Perfil de atenção ao parto em maternidade de risco habitual: tipo de parto e intervenções
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i2.1905Palavras-chave:
Enfermagem Obstétrica; Boas práticas; Parturiente.Resumo
Este estudo objetivou identificar o perfil de atenção ao parto em uma maternidade de risco habitual de um hospital no centro do estado do Rio Grande do Sul, com ênfase no tipo de parto e intervenções realizadas. Trata-se de uma pesquisa de delineamento transversal, foram investigados tempo de trabalho de parto, uso de tecnologias, tipo de parto, intervenções realizadas. Os dados são de um livro de registros das pacientes internadas no período aproximado de 7 meses do ano de 2017, perfazendo 485 partos analisados a partir do software IBM SPSS versão 23. Foi construída uma tabela de valores cruzados, aplicado teste do Qui-quadrado e identificado as diferenças significativas, com resultados com valor p< 0,05. Os resultados apontam que existe associação entre os tipos de parto e o uso das intervenções médicas no trabalho de parto (p < 0,001). Nos partos do tipo parto cesáreo (PC) e parto normal com episiotomia (PNE) os percentuais chegam próximos a 90% com o uso de intervenções médicas. Já nos tipos parto normal (PN) e parto normal com laceração (PNL) estes percentuais reduzem para menos de 50%. Conclui-se que os partos do tipo PNL e PN são acompanhados, na maioria das vezes, por enfermeiras obstetras, o que minimiza o uso de intervenções. Já os partos do tipo e os PNE e PC são atendidos por profissionais médicos, que mantém condutas mais interventivas. Esses dados são importantes para a reflexão dos profissionais e permitem delinear estratégias para qualificar a assistência.
Referências
Bastos, J.L.D. & Duquia, R.P. (2007) Um dos delineamentos mais empregados em epidemiologia: estudo transversal. Scientia Medica, Porto Alegre, 17(4): 229-232, out./dez.
Brasil. (2011) PORTARIA No- 1.459, DE 24 DE JUNHO DE 2011. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.ibfan.org.br/legislacao/pdf/doc-693.pdf
Brasil. (2013) Resolução 466/12. Conselho Nacional de Saúde, de 12 de Dezembro de 2012, publicado em 13 de Junho de 2013. Brasília: Diário Oficial da União.
Christóforo, F.F.M. (2015) Nascer na região metropolitana de Campinas: avanços e desafios. Tese apresentada à Pós-Graduação em Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP
Leal, Maria do Carmo et al. (2014) Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 30, supl. 1, p. S17-S32. Available from http://www.scielo.br/pdf/csp/v30s1/0102-311X-csp-30-s1-0017.pdf. access on 09 May 2018.
Moreira, K.A.P, Araújo, M.A.M, Fernandes, A.F.C, Braga, V.A.B, Marques,J.F. & Queiroz, M.V.O. (2009) O significado do cuidado ao parto na voz de quem cuida: uma perspectiva à luz da humanização. Cogitare Enferm, 14(4): 720-8.
Seibert, S.L.; Barbosa, J.L.S.; Santos, J.M. & Vargens, O.M.C. (2005) Medicalização x humanização: o cuidado ao parto na história. Rev. Enferm UERJ; v.13, n.2, p.: 245-51.
Ramos, W.M.A. et al. (2018) Contribuição da enfermeira obstétrica nas boas práticas da assistência ao parto e nascimento. Rev Fund Care Online, v.10, n.1, p.:173-179, jan./mar. Available from: www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/download/6019/pdf_1. Access on: 04 May 2018.
Rodrigues D.P; Silva R.M & Fernandes A.F.C. (2006) Ação interativa enfermeiro-cliente na assistência obstétrica. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v.14, n.2, p.:232-8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.