Perfil microbiológico das culturas de pacientes internados na Sala de Cuidados Intermediários de um Hospital Universitário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18301Palavras-chave:
Infecção Hospitalar; Bactérias; Resistência Bacteriana a Antibióticos; Microbiologia; Hospitais universitários.Resumo
Avaliar o perfil bacteriano das amostras de aspirados traqueais e uroculturas de pacientes internados na Sala de Cuidados Intermediários do Hospital Universitário do Vale do São Francisco, Petrolina/PE. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo envolvendo a análise do perfil microbiológico das amostras coletadas no período de janeiro a dezembro de 2020 pelo Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário. Os dados foram tabulados em planilhas do Excel®, sendo feito a análise descritiva com valores percentuais e absolutos. As identificações bacterianas e os antibiogramas foram realizados através do sistema automatizado BD Phoenix ™, seguindo a metodologia do Clinical and Laboratory Standards Institute. Foram coletados 120 aspirados traqueais, sendo 55 positivos (46%) para achados bacterianos; os patógenos mais prevalentes foram: Acinetobacter baumannii (40%), Klebsiella pneumoniae (16%) e Pseudomonas aeruginosa (11%). Em relação às uroculturas, foram realizadas 183, sendo 10 (5,46%) positivas para achados bacterianos; as bactérias mais prevalentes foram: Escherichia coli (40%) e Enterobacter cloacae (20%). A. baumannii apresentou 100% de sensibilidade à colistina e polimixina B nos aspirados traqueias, assim como a K. pneumoniae apresentou à amicacina em todas as amostras coletadas. A E. coli demonstrou certa restência às cefalospororinas, com exceção da cefoxitina, sendo sensível; além disso, teve sensibilidade parcial ao sulfametoxazol+trimetoprima no estudo. O conhecimento do perfil microbiológico das bactérias permite a elaboração de protocolos preventivos e a realização de tratamento efetivos, diminuindo as taxas de mortalidade, o tempo de internação e os custos em saúde.
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