Prevalência e fatores associados ao uso de psicotrópicos em idosos: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19228Palavras-chave:
Idoso; Psicotrópicos; Prevalência.Resumo
Objetivo: Descrever as dificuldades e as estratégias enfrentadas na utilização de medicamentos controlados entre idosos através de uma investigação na literatura científica disponível. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Foram utilizadas produções científicas com bases nos periódicos: Scopus, Web of Science e PubMed. Como critérios de inclusão optou-se por artigos originais, publicados entre os anos de 2016 a 2021, nos idiomas português e inglês, e que abordassem a temática estudada. Utilizando o operador booleano “AND” juntamente com os descritores: Idoso; Psicotrópicos; Prevalência. Resultados: As principais dificuldades e estratégias encontras no presente estudo foi semelhante a vários estudos que relatam a relação entre a utilização dos medicamentos psicotrópicos, onde a grande demanda se encontra associada com a depressão e a baixa qualidade de vida, corrobando com a compreensão sobre os tipos de medicamentos psicofármacos, tempo de duração do tratamento, e a fatores associados que acabam levando a consumação. Conclusão: É necessário que haja uma reestruturação dos serviços de saúde afim de poder oferecer aos pacientes idosos uma maior segurança na conduta terapêutica aplicada, com o intuito de minimizar os efeitos colaterais adversos, orientando sobre o uso correto das medicações de acordo com suas necessidades, através de profissionais especializados e prescritores capacitados.
Referências
Ackel M. M. A., Costa M. F. L., Costa C. E. & Filho A. I. L. (2017). Uso de psicofármacos entre idosos residentes em comunidade: prevalência e fatores associados. Rev. bras. epidemiol. São Paulo, v. 20, n. 1, p. 57-69.
Almeida N. A., Reinrs A. A. O, Azevedo R. C. S., Silva A. M. C., Cardoso J. D. C. & Souza L.C. (2017). Prevalência e fatores associados à polifarmácia entre os idosos residentes na comunidade. Rev. bras. geriatr. gerontol., p. 138-148.
Asensio, C., Escoda, N., Sabaté, M., Carbonell, P., López, P., & Laporte, J.-R. (2018). Prevalence of use of antipsychotic drugs in the elderly in Catalonia. European Journal of Clinical Pharmacology, 74(9), 1185–1186. https://doi.org/10.1007/s00228-018-2469-6.
Barbosa, V. F. B., Cabral, L. B., & Alexandre, A. C. S. (2019). Medicalização e Saúde Indígena: uma análise do consumo de psicotrópicos pelos índios Xukuru de Cimbres. Ciência & Saúde Coletiva, 24(8), 2993–3000. https://doi.org/10.1590/1413-81232018248.22192017.
Boucherie, Q., Gentile, G., Chalançon, C., Sciortino, V., Blin, O., Micallef, J., & Bonin-Guillaume, S. (2017). Long-term use of antipsychotics in community-dwelling dementia patients. International Clinical Psychopharmacology, 32(1), 13–19. https://doi.org/10.1097/yic.0000000000000150.
Bhattacharjee, S., Goldstone, L., & Warholak, T. (2016). Prevalence, Patterns and Predictors of Psychotropic Polypharmacy Among Elderly Individuals with Parkinson’s Disease In Long Term Care Settings In The United States. Journal of Parkinson's Disease, 6(1), 247–255. https://doi.org/10.3233/jpd-150646.
Brännström, J., Boström, G., Rosendahl, E., Nordström, P., Littbrand, H., Lövheim, H., & Gustafson, Y. (2017). Psychotropic drug use and mortality in old people with dementia: investigating sex differences. BMC Pharmacology and Toxicology, 18(1). https://doi.org/10.1186/s40360-017-0142-9
Brunero, S., Wand, A. P. F., Lamont, S., & John, L. (2016). A point prevalence study of the use of psychotropic medication in an acute general hospital. International Psychogeriatrics, 28(6), 967–975. https://doi.org/10.1017/s104161021500232x
Bueno D., Almeida T. T., & Rocha B., S. (2016). Prevalência de prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos em uma unidade de saúde da família de Porto Alegre/RS. Rev. APS. 19(3): 370 – 375.
