Percepção das metodologias ativas por professores que atuam no Estado de Minas Gerais, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20202

Palavras-chave:

Educação

Resumo

As tecnologias são incorporadas nas diferentes áreas do nosso cotidiano, este cenário social tecnológico, visto fora das escolas são opostas ao cotidiano escolar, visto que a maioria das escolas brasileiras possuem currículos tradicionais e pouco tecnológicos. Neste contexto, é necessário que a educação se adapte à inovação e a tecnologia, para isso, os professores precisam ser bem formados e incentivados a aplicar metodologias de ensino ativas, atraentes e integradas à tecnologia. O estudo tem como objetivo avaliar a percepção das metodologias ativas por professores que atuam no ensino básico e superior do Estado de Minas Gerais. Os dados foram obtidos das respostas de 485 docentes via formulário eletrônico no ano de 2020. Sobre o conhecimento das metodologias ativas, 82,1% conhecia alguma metodologia, estando mais familiarizados com: seminário (57,2%), aprendizagem baseada em projetos/problemas (51%) e sala de aula invertida (45,7%). Apenas 20,8% foram capacitados durante a graduação e somente 23,3% receberam treinamento da instituição onde trabalham. Dos respondentes, 51,6% não recebem incentivo para utilizar as metodologias e relatam como principais desafios a falta de treinamento (68%), tempo de planejamento (48,5 %), falta de material (48,5%), tempo de aplicação (42,7%) e participação dos alunos (40,2%). Ainda que 79,2% dos respondentes não tenham recebido treinamento durante a graduação, a maioria considera relevante sua inclusão, refletindo a necessidade de modernização dos currículos.

Biografia do Autor

Ariane Flávia do Nascimento, Instituto Federal Minas Gerais, Instituto Federal de Minas

Docente do IFMG- Campus Bambuí. Doutora em Nutrição e Produção de Animais Não Ruminantes/Reprodução de Peixes pela Universidade Federal de Lavras. Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal de Lavras. Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Lavras e experiência na área de Medicina Veterinária e Zootecnia, com ênfase em Produção sustentável, Reprodução Animal, Inspeção e tecnologia de produtos de origem animal

Ana Flávia Silva Mesquita, Universidade Federal de Ouro Preto

Licenciada em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, campus Betim (2018). Atua desde 2019 como professora de educação básica - PEB de Ciências e Biologia da rede Estadual de ensino no Estado de Minas Gerais. É especialista em Ensino de Ciências (FAVENI, 2020), cursa especialização em Docência com ênfase em Educação Básica no Instituto Federal de Minas Gerais, campus Arcos (IFMG), possui Mestrado Profissional em Ensino de Ciências em andamento na Universidade Federal de Ouro Preto. Possui experiência nas áreas ensino com ênfase em Ciências Biológicas, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de ciências e ciência e arte.

Luiz Augusto Ferreira de Campos Viana, Instituto Federal Minas Gerais, Instituto Federal de Minas

Possui mestrado em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Ouro Preto (2015). Possui graduação em Engenharia Industrial Mecânica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (2009). Atualmente é Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, com dedicação exclusiva e Coordenador do Curso de Bacharelado em Engenharia Mecânica da mesma instituição. Preside o Colegiado do Curso e o Núcleo Docente Estruturante. Atuou como Professor Tutor do curso de Pós-Graduação em Docência do IFMG Campus Avançado Arcos em 2020, curso em que atua como orientador de trabalhos de conclusão de curso. Atuou como engenheiro de projetos na Usiminas Mecânica S/A, de março de 2010 a fevereiro de 2017. Tem experiência na área de Engenharia Mecânica, com ênfase em projeto e Análise de Tensões em vasos de pressão, elaboração de especificações técnicas de compra de materiais laminados planos, não planos, forjados, fundidos, com características metalúrgicas especificas para aplicações especiais, verificação de projetos de detalhamento de equipamentos. Tem experiência em modelagem e impressão 3D

Referências

Andrade, M. A. B. S., & Campos, L. M. L. (2005). Análise da Aplicação da Aprendizagem Baseada em Problemas no Ensino de Biologia. In V Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – SP (p. 01). Bauru, SP, Brasil.

Araújo, U. F., & Sastre, G. (2009). Aprendizagem Baseada em Problemas no Ensino Superior. São Paulo: Summus, 163-187.

Borochovicius, E & Tortella, J. C. B. (2014). Aprendizagem Baseada em Problemas: um método de ensino-aprendizagem e suas práticas educativas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, 22(83), 263-294.

Brasil. (1996). Lei De Diretrizes e Bases Da Educação Nacional. Lei número 9.394, 20 de Dezembro de 1996.

Brasil. (2003). Ministério Da Educação. Conselho Nacional De Educação Câmara De Educação Superior. Parecer Nº CNE/CES Nº 67/2003.

