Reações adversas decorrentes do tratamento com carbonato de lítio: uma revisão sistemática de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19853Palavras-chave:
Lítio; lítio; Efeitos adversos; efeitos adversos; Toxicidade; toxicidade; Intoxicação; intoxicação; Psiquiatria.; psiquiatriaResumo
Introdução: o lítio é a terapêutica em longo prazo mais eficiente no tratamento e prevenção dos transtornos bipolares como estabilizador do humor, e quando em uso, é necessário que haja monitoramento constante da concentração plasmática para evitar casos de intoxicações, pois se trata de substância de baixo índice terapêutico. Objetivo: identificar os potenciais riscos de reações adversas orgânicas e sistemáticas ao carbonato de lítio, bem como as interações medicamentosas que podem corroborar em complicações graves ao paciente. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo Revisão Integrativa de Literatura. Foram considerados estudos publicados no período compreendido entre 2015 e 2021, e analisadas fontes relevantes inerentes ao tema, utilizando como um dos principais critérios a escolha de artigos atuais, originais e internacionais. Resultados: mesmo fazendo o uso em doses terapêuticas, o lítio pode causar alterações importantes, como diminuição da TFG, que de forma retroalimentativa levam a intoxicação aguda por lítio, gerando quadros de alterações cardíacas, renais e do estado mental. Fatores como idade e tempo de uso do fármaco devem ser considerados de forma diretamente proporcional para se avaliar a extensão das lesões e alterações sofridas pelo paciente. Conclusão: apesar de todos efeitos adversos decorrentes do uso do lítio, esse tratamento segue sendo o padrão ouro no tratamento de transtorno bipolar. Sendo assim, é importante monitorar a litemia dos pacientes e as funções dos múltiplos sistemas a fim de se regular as doses ou mesmo associar o lítio a outros medicamentos a fim de reduzir os efeitos adversos, se necessário.
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