Carnahan, R. M., & Letuchy, E. M. (2018). Bipolar Disorder in Nursing Homes: Impact on Antipsychotic Use, Diagnosis Patterns, and New Diagnoses in People with Dementia. The American Journal of Geriatric Psychiatry, 26(1), 2–10. https://doi.org/10.1016/j.jagp.2017.09.007.
Chyczij, F. F., Ramos, C., Santos, A., Jesus, L., & Alexandre, J. (2020). Prevalência da depressão, ansiedade e stress numa unidade de saúde familiar do norte de Portugal. Revista de Enfermagem Referência, V Série (Nº 2). https://doi.org/10.12707/riv19094.
Crossetti M. G. O. Revisão integrativa de pesquisa na enfermagem o rigor científico que lhe é exigido. Rev. Gaúcha Enferm.; 33(2):8-9.
Diniz A., Pillon S.C., Monteiro S., Pereira A., Gonçalves J., & Santos M. A. (2017). Uso de substâncias psicoativas em idosos, São Paulo, SP, maio-ago. Revista Psicologia: Teoria e Prática 19(2), 23-41.
European Monitoring Centre for Drug Addiction. (2010). Treatment and care for older drug users. Luxemburgo: Publications Office of the European Union. https://www.emcdda.europa.eu/publications/selected-issues/older-drug-users_en
Eshetie, T. C., Nguyen, T. A., Gillam, M. H., & Kalisch Ellett, L. M. (2019). Potentially inappropriate prescribing before and after initiation of medicines for dementia: An Australian population‐based study. Geriatrics & Gerontology International. https://doi.org/10.1111/ggi.13686.
Fulone, I., & Lopes, L. C. (2017). Potentially inappropriate prescriptions for elderly people taking antidepressant: comparative tools. BMC Geriatrics, 17(1). https://doi.org/10.1186/s12877-017-0674-2
Greenhalgh T. Como ler artigos científicos: fundamentos da medicina baseada em evidências. 2a Ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.
Harrison, S. L., Bradley, C., Milte, R., Liu, E., Kouladjian O’Donnell, L., Hilmer, S. N., & Crotty, M. (2018). Psychotropic medications in older people in residential care facilities and associations with quality of life: a cross-sectional study. BMC Geriatrics, 18(1). https://doi.org/10.1186/s12877-018-0752-0.
Helvik, A.-S., Šaltytė Benth, J., Wu, B., Engedal, K., & Selbæk, G. (2017). Persistent use of psychotropic drugs in nursing home residents in Norway. BMC Geriatrics, 17(1). https://doi.org/10.1186/s12877-017-0440-5.
Hwang, J. E., Song, I., Lee, E.-K., Ha, D., & Shin, J.-Y. (2018). Prevalence and predictors of tricyclic antidepressant use among elderly Koreans in primary-care and specialty clinics. Int. Journal of Clinical Pharmacology and Therapeutics, 56(05), 224–230. https://doi.org/10.5414/cp203157.
Jacquin-Piques, A., Sacco, G., Tavassoli, N., Rouaud, O., Bejot, Y., Giroud, M., Robert, P., Vellas, B., & Bonin-Guillaume, S. (2016). Psychotropic Drug Prescription in Patients with Dementia: Nursing Home Residents Versus Patients Living at Home. Journal of Alzheimer's Disease, 49(3), 671–680. https://doi.org/10.3233/jad-150280.
