Parentalidade socioafetiva: um olhar da Psicologia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18581Palavras-chave:
Filiação; Palavras Chaves: Filiação; Paternidade Socioafetiva; Psicologia; Jurídico.; Paternidade socioafetiva; Psicologia; Jurídico.Resumo
A psicologia jurídica, considerada uma disciplina ainda em construção, vem sendo cada vez mais utilizada no âmbito jurídico. O presente trabalho refere-se a uma revisão teórica acerca da temática da parentalidade socioafetiva, buscando conhecer os critérios envolvendo a definição dos profissionais da psicologia e seu posicionamento frente a esta realidade no meio jurídico, identificando possíveis intervenções do psicólogo frente a situações que envolvam a temática. A metodologia desta pesquisa engloba uma revisão de literatura com abordagem narrativa, considerada uma fundamentação teórica pertinente para a composições de artigos, dissertações, teses, como também trabalhos de conclusão de cursos. Os resultados diante da pesquisa apontaram a importância do trabalho da psicologia jurídica nos dias atuais, principalmente no que diz respeito ao Direito de Família e suas decorrentes mudanças em relação a definição de multiparentalidade. Em decorrência de modificações no sistema judiciário, foi colocado em ênfase a palavra afeto, levando em consideração os vínculos reais e indo além da filiação genética. Desta forma, percebe-se a necessidade da Psicologia desenvolver ferramentas e intervenções voltadas para esta nova realidade que se apresenta no contexto jurídico contemporâneo.
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