Qualidade fisiológica de sementes e crescimento de plântulas de grão-de-bico sob estresse salino
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19940Palavras-chave:
Cicer arietinum L.; Germinação; Tolerância à salinidade; Cloreto de sódio.Resumo
O estresse salino é uma condição que causa alterações fisiológicas em várias espécies, a identificação de cultivares tolerantes a tais condições é fundamental para ambientes de alta salinidade. O objetivo foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes de cultivares de grão-de-bico ao estresse salino durante a germinação e crescimento de plântulas. Duas cultivares ('BRS Cícero' e 'BRS Aleppo') e cinco potenciais osmóticos simulados com soluções de cloreto de sódio (0,0; -0,2; -0,4; -0,6 e -0,8 MPa), foram avaliados pelo teste de índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação, comprimento do epicótilo e da raiz primária, epicótilo e massa fresca da raiz primária, epicótilo e massa seca da raiz primária das sementes. Foram encontradas interações significativas para todas as variáveis, indicando que existem cultivares com desempenho específico para uma determinada condição de sal, e as condições simuladas de estresse salino afetaram negativamente a germinação e o crescimento das mudas. Potenciais osmóticos de menos de -0,4 MPa são prejudiciais à germinação e ao crescimento de mudas de grão-de-bico. As sementes ‘BRS Cícero’ apresentaram maior tolerância ao sal do que ‘BRS Aleppo’. A cultivar BRS Aleppo apresenta maior comprimento do epicótilo em relação à 'BRS Cícero' quando submetida às mesmas condições de estresse salino.
Referências
Acosta-Motos, J. R., Ortuno, M. F., Berna-Vicente, A., Dias-Vivancos, P., Sanchez-Blanco, M. J. & Hernandez, J. A. (2017). Plant responses to salt stress: adaptive mechanism. Agronomy, 7(1), 18-58.
Alqahtani, M., Roy, S. J. & Tester, M. (2018). Increasing salinity tolerance of crops. In: Meyers, R. A. Encyclopedia of sustainability science and technology. Ed. New York, Springer.
Avelar, R. S., Costa, C. A., Rocha, F. S., Oliveira, N. L. C. & Nascimento, W. M. (2018). Yield of chickpeas sown at different times. Revista Caatinga, 31(4), 900-906.
Brasil. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. (2009). Regras para Análise de Sementes. SAND/DNDV/CLAV.
Chauhan, Y., Allard, S., Williams, R., Williams, B., Mundreec, S., Chenud, K. & Rachaputi, N. C. (2017). Characterisation of chickpea cropping systems in Australia for major abiotic production constraints. Field Crops Research, 204, 120-134.
Deepa, N. & Arumugam, T. (2019). Salinity tolerance in vegetable crops: A review. Journal of Pharmacognosy and Phytochemistry, 8(3), 2717-2721.
Dias, N. S., Blanco, F. F., Souza, E. R., Ferreira, J. F., Souza-Neto, O. N. & Queiroz, I. S. R. (2016). Efeitos dos sais na planta e tolerância das culturas à salinidade. In: Gheyvi, H. R., Dias, N. S., Lacerda, C. F. & Gomes-Filho, E. Manejo da salinidade na agricultura: Estudo básico e aplicados. Ed. Fortaleza: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Salinidade.
Ferreira, A. C. T., Felito, R. A., Rocha, A. M., Carvalho, M. A.C. & Yamashita, O. M. (2017). Water and salt stresses on germination of cowpea (Vigna unguiculata cv. BRS Tumucumaque) seeds. Revista Caatinga, 30(4), 1009-1016.
Ferreira, D. F. (2011). Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, 35(6), 1039-1042.
Iqbal, S., Khan, A. M., Kashmala, I. D., Moatter, K., Ahmed, T., Gilani, S. A., Kumar, M., Yusuf, M. A., Nigam, M. & Kumar, M. (2018). An update on genetic modification of chickpea for increased yield and stress tolerance. Molecular Biotechnology, 60, 651-663.
Kumar, M., Yusuf, M. A., Nigam, M. & Kumar, M., 2018. An update on genetic modification of chickpea for increased yield and stress tolerance. Molecular Biotechnology, 60(8), 651-663.