Kalisch Ellett, L. M., Pratt, N. L., Kerr, M., & Roughead, E. E. (2017). Antipsychotic polypharmacy in older Australians. International Psychogeriatrics, 30(4), 539–546. https://doi.org/10.1017/s1041610217001934
Kuroda, N., Hamada, S., Sakata, N., Jeon, B., Iijima, K., Yoshie, S., Ishizaki, T., Jin, X., Watanabe, T., & Tamiya, N. (2018). Antipsychotic use and related factors among people with dementia aged 75 years or older in J apan: A comprehensive population‐based estimation using medical and long‐term care data. International Journal of Geriatric Psychiatry, 34(3), 472–479. https://doi.org/10.1002/gps.5041.
Lornstad, M. T., Aarøen, M., Bergh, S., Benth, J. Š., & Helvik, A.-S. (2019). Prevalence and persistent use of psychotropic drugs in older adults receiving domiciliary care at baseline. BMC Geriatrics, 19(1). https://doi.org/10.1186/s12877-019-1126-y
Mendes K. D. S., Silveira R. C. C. P., & Galvão C. M. (2019). Uso de gerenciador de referências bibliográficas na seleção dos estudos primários em revisão integrativa. Texto contexto - enferm., v. 28: e20170204.
Mittelmeier, J., Edwards, R. L., Davis, S. K., Nguyen, Q., Murphy, V. L., Brummer, L., & Rienties, B. (2018). https://doi.org/10.14786/flr.v6i2. Frontline Learning Research, 20–38. https://doi.org/10.14786/flr.v6i2.348.
Mulders, A. J. M. J., Zuidema, S. U., Leeuwis, R., Bor, H., Verhey, F. R. J., & Koopmans, R. T. C. M. (2019). Prevalence and correlates of psychotropic drug use in Dutch nursing home patients with young‐onset dementia. International Journal of Geriatric Psychiatry, 34(8), 1185–1193. https://doi.org/10.1002/gps.5116
Nascimento L.C.S, Salvi J. O. (2018). Ansiedade, depressão e medicamentos psicotrópicos em idosos institucionalizados no municipio de ji-paraná, rondônia. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research V.21, n.3, pp.38-42.
Nasser, F. J., Almeida, M. M. d., Silva, L. S. d., Almeida, R. G. P. d., Barbirato, G. B., Mendlowicz, M. V., & Mesquita, C. T. (2016). Psychiatric Disorders and Cardiovascular System: Heart-Brain Interaction. International Journal of Cardiovascular Sciences, 29(1). https://doi.org/10.5935/2359-4802.20160003
Noia A., Sivia R. S., Yeda A. O. D., Maria L.L., & Nicolina S. R. L. (2012). Fatores associados ao uso de psicotrópicos por idosos residentes no Município de São Paulo. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 46, n. spe, p. 38-43.
O'Dwyer, C., McCallion, P., Henman, M., McCarron, M., O'Leary, E., Burke, E., O'Connell, J., & O'Dwyer, M. (2019). Prevalence and patterns of antipsychotic use and their associations with mental health and problem behaviours among older adults with intellectual disabilities. Journal of Applied Research in Intellectual Disabilities, 32(4), 981–993. https://doi.org/10.1111/jar.12591.
Prado M. A. M. B., Francisco P. M. S. B. & Barros M. B. A. (2017) Uso de medicamentos psicotrópicos em adultos e idosos residentes em Campinas, São Paulo: um estudo transversal de base populacional. Epidemiol. Serv. Saúde.:26(4): 747-758.
Pancote C. G., Sasaki N. S. G. M. S., Santos M. L. S. G., & Soler Z. A. S. G. (2018). Envelhecimento e uso de psicotrópicos. Enfermagem Brasil ;17(5):426-42.
Prudent, M., Parjoie, R., Jolly, D., Dramé, M., Badr, S., Novella, J.-L., & Mahmoudi, R. (2018). Factors related to use of potentially inappropriate psychotropic drugs in 2,343 residents of 19 nursing homes. Gériatrie et Psychologie Neuropsychiatrie du Viellissement, 16(3), 279–285. https://doi.org/10.1684/pnv.2018.0742.
