Frequência de síndrome metabólica em estudantes de uma universidade pública brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.19802Palavras-chave:
Síndrome metabólica; Estudantes; Universidade.Resumo
Introdução: Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada por distúrbios metabólicos que geram obesidade central, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e intolerância à glicose. A prevalência da SM entre jovens adultos é considerada baixa, no entanto seus componentes individuais têm aumentado de forma preocupante. A taxa de morbimortalidade decorrentes de doenças crônicas entre jovens é preocupante no Brasil e o diagnóstico precoce é importante por se tratar de uma síndrome silenciosa. Objetivo: Determinar a prevalência de SM em universitários de uma Instituição de Ensino Pública (IES). Métodos: estudo descritivo, amostra composta por 123 universitários de ambos os gêneros, com idade entre 18 e 22 anos. Foi utilizado questionário para informações socioeconômicas e sobre estilo de vida. A coleta de sangue e de dados antropométricos foi realizada na própria IES. Resultados: 69,1% eram do gênero feminino; 12,2% já tiveram contato com o fumo de forma ativa; 56,1% consumiram bebidas alcóolicas pelo menos uma vez nos últimos 30 dias; 67,47% eram sedentários. 54,28% estão acima do peso; 15,8% dos homens encontram-se com relação cintura-quadril moderadamente alta; entre as mulheres 44,7% estão com risco moderado; 10,6% de alto risco e 5,9% relação de muito alto risco. O parâmetro individual mais alterado foi o HDLc 30,9%, enquanto o menos alterado foi a glicemia com 0,81%. Conclusão: apesar da baixa frequência de SM observada no estudo houve considerável frequência de pelo menos um parâmetro alterado, com destaque para o TAG e HDLc, o que se faz necessário o diagnóstico precoce e o monitoramento para prevenir o desenvolvimento crônico da SM.
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