Laghmouchi, Y., Belmehd, O., Bouyahya, A., Senhaji, N. S. & Abrini, J. (2017). Effect of temperature, salt stress and pH on seed germination of medicinal plant Origanum compactum. Biocatalysis and Agricultural Biotechnology, 10, 156-160.
Machado, R. M. A. & Serralheiro, R. P. (2017). Soil salinity: effect on vegetable crop growth. management practices to prevent and mitigate soil salinization. Horticulturae, 3(2), 30- 43.
Maguire, J. D. (1962). Speed of germination aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigour. Crop Science, 2, 176-177.
Marcos-Filho, J. (2015). Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. 2ª ed. Londrina, PR: ABRATES.
Marques, E. C., Freitas, V. S., Bezerra, M. A., Prisco, J. T. & Gomes-Filho, E. (2011). Efeitos do estresse salino na germinação, emergência e estabelecimento da plântula de cajueiro anão precoce. Revista Ciência Agronômica, 42(4), 993-999.
Medeiros, D. S., Alves, E. U., Sena, D. V. A., Silva, E. O. & Araújo, L. R. (2015). Desempenho fisiológico de sementes de gergelim submetidas a estresse hídrico em diferentes temperaturas. Semina: Ciências Agrárias, 36(5), 3069-3076.
Merga, B. & Haji, J. (2019). Economic importance of chickpea: Production, value, and world trade. Cogent Food & Agriculture, 5, 1-12.
Nasr, S. M. H., Parsakhoo, A., Naghavi, H. & Koohi, S. K. S. (2011). Effect of salt stress on germination and seedling growth of Prosopis juliflora (Sw.). New Forests, 43, 45-55.
Nascimento, M. D. G. R., Alves, E. U., Silva, M. L. M. & Rodrigues, C. M. (2017). Lima bean (Phaseolus lunatus L.) seeds exposed to different salt concentrations and temperatures. Revista Caatinga, 30(3), 738-747.
Oliveira, F. A., Sá, F. V. S., Paiva, E. P., Araújo, E. B. G., Souto, L. S., Andrade, R. A. & Silva, M. K. N. (2015). Emergência e crescimento inicial de plântulas de beterraba cv. Chata do Egito sob estresse salino. Agropecuária Científica no Semiárido, 11(1), 01-06.
Pereira, I. C., Catão, H. C. R. M. & Caixeta, F. (2020). Seed physiological quality and seedling growth of pea under water and salt stress. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 24(2), 95-100.
Pimentel-Gomes, F. (1985). Curso de estatística experimental. 11. ed. Piracicaba: Esalq.
Pinheiro, D. T., Dias, D. C. F. S. & Araújo, J. O. (2017). Germination of melon seeds under water and thermal stress. Journal of Seed Science, 39(2), 440-447.
Sa, F. V., Santos, M. G., Barros Junior, A., Alburquerque, J. R. T., Souza, A. R. E. & Ribeiro, R. M. P. (2020). Tolerance of peanut (Arachis hypogea) genotypes to salt stress in the initial phase. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 24(1), 37- 43.
Salisbury, F. B. & Ross, C. W. (1992). Plant physiology. Wadsworth Publishing Company, Belmont, USA.
Stefanello, R., Viana, B. B. & Neves, L. A. S. (2017). Resposta fisiológica de sementes de chia e linhaça ao estresse hídrico. Iheringia, 72(2), 161-163.
Silva, M. F., Araújo, E. F., Silva, L. J., Amaro, H. T. R., Dias, L. A. S. & Dias, D. C. F. (2019). Tolerance of crambe (Crambe abyssinica Hochst) to salinity and water stress during seed germination and initial seedling growth. Ciência e Agrotecnologia, 43, 1-13.
Osakabe, Y., Osakabe, K., Shinozaki, K. & Tran, L. S. P. (2014). Response of plants to water stress. Frontier in Plant Science, 5(86), 1-8.
Taiz L, Zeiger E, 2013. Fisiologia Vegetal. ARTMED, Porto Alegre, RS.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Amanda Maria Leal Pimenta; Nelson de Abreu Delvaux Júnior; Sérgio Manoel da Silva Fernandes; Josiane Cantuária Figueiredo; Samy Pimenta; Maria Josiane Martins; Danúbia Aparecida Costa Nobre
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.