Brasil. (2017). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília.

Camargo, L. N., & da Luz, L. E. (2021). Os Impactos da Quarta Revolução Industrial na Educação. Revista Paranaense de Filosofia, 1(1), 1-12.

de Almeida, E. V., dos Santos Cantuária, L. L., & Goulart, J. C. (2021). Os avanços tecnológicos no século XXI: desafios para os professores na sala de aula. Revista de Estudos em Educação, (2675-4681), 7(2), 296-322.

de Araújo, M. G., Cassiano, A. D. N., de Holanda, C. S. M.,de Queiroz Moreira, P. V. S., & Giovannini, P. E. (2013). Educação em saúde no Ensino Infantil: mmetodologias ativas na abordagem da ação extensionista. Journal Of Nursing Ufpe/Revista De Enfermagem Ufpe, 7(1), 306-313.

Freire, P. (1979). Conscientização: Teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. Moraes

.

Gatti, B. A. (2010). Formação de professores no brasil: características e problemas. Educação & Sociedade, 31(113), 1355-1379.

Gemignani, E. Y. M. Y. (2013). Formação de professores e metodologias ativas de ensino-aprendizagem: ensinar para a compreensão. Fronteiras Da Educação, 1(2).

Grupo De Estudos Sobre Política Educacional E Trabalho Docente (Gestrado). (2010). Relatório Educacionais: trabalho docente na educação básica no Brasil, banco de dados. Belo Horizonte: Ufmg/Fae/Gestrado, .1-88.

Guaraldo, T. S. B; Brito, S. (2017) A transformação histórica das metodologias ativas: notas para um debate.aprendizagem ativa: contextos e experiências em comunicação. In: Santos, C. M. R. G; Ferrari, M. A. Aprendizagem ativa: contextos e experiências em comunicação. Bauru: Unesp, 15-27.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). (2019). Resumo Técnico: Censo da Educação Básica Estadual 2019 . Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 20205-20227.

Kenski, V. M. (2015). A urgência de propostas inovadoras para a formação de professores para todos os níveis de ensino. Revista Diálogo Educacional, 15(45), 423-441.

Lopes, J. M.; de Souza, B. S. & Freitas, F. M (2021). As mudanças na metodologia de ensino da matemática no período de pandemia. Anais do XIV EGEM: 2021 (Encontro Gaúcho De Educação E Matemática) 1-10.

Magalhães, B. D. C., Dantas, M. B.; De Sousa, B. E. V., De Souza, M. V. R. Marques, E. S., & Dos Santos, R. L. (2018). A importância e os desafios na aplicabilidade das metodologias ativas no ensino superior em saúde. Ciet: Enped.

Medeiros, L. P., Scandorieiro, S., Kimura, A. H.; Marques, L. A. Gonçalves, G. D., Aranome, A. M. F, & Kobayashi, R. K. T. (2018). Reconhecendo a microbiologia no nosso dia a dia pelo método PBL por estudantes do Ensino Médio. Luminária, 19(01), 34-43.

Oliveira, D. A., Junior, E. A. P., & De Santana Revi, N. (2020). Condições de trabalho dos professores e satisfação profissional: uma análise em sete estados do Brasil. Cenas Educacionais, 3, e-9503-e 9503.

Pereira, Z. T. G., & da Silva, D. Q. (2018). Metodologia ativa: sala de aula invertida e suas práticas na educação básica. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia Y Cambio en Educación, 16(4), 63-78.

Pessoa, A. F. D. A, Cavalcante, D. D. D. S., Medeiros, J. J. S., & Costa, M. A. A. D. (2019). Percepção dos docentes sobre o uso de metodologias ativas de aprendizagem em um curso de sistemas de informação. XIX Colóquio Internacional De Gestão Universitária. 1-13.

Rocha, F., & Ribeiro, A. (2020). Novas tecnologias e educação escolar: o que revela a produção acadêmica brasileira. Anais do CIET:ENPED: 2020 - (Congresso Internacional de Educação e Tecnologias, Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância).

Zardeto-Sabec, G., De Jesus, R. A., Teixeira, D. G., Alexandre, M. M., & Junior, A. J. R. (2020).. Mudando a educação com metodologias ativas. Braz. J. of Develop, 6(6), 41524-41539

Downloads

Publicado

13/09/2021

Como Citar

NASCIMENTO, A. F. do; MESQUITA, A. F. S.; VIANA, L. A. F. de C. Percepção das metodologias ativas por professores que atuam no Estado de Minas Gerais, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e54101220202, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20202. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20202. Acesso em: 5 jul. 2024.

Edição

v. 10 n. 12

Seção

Ciências Educacionais

Licença

Copyright (c) 2021 Ariane Flávia do Nascimento; Ana Flávia Silva Mesquita; Luiz Augusto Ferreira de Campos Viana

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.