Detecção de Campylobacter jejuni, Campylobacter coli genes de virulência em produtos avícolas comercializados na região Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19224Palavras-chave:
Campylobacter; Frangos de corte; Controle microbiológico; PCR.Resumo
Neste estudo, avaliamos a prevalência de Campylobacter jejuni, Campylobacter coli e genes de virulência em carcaças de frangos frescas, resfriadas e congeladas com fígados e moelas comercializadas em mercados públicos e supermercados. Das 90 amostras analisadas, C. jejuni foi a mais prevalente, com 28,8% das amostras positivas, enquanto C. coli foi positiva em 15,6% das amostras. Nas amostras do mercado público, C. coli teve uma prevalência maior do que C. jejuni, com 16,7% de amostras positivas detectadas, enquanto nas amostras de supermercado, C. jejuni foi mais prevalente (36,7% de positividade). C. jejuni foi detectado em todas as formas de carcaças comercializadas; entretanto, houve prevalência maior (43,3%) nas amostras resfriadas do que C. coli, o que não foi detectado nas amostras congeladas, mas apresentou prevalência maior (16,7%) nas amostras frescas. Ambas as espécies foram detectadas em produtos avícolas diferentes, com C. jejuni sendo mais prevalente (53,3%) em amostras de fígado. C. coli apresentou maior prevalência em amostras de pedaços de carne (10%). A presença de cinco genes de virulência relacionados à adesão (Peb1, JlpA, CadF e CapA) e invasão (CiaB) também foi observada em ambas as espécies.
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