimentação corporal no geral, há também os prejuízos e benefícios do contato exclusivo com pessoas do núcleo familiar.
Referências
Andrade, L., Mauch, A., Costa, J., Silva, K., Almeida, L., Araújo, S., & Souza, V. (2020). A utilização das redes sociais digitais no cuidado psicossocial infantojuvenil, diante da pandemia por Covid-19. Health Residencies Journal-HRJ, 1(2), 44-61.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70
Bartoszeck, A. B., & Bartoszeck, F. K. (2007). Neurociência dos seis primeiros anos: implicações educacionais. EDUCERE. Revista da Educação, 9(1), 7-32.
Borges, L. C., & Salomão, N. M. R. (2003). Aquisição da linguagem: considerações da perspectiva da interação social. Psicologia: reflexão e crítica, 16(2), 327-336.
Câmara, R. H. (2013). Análise de conteúdo: da teoria à prática em pesquisas sociais aplicadas às organizações. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 6(2), 179-191.
Carvalho, R.G.G. (2006). Isolamento social nas crianças: propostas de intervenção cognitivo comportamental. Revista Iberoamericana de Educación.
Coelho, L., & Pisoni, S. (2012). Vygotsky: sua teoria e a influência na educação. Revista e-PED, 2(1), 144-152.
Dalfovo, M. S., Lana, R. A., & Silveira, A. (2008). Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista interdisciplinar científica aplicada, 2(3), 1-13.
da-Mata, I. R. S. As implicações da pandemia do COVID-19 na saúde mental e no comportamento das crianças.
De Paiva, N. M. N., & Costa, J. (2015). A influência da tecnologia na infância: desenvolvimento ou ameaça. Psicologia. pt, 1, 1-13.
de Queiroz, V. C. B., & Loyola, C. A experiência da aprendizagem remota: quanto tempo demais na tela?
Filho, C.A.A.M., Alves, C.R.R., Sepúlveda, C.A., Costa, A.S., Junior, A.H.L., Gualano, B. (2014). Influência do exercício físico na cognição: uma atualização sobre mecanismos fisiológicos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 20, (3).
Fundação Oswaldo Cruz. (2020). Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia COVID-19 – Crianças na Pandemia COVID-19. Autor. Recuperado de https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/05/crianc%CC%A7as_pandemia.pdf
Gapin, J., & Etnier, J. L. (2010). The relationship between physical activity and executive function performance in children with attention-deficit hyperactivity disorder. Journal of Sport and Exercise Psychology, 32(6), 753-763.
Garton, A. (1995). Social interaction and the development of language and cognition. Psychology Press.
Godoy, A. S. (1995). Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE-revista de administração de empresas, 35(2), 57-63.
Hadders-Algra, M. (2020). Interactive media use and early childhood development. Jornal de pediatria, 96(3), 273-275.
Imran, N., Zeshan, M., & Pervaiz, Z. (2020). Mental health considerations for children & adolescents in COVID-19 Pandemic. Pakistan Journal of Medical Sciences, 36(COVID19-S4).
Jiao, W. Y., Wang, L. N., Liu, J., Fang, S. F., Jiao, F. Y., Pettoello-Mantovani, M., & Somekh, E. (2020). Behavioral and emotional disorders in children during the COVID-19 epidemic. The journal of Pediatrics, 221, 264.
Júnior, P. G. F., Paiano, R., & dos Santos Costa, A. (2020). Isolamento social: consequências físicas e mentais da inatividade física em crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 25, 1-2.
Lima, R. C. (2020). Distanciamento e isolamento sociais pela Covid-19 no Brasil: impactos na saúde mental. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 30, e300214.
Limeira, A. P., Oliveira, S. F. D., Oliveira, Z. D. S., Jovano, D. R. M., & Toro, P. C. H. O Impacto Na Educação Com A Pandemia Da Covid-19.
Linhares, M. B. M., & Enumo, S. R. F. (2020). Reflexões baseadas na Psicologia sobre efeitos da pandemia COVID-19 no desenvolvimento infantil. Estudos de Psicologia (Campinas), 37.
Melo, B. D., Pereira, D. R., Serpeloni, F., Kabad, J. F., Kadri, M., Souza e Souza, M., ... & Freitas, C. M. D. (2020). Saúde mental e atenção psicossocial na pandemia COVID-19: crianças na pandemia Covid-19.
Nobre, J. N., Vinolas Prat, B., Santos, J. N., Santos, L. R., Pereira, L., Guedes, S. D. C., ... & Morais, R. L. D. S. (2020). Quality of interactive media use in early childhood and child development: a multicriteria analysis. Jornal de pediatria, 96(3), 310-317.
Papalia, D. E., & Feldman, R. D. (2013). Desenvolvimento humano. Artmed editora.
Pereira, M. D., de Oliveira, L. C., Costa, C. F. T., de Oliveira Bezerra, C. M., Pereira, M. D., dos Santos, C. K. A., & Dantas, E. H. M. (2020). A pandemia de COVID-19, o isolamento social, consequências na saúde mental e estratégias de enfrentamento: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 9(7), e652974548-e652974548.
Phelps, C., & Sperry, L. L. (2020). Children and the COVID-19 pandemic. Psychological Trauma: Theory, Research, Practice, and Policy, 12(S1), S73.
Ponte, V., & Neves, F. (2020). Vírus, telas e crianças: entrelaçamentos em época de pandemia. Simbiótica. Revista Eletrônica, 7(1), 87-106.
Reis, E. A., & Reis, I. A. (2002). Análise descritiva de dados. Síntese numérica Estatística
Schaffer, H. R. (1984). The Child’s Entry into a Social World. London: Academic Press Inc.
Shaughnessy, J. J., Zechmeister, E. B., & Zechmeister, J. S. (2012). Metodologia de pesquisa em psicologia. AMGH Editora.
Smolka, A. L. B., & de Góes, M. C. R. (1993). A linguagem e o outro no espaço escolar: Vygotsky e a construção do conhecimento. Papirus Editora.
Sociedade Brasileira de Pediatria. (2016). Saúde de crianças e adolescentes na era Digital. https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/11/19166d-MOrient-Saude-Crian-e-Adolesc.pdf
Sociedade Brasileira de Pediatria. (2019). #MenosTelas#MaisSaúde. Recuperado de https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-__MenosTelas__MaisSaude.pdf
Straker, L., & Pollock, C. (2005). Optimizing the interaction of children with information and communication technologies. Ergonomics, 48(5), 506-521.
Vygotsky L.S. (1998). A formação social da mente (6a ed.). Martins Fontes.
Wang, G., Zhang, Y., Zhao, J., Zhang, J., & Jiang, F. (2020). Mitigate the effects of home confinement on children during the COVID-19 outbreak. The Lancet, 395(10228), 945-947.
Zavala-Crichton, J. P., Esteban-Cornejo, I., Solis-Urra, P., Mora-Gonzalez, J., Cadenas-Sanchez, C., Rodriguez-Ayllon, M., & Hillman, C. H. (2020). Association of Sedentary Behavior with Brain Structure and Intelligence in Children with Overweight or Obesity: The ActiveBrains Project. Journal of clinical medicine, 9(4), 1101.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Aline Diniz dos Santos; Júlia Kamers da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
