Prática de atividade física no tempo livre entre adultos brasileiros durante o período de 2011 a 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19560

Palavras-chave:

Atividade física; Atividades de lazer; Adultos; Epidemiologia; Inquéritos populacionais.

Resumo

Objetivo: Descrever a prática de atividade física no tempo livre entre adultos brasileiros durante o período de 2011 a 2019. Método: Estudo epidemiológico ecológico descritivo, a partir de dados secundários do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), no período de 2011 a 2019. A população foi constituída por adultos (≥ 18 anos de idade) brasileiros que participaram do VIGITEL. As variáveis de interesse foram: ano, sexo, faixa etária, escolaridade, região e capital.  Resultados: Observou-se que a prática de atividade física no tempo livre foi maior entre os anos de 2011 a 2015, entre os adultos do sexo masculino (45,9%), na faixa etária de 18 a 24 anos (48,1%) e que possuíam nove ou mais anos de estudo. No período analisado, as regiões Sul (39,6%), Centro-Oeste (39,6%) e Norte (39,2%) apresentaram maior frequência da prática de atividade física no tempo livre, sendo Florianópolis, Distrito Federal e Palmas as capitais que apresentaram maior índice de atividade física. Conclusão: Houve maior prevalência da prática de atividade física nas cidades de Florianópolis, Palmas e Distrito Federal, e nas regiões Sul, Centro Oeste e Norte. Homens, adultos jovens e indivíduos com maior nível de escolaridade apresentaram melhores índices da prática de atividade física no lazer.

Referências

Booth, F. W., Roberts, C. K., Thyfault, J. P., Ruegsegger, G. N., & Toedebusch, R. G. (2017). Role of Inactivity in Chronic Diseases: Evolutionary Insight and Pathophysiological Mechanisms. Physiol Rev. 97(4),1351-1402. https://doi.10.1152/physrev.00019.2016.

Bull, F., Goenka, S., Lambert, V. & Pratt, M. (2017). Physical Activity for the Prevention of Cardiometabolic Disease. In: Prabhakaran D, Anand S, Gaziano TA, Mbanya JC, Wu Y, Nugent R, editors. Cardiovascular, Respiratory, and Related Disorders. 3rd ed. Washington (DC): The International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank. 25. doi:10.1596/978-1-4648-0518-9_ch5Carvalho, F. F. B. (2019). Recomendações de atividade física para a saúde (pública): reflexões em busca de novos horizontes. ABCS Health Sciences. 44 (2),327-345. https://dx.doi.org/10.7322/abcshs.v44i2.1199.

Bull, F. C., Al-Ansari, S. S., Biddle, S., Borodulin, K., Buman, M. P., Cardon, G., Carty, C., Chaput, J. P., Chastin, S., Chou, R., Dempsey, P. C., DiPietro, L., Ekelund, U., Firth, J., Friedenreich, C. M., Garcia, L., Gichu, M., Jago, R., Katzmarzyk, P. T., Lambert, E., … Willumsen, J. F. (2020). World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. British journal of sports medicine, 54(24), 1451–1462. https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-102955.

Chor, D., Cardoso, L. O., Nobre, A. A., Griep, R. H., Fonseca, M. J. M., Giatti, L., Bensenor, I., Molina, M. D. C., Aquino E. M. L., Diez-Roux, A., Pina, C. D., & Santos, S. M. (2016). Association between perceived neighbourhood characteristics, physical activity and diet quality: results of the brazilian longitudinal study of adult health (elsa-brasil). Bmc Public Health. 16(1),1-11. https://dx.doi.10.1186/s12889-016-3447-5.

Dumith, S. C., Santos, M. N., Teixeira, L. O., Cazeiro, C. C., Mazza, S. E. I., & Almeida A.C. (2016). Prática de atividade física entre jovens em município do semiárido no Brasil. Cien Saude Colet. 21(4),1083-1093. https://dx.doi.10.1590/1413-81232015214.18762015.

