Intervenção farmacêutica no uso indiscriminado da ivermectina: um estudo comparativo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19787Palavras-chave:
Ivermectina; Farmacêutico; Covid-19.Resumo
Introdução: O mundo inteiro ainda passa pela emergência sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus SARS-Cov-2, recentemente, a ivermectina, anteriormente demonstrada como tendo atividade antiviral de amplo espectro in vitro, demonstrou ser um inibidor do vírus SARS-CoV-2, nesse cenário o artigo tem como objetivo analisar a atuação farmacêutica em drogarias, e comparar o padrão de consumo do medicamento Ivermectina no período da pandemia de Covid-19 no município de Redenção-PA. Métodos: Foi realizado um estudo exploratório, descritivo retrospectivo, sendo o procedimento metodológico documental na avaliação dos registros de vendas de 05 (cinco) drogarias na cidade de Redenção-PA sobre o uso indiscriminado de ivermectina durante a pandemia. O estudo foi realizado através da revisão dos relatórios de vendas expedidos em 3 (três) meses, sendo estes: Março/Abril/Maio de 2019/2020/2021, respectivamente. Resultados e discussão: Foi observado durante o estudo um salto no consumo de ivermectina no ano de 2020, devida intensa procura por medidas curativas ou preventivas da Covid-19. Em contrapartida registramos uma queda de vendas dessa medicação no ano de 2021, devido a vacinação no Brasil e realização de estudos que, ressaltam que em nenhum deles foi comprovada a ação in vivo da medicação. Considerações Finais: Cabe ao farmacêutico, o último elo entre a medicação e o paciente, orientar e prevenir sobre o uso indiscriminado de ivermectina, uma vez que há dados suficientes para abandonar o uso dessas medicações, por provas contundentes de que não ajudam no tratamento.
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