Ramos, L. R., Mari, J. d. J., Fontanella, A. T., Pizzol, T. d. S. D., Bertoldi, A. D., & Mengue, S. S. (2020b). Nationwide use of psychotropic drugs for treatment of self-reported depression in the Brazilian urban adult population. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23. https://doi.org/10.1590/1980-549720200059.
Rios, S., Perlman, C. M., Costa, A., Heckman, G., Hirdes, J. P., & Mitchell, L. (2017). Antipsychotics and dementia in Canada: a retrospective cross-sectional study of four health sectors. BMC Geriatrics, 17(1). https://doi.org/10.1186/s12877-017-0636-8.
Saleh, N., Penning, M., Cloutier, D., Mallidou, A., Nuernberger, K., & Taylor, D. (2017). Social Engagement and Antipsychotic Use in Addressing the Behavioral and Psychological Symptoms of Dementia in Long-Term Care Facilities. Canadian Journal of Nursing Research, 49(4), 144–152. https://doi.org/10.1177/0844562117726253
Santos, J. M. S, Viera B. A. G, Santana E. J., Caldas M. A. G, Canuto P. C. O. V., Araújo R. J. S & Lopes R. F. (2020). Idosos e o uso desordenado de psicofármaco na atenção básica. Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 3, n. 2, p.1901-1908.
Santos C. M. C, Pimenta C. A. M, & Nobre M. R. C. (2007). The PICO strategy for the research question construction and evidence searches. Rev Lat Am Enfermagem; 15(3):508–11.
Sales A. S, Sales M. G. S. & Casotti C.A. (2017). Perfil farmacoterapêutico e fatores associados à polifarmácia entre idosos de Aiquara, Bahia, em 2014. Epidemiol. Serv. Saúde; 26(1): 121-132.
Secoli S. R, Marquesini E. A, FabrettiI S.C, Corona L.P & Lieber N.S.R (2018). Tendência da prática de automedicação entre idosos brasileiros entre 2006 e 2010. Revista Brasileira de Epidemiologia [online]. v. 21, n. Suppl 02.
Silva, R. S. d., Fedosse, E., Pascotini, F. d. S., & Riehs, E. B. (2019). Condições de saúde de idosos institucionalizados: contribuições para ação interdisciplinar e promotora de saúde. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(2), 345–356. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoao1590
Stock, K. J., Amuah, J. E., Lapane, K. L., Hogan, D. B., & Maxwell, C. J. (2016). Prevalence of, and Resident and Facility Characteristics Associated With Antipsychotic Use in Assisted Living vs. Long-Term Care Facilities: A Cross-Sectional Analysis from Alberta, Canada. Drugs & Aging, 34(1), 39–53. https://doi.org/10.1007/s40266-016-0411-0.
Zahirovic, I., Torisson, G., Wattmo, C., & Londos, E. (2018). Psychotropic and anti-dementia treatment in elderly persons with clinical signs of dementia with Lewy bodies: a cross-sectional study in 40 nursing homes in Sweden. BMC Geriatrics, 18(1). https://doi.org/10.1186/s12877-018-0740-4
Walsh, K. A., O'Regan, N. A., Byrne, S., Browne, J., Meagher, D. J., & Timmons, S. (2016). Patterns of psychotropic prescribing and polypharmacy in older hospitalized patients in Ireland: the influence of dementia on prescribing. International Psychogeriatrics, 28(11), 1807–1820. https://doi.org/10.1017/s1041610216001307.
Wolf, I.-K., Du, Y., & Knopf, H. (2017). Changes in prevalence of psychotropic drug use and alcohol consumption among the elderly in Germany: results of two National Health Interview and Examination Surveys 1997-99 and 2008-11. BMC Psychiatry, 17(1). https://doi.org/10.1186/s12888-017-1254-x.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jaqueline Maria Silva dos Santos; Euda Maria dos Santos Messias; Raquel Ferreira Lopes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.