Epidemiologia de neoplasias em pessoas vivendo com HIV/AIDS
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19240Palavras-chave:
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Sarcoma de Kaposi; Linfoma não Hodgkin; Epidemiologia; Neoplasias do Colo do Útero.Resumo
As alterações do sistema imunológico causadas pelo HIV caracterizam a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), a qual suscetibiliza o organismo do hospedeiro à agressão de agentes exógenos, proporcionando infecções oportunistas por cepas oncogênicas. São escassas as pesquisas que abordam a questão das neoplasias associadas ao HIV, o que torna importante esta revisão com o objetivo de abordar os fatores epidemiológicos da relação entre neoplasias e HIV. O estudo trata-se de uma revisão integrativa de publicações entre o período de 2009 a 2019, disponibilizados em português e inglês. Foi realizado um levantamento nas bases de dados Lilacs, PubMed e SciELO. Para analisar qualidade metodológica, utilizou-se o Critical Appraisal Skill Programme (CASP) adaptado e o Agency for Healthcare and Research and Quality (AHRQ) adaptado. O linfoma não-Hodgkin (NHL), o sarcoma de Kaposi (SK) e o carcinoma de colo uterino invasivo apresentaram os maiores índices de prevalência como neoplasias mais frequentes em indivíduos vivendo com o HIV/aids, consideradas definidoras da AIDS. Além disso, o gênero masculino e a raça caucasiana foram as mais relacionados com o desenvolvimento de neoplasias em pessoas que vivem com HIV/AIDS.
Referências
Alvarez-Guevara, D. et al. (2017). Prevalence of defining malignancies in adult patients with HIV/AIDS in the National Cancer Institute of Colombia. 2007-2014. Rev. fac. med., v. 65 (3), 397-402.
Bosch, F. X. et al. (2002). The causal relation between human papillomavirus and cervical cancer. J. Clin Pathol. 55, 244-65.
Burd, E. (2003). Human Papillomavirus and cervical cancer. Clinical Microbiology Reviews. 16, n.1, 1-17.
Caetano, J. A. M. (1991). Aspectos imunológicos pertinentes da infecção por HIV. Acta Médica Portuguesa. 4 supl. 1 Portugal.
Ceccato Junior, B. P. V. et al. (2015). Prevalência de infecção cervical por papilomavírus humano e neoplasia intraepitelial cervical em mulheres HIV-positivas e negativas. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 37 (4), 178-185.
Dalmaso, L., Serraino, D., & Franceschi, S. (2001). Epidemiology Of AIDS - related tumours in developed and developing countries. Eur. J. Cancer. 37, 1188-1201.
Freitas, J. B. et al. (2017). Perfil epidemiológico dos pacientes infectados pelo hiv com e sem câncer em um hospital público na baixada santista – SP – Brasil. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa. 14 (34), 17.
Hleyhel, M. et al. (2014). Risk of non-AIDS-defining cancers among HIV-1-infected individuals in France between 1997 and 2009: results from a French cohort. AIDS. 10; 28(14), 2109-18.
Junior, B. P. V. C. et al. (2016). Incidence of Cervical Human Papillomavirus and Cervical Intraepithelial Neoplasia in Women with Positive and Negative HIV Status. Rev Bras Ginecol Obstet., 38(05), 231-238.
Micheletti, A. R. et al. (2011). Benign and malignant neoplasias in 261 necropsies for HIV-positive patients in the period of 1989 to 2008. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo. 53(6), 309-314.
Ministério da Saúde (2000). Distribuição das doenças associadas, sinais e sintomas, no momento da notificação dos casos de AIDS entre indivíduos com 13 anos de idade ou mais, por período de diagnóstico. Brasil, 1983-2000. Coordenação Nacional de DST e AIDS. AIDS-Bol. Epidemiol. 13, 48.
Nagata, N. N. T. et al. (2018). Increased risk of non-AIDS-defining cancers in Asian HIV-infected patients: a long-term cohort study. BMC Cancer. 6;18(1), 1066.
Pinto Neto, L. F. S. et al. (2012). Malignancies in HIV/AIDS patients attending an outpatient clinic in Vitória, State of Espírito Santo, Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 4(6), 687-690.
Portugal, T. G. A. (2004). Estudo comparativo entre linfomas não hodgkin em indivíduos hiv-positivos e hiv-negativos em Salvador, Bahia. Associação com o vírus epstein-barr e classificação segundo a OMS-2001. Universidade Federal da Bahia. Dissertação de mestrado. 119 f.
Robbins, C. (2010). Bases Patológicas das Doenças. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier.
Raffetti, E. et al. (2015). Cancer incidence and mortality for all causes in HIV-infected patients over a quarter century: a multicentre cohort study. BMC Public Health. 15, 235.
Saldarriaga-Cantillo, A. et al. (2012). Epidemiological surveillance of the HIV/AIDS complex through the analysis of trends in the incidence of Kaposi's sarcoma in Cali, Colombia. Colomb. Med. 43(4), 273-280.
Sardinha, R. et al. (2015). HIV and HPV infection – clinical relevance, Acta Obstet Ginecol Port. 9(3), 241-249.
Strickler, H. D. et al. (2005). Natural history and possible reactivation of human papillomavirus in human immunodeficiency virus-positive women. J Natl Cancer Inst. 20;97(8), 577-86.
Silverberg, M. J. et al. (2009). HIV infection and the risk of cancers with and without a known infectious cause. AIDS. 13;23(17), 2337-45.
Shiels, M. S. et al. (2011). Cancer burden in the HIV-infected population in the United States. J Natl Cancer Inst.
Tancredi, M. V. et al. (2017). Prevalência de sarcoma de Kaposi em pacientes com aids e fatores associados, São Paulo-SP, 2003-2010. Epidemiol. Serv. Saúde. 26(2), 379-387.
Vissoto, E. F., Siqueira, G. S. M., & Carvalho; A. L .L. (2018). Câncer de canal anal. Diretrizes oncológicas. 20, 289-296.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 José Albano Tenório de Moura Filho; Carlos Alberto Tenório de Araújo III; Nadja Maria Jorge Asano; Manuela Barbosa Rodrigues de Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.