Desafios na gestão das águas: percepção dos gestores de uma indústria automotiva da Macrometrópole Paulista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i2.1920

Palavras-chave:

gestão das águas na indústria; indústria automobilística; crise hídrica; sustentabilidade; analise de conteúdo.

Resumo

Este trabalho traz uma discussão sobre algumas limitações e possibilidades que podem contribuir com o uso mais sustentável na gestão dos recursos hídricos a partir da percepção dos gestores de uma empresa multinacional da indústria automotiva inserida na Macrometrópole Paulista. Apresentamos parte dos primeiros achados durante o período de prospecção na indústria, no ano de 2016, que impactam nas tomadas de decisão na gestão dos recursos hídricos da indústria e trazemos uma reflexão sobre estas ações. A metodologia da pesquisa é qualitativa, foram realizadas entrevistas gravadas com gestores responsáveis pelos recursos hídricos sobre a gestão da água no período de 2000 a 2015, quando a indústria reduziu em 50% seu consumo de água. Também, realizamos observação participante no chão de fábrica.  A análise das informações foi fundamentada no método da análise de conteúdo. As considerações iniciais indicam uma cultura organizacional em que as tomadas de decisões dos atores priorizam os aspectos econômicos, em detrimento aos sociais e ambientais no tripé da Sustentabilidade. Os relatos fazem parte dos resultados de pesquisa em nível de doutorado em andamento.

Referências

Agência Nacional de Águas (2017). Água na indústria: uso e coeficientes técnicos. Brasília: ANA. Retrieved january 15, 2019, from http://www.snirh.gov.br/portal/snirh/snirh-1/acesso-tematico/usos-da-agua/aguanaindustria_usoecoeficientestecnicos.pdf.

Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. (2019). Anuário da Indústria Automobilística Brasileira. São Paulo: ANFAVEA.

Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bastos, R. et al. (2008). Subsídios à regulamentação do reuso da água no Brasil - Utilização de esgotos sanitários tratados para fins agrícolas, urbanos e pisciculturais. Revista DAE, 177 (122), 50–62.

Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável. (2004). Agenda 21 brasileira: ações prioritárias. (2a ed.). Brasília: CPDS, Ministério do Meio Ambiente.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. (2015). Tratamento de água: Complexo metropolitano. São Paulo: SABESP. Retrieved may 28, from http://site.sabesp.com.br/

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. (1996). Agenda 21. Brasília: Senado Federal.

Côrtes, P. L., Torrente, M., Filho, A. P. Alves, Ruiz, M. Silva, Dias, A. J. G., & Rodrigues, R. (2015). Crise de abastecimento de água em São Paulo e falta de planejamento estratégico. Estudos Avançados, 29(84), 5–26.

Ferrari, P. F. (2006). Percepção ambiental dos gestores de meio de hospedagem – estudo de caso em Caxias do Sul – RS. (Dissertação de Mestrado). Universidade Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, RS, Brasil.

Henrique, S. M. (2017). A Precificação dos Serviços de Saneamento de Água e Esgoto e o Objetivo Social. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território, Santo André.

Jacobi, P. Roberto; Cibim, J.; Leão, Renata de S. (2015). Crise hídrica na Macrometrópole Paulista e respostas da sociedade civil. Estudos Avançados, 29 (84), 27–42.

Mierzwa, J. C. (2002). O uso racional e o reuso como ferramentas para o gerenciamento de águas e efluentes na indústria: estudo de caso da Kodak brasileira. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, São Paulo.

Mierzwa, J. C., & Hespanhol, I. (2005). Agua na indústria: uso racional e reuso. São Paulo: Oficina de Textos.

Oliveira Filho, G. F. (2015, janeiro, julho). A Crise da Água na Região Metropolitana de São Paulo em 2014 e a Ineficiente Gestão dos Recursos Hídricos. CES Revista, Juiz de Fora, 29 (1), 5 -20.

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Retrieved october 25, 2019, from https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 25 out. 2019.

Poupart, J. (2014). A entrevista de tipo qualitativo: considerações epistemológicas, teóricas e metodológicas. In: Poupart, J. et al. (Orgs.), A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. (4a ed.). (pp. 215-253). Petrópolis: Vozes.

Ribeiro, V. A. (2018). Percepção ambiental de gestores sobre as áreas verdes em instituição de ensino superior. GeAS: Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 7 (2),340–358.

Richter, R. M. (2017). Mobilização, sociedade civil e governança: a escassez e crise hídrica na Macrometrópole de São Paulo. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental, São Paulo.

United Nations. (2015, october). Transforming our world: the 2030 Agenda for Sustainable Development. The General Assembly: 70 Session. Retrieved november 11, 2017, from http://www.un.org/en/ga/search/view_doc.asp?symbol=A/RES/70/1&Lang=E

United States Environmental Protection Agency. (2004). Guidelines for water reuse. (2nd ed.). Washington DC: USEPA. (Report No. EPA/625/R-04/108). Retrieved august 23, 2017, from http://www.epa. gov/ord/NRMRL/pubs/625r04108/625r04108.pdf

Womack, P.J.; Jones, D.T.; Ross D. (1992). A Máquina que Mudou o Mundo. Rio de Janeiro: Campus.

World Health Organization. (1989). Health guidelines for use of wastewater in agriculture and aquaculture. (Technical Report Series, 778). Geneva: WHO. Retrieved december 13, 2016, from http://www.whqlibdoc. who.int/trs/WHO_TRS_778.pdf

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

ALMEIDA, F. C. P. de; MENEZES, M. A.; FACÓ, J. F. B. Desafios na gestão das águas: percepção dos gestores de uma indústria automotiva da Macrometrópole Paulista. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e02921920, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i2.1920. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1920. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais