Mucosite oral em crianças com câncer: dificuldades de avaliação e de terapia efetiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.20018Palavras-chave:
Neoplasia; neoplasia; quimioterapia; Quimioterapia; Mucosite; mucosite; Protocolo. ; protocoloResumo
O câncer é um problema de saúde pública no mundo e, em crianças, a incidência de aumento é de cerca de 1% ao ano. Apesar da eficácia, a terapia antineoplásica provoca efeitos de significativa toxicidade, muitas vezes causando a hospitalização do paciente, dificuldades de continuação da oncoterapia ou não readequação do tratamento para a não progressão da doença. A mucosite oral é um dos efeitos deletérios mais comuns; causa dor, afeta a fala e a nutrição e torna o paciente suscetível à septicemia. Em crianças, a frequência da mucosite oral situa-se em torno de 65%. Suas manifestações são avaliadas por meio de escalas diferentes e tratadas com protocolos distintos. O objetivo deste trabalho é verificar, em uma revisão sistemática da literatura, o estado da arte da avaliação da mucosite oral em crianças sob tratamento oncológico. Estudos mostraram que a avaliação é fundamental para estabelecer as estratégias de tratamento, que protocolos e escalas utilizadas são inconsistentes e que inexiste um sistema viável e válido para pontuar a mucosite infantil causada por câncer, impedindo uma intervenção terapêutica mais efetiva. Concluiu-se que a Children’s International Mucositis Evaluation Scale vem sendo a escala de maior aceitabilidade e validade por seu critérios.
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