Guthold, R., Stevens, G. A., Riley, L. M., & Bull, F. C. (2018). Worldwide trends in insufficient physical activity from 2001 to 2016: a pooled analysis of 358 population-based surveys with 1·9 million participants. Lancet Global Health. 6(10),1077-1086. https://doi.10.1016/S2214-109X(18)30357-7.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2015). “A Síntese dos Indicadores Sociais 2018 - Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira”. http://www.ibge.gov.br

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2020). Pesquisa nacional de saúde: 2019: percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal: Brasil e grandes regiões / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio de Janeiro: IBGE. 113p. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101748.pdf

Jones, S. A., Leeman, J., & Evenson, K. R. (2020). Physical Activity Facilitators and Barriers Among Retired Women in North Carolina: A Qualitative Study. N C Med J. 81(5): 284–292. doi: 10.18043/ncm.81.5.284

Ministério da Saúde (BR). (2012). Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2011: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. – Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

Moreno-Llamas, A., García-Mayor, J., & De la Cruz-Sánchez, E. (2020). Physical activity barriers according to social stratification in Europe. Int J Public Health. 65(8),1477-1484. https://doi.10.1007/s00038-020-01488-y

Morris, K. A., Arundell, L., Cleland, V., & Teychenne, M. (2020). Social ecological factors associated with physical activity and screen time amongst mothers from disadvantaged neighbourhoods over three years. The international journal of behavioral nutrition and physical activity, 17(1), 110. https://doi.org/10.1186/s12966-020-01015-5

Oliveira, A. J., Lopes, C. S., Rostila, M., Werneck, G. L., Griep, R. H., & Ponce de Leon, A. C. (2014). Gender differences in social support and leisure-time physical activity. Rev Saúde Pública. 48(4),602-612. https://dx.doi.10.1590/S0034-8910.2014048005183.

Patterson, R., McNamara , E., Tainio, M., Sá, T. H., Smith, A. D., Sharp, S. J., Edwards, P., Woodcock, J., Brage, S., & Wijndaele, K. (2018). Sedentary behaviour and risk of all-cause, cardiovascular and cancer mortality, and incident type 2 diabetes: a systematic review and dose response meta-analysis. Eur J Epidemiol. 33(9),811-829. https://doi.10.1007/s10654-018-0380-1.

Pitanga, F. J. G., Matos, S. M. A., Almeida, M. C., Griep, R. H., Viana, M. C., Melo, E. C.P., & Aquino, E. (2018). Factors associated with sedentary behavior among ELSA-Brasil participants: ecological model. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 23,1-8. https://dx.doi.10.12820/rbafs.23e0006.

Silva, C. L., Souza, M. F., Rossi Filho, S., Silva, L. F., & Rigoni, A. C. C. (2017). Atividade física de lazer e saúde: uma revisão sistemática. Mudanças – Psicologia da Saúde. 25(1),57-65. https://doi.org/10.15603/2176-1019/mud.v25n1p57-65.

Silva, D. A. S., Tremblay, M. S., Souza, M. F. M., Ribeiro, A. L. P., Cousin, E., Nascimento, B. R., Valença Neto, P. F., Naghavi, M., & Malta, D. (2020). Physical inactivity as a risk factor for all-cause mortality in Brazil (1990–2017) Popul Health Metrics. 18(1),1-9. https://doi.org/10.1186/s12963-020-00214-3.

Villalobos, F., Vinuesa, A., Pedret, R., Reche, A., Domínguez, E., Arija, V., & Equipo de investigación «Pas a Pas» (2019). Efecto de un Programa de actividad física sobre la autoestima en sujetos con enfermedades crónicas. Ensayo de intervención comunitaria. Atencion primaria, 51(4), 236–244. https://doi.org/10.1016/j.aprim.2017.11.011

Wendt, A., Carvalho, W. R. G., Silva, I. C. M., & Mielke, G. I. (2019). Preferências de atividade física em adultos brasileiros: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 24,1-9. https://dx.doi.10.12820/rbafs.24e0079.

Werneck, A. O., Baldew, S. S., Miranda, J. J., Díaz, A. O., Stubbs, B., & Silva, D. R. (2019). On the behalf of the South American Physical Activity and Sedentary Behavior Network (SAPASEN) collaborators. Physical activity and sedentary behavior patterns and sociodemographic correlates in 116,982 adults from six South American countries: the South American physical activity and sedentary behavior network (SAPASEN). Int J Behav Nutr Phys Act. 16(1):68. doi: 10.1186/s12966-019-0839-9.

World Health Organization (2018). Global action plan on physical activity 2018–2030: more active people for a healthier world. https://www.who.int/publications/i/item/9789241514187. ISBN 978-92-4-151418-7.

Downloads

Publicado

02/09/2021

Como Citar

ALMEIDA, P. E. de .; PALMEIRA, C. S. .; RODRIGUES, G. R. S. .; MACEDO, T. T. S. de . Prática de atividade física no tempo livre entre adultos brasileiros durante o período de 2011 a 2019 . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 11, p. e314101119560, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i11.19560. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19560. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde