Distribuição de Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul em uma área de caatinga
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20779Palavras-chave:
Aglomeração; Classes diamétricas; Sucessão secundária.Resumo
Os processos de regeneração e de sucessão que ocorrem nas florestas nativas permitem a continuidade das espécies e fornecem informações acerca de sua estrutura e distribuição nas comunidades florestais. Estes processos estão intimamente relacionados ao grau de exploração da vegetação, aos fatores edafoclimáticos e também à preservação dos remanescentes florestais. Este trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência dos indivíduos de A. colubrina e sua distribuição nas diferentes classes diamétricas em área de caatinga na Fazenda Lameirão município de Santa Terezinha-PB. O método utilizado para a contagem e medições de altura e diâmetro dos indivíduos desta espécie A. colubrina foi o caminhamento. Durante o percurso, todos os indivíduos de A. colubrina encontrados no trajeto foram mensurados a circunferência à altura do peito (CAP) < 6 cm, e altura total, utilizando uma fita métrica (cm) e régua graduada (GR 500 professional) (cm), respectivamente. Os valores obtidos das circunferências foram transformados em diâmetros (CAP/π), e a partir destes, obteve-se a diferença entre esses valores e estabelecido o intervalo entre as classes diamétricas. Foram inventariados 99 indivíduos, cuja maioria apresentou altura superior a 5 m e DAP médio 14,33 cm. De acordo com os valores de DAP obtidos, os exemplares foram distribuídos em cinco classes diamétricas com amplitude de 5,73 cm em cada classe. A maior quantidade de indivíduos se concentrou nas classes II e III. A A. colubrina ocorre de forma aglomerada. A maior quantidade de indivíduos nas três primeiras classes diamétricas, indica um alto recrutamento de indivíduos juvenis nessas classes.
Referências
Almeida, C. M.; Araújo, M. M.; Longhi, S. J., Rovedder, A. P., Sccoti, M. S. V., Aimi, M. A. S. C., Tonetto, T. S. (2015). Análise de agrupamentos em remanescente de Floresta Estacional Decidual. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 25, n. 3, p. 781-789, jul.-set..
Alvares, C. A.; Stape, J. L.; Sentelhas, P. C.; Gonçalves, J. L. M.; Gerd Sparovek, G. (2014). Köppen’s climate clasification map for Brazil. Meteorologische Zeit, v. 22, n. 6. Stuttgart, Alemanha. p 711-728.
Bambolim, A., Donde, A. R., Wojciechowsk, J. C. (2018). Análise fitossociológica e estrutura florística de uma floresta estacional decidual. Revista de Agricultura Neotropical, Cassilândia-MS, v. 5, n. 2, p. 62-68.
Calixto Júnior, J. T.; Drumond, M. A. Alves Junior, F. T. (2011). Estrutura e distribuição espacial de mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. em dois fragmentos de Caatinga em Pernambuco. Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n. 2, p. 95-100.
Chazdon, R. (2012). Regeneração de florestas tropicais. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais. v. 7, n. 3, p. 195-218.
Diniz, C. E. F.; Paes, J. B.; Marinho, I. V.; Lima, C. R. (2006). Avaliação do potencial tanífero de seis espécies florestais de ocorrência no semi-árido brasileiro. Cerne, Lavras, v. 12, n. 3, p. 232-238.
Filgueiras, T.; Brochado, A. L.; Nogueira, P. E.; Guala, G. F. (1994). Caminhamentos: um método expedito para levantamentos florísticos qualitativos. Cadernos de Geociências. n.12, p.39-44.
Guedes, J.; Krupek, R. A. (2016). Florística e fitossociologia do componente arbóreo de um fragmento de floresta ombrófila densa do estado de São Paulo. Revista Acta Biológica Catarinense. Joinville, SC. v. 3, n. 1, p. 12-24.
Lacerda, G. L. B. et al., (2019). Análise temporal da vegetação na Sub-Bacia Do Rio Do Peixe, Paraíba/Brasil. Brazilian Journal of Development., Curitiba, v. 5, n. 8, p. 11794-11807.
Machado, E. L. M.; Gonzaga, A. P. D; Carvalho, W. A. C; Souza, J. S.; Higuchi, P.; Santos R. M.; Silva, A. C.; Oliveira Filho, A. T. (2010). Flutuações temporais nos padrões de distribuição diamétrica da comunidade arbóreo-arbustivo e de 15 populações em um fragmento florestal. Revista Árvore, Viçosa, v. 34, n. 4, p. 723-732.
Maragon, G. P.; Ferreira, R. L.; Silva, J. A. A.; Lira, D. F. S; Silva, E, A, Loureiro, G. H. (2013). Estrutura e padrão espacial da vegetação em uma área de Caatinga. FLORESTA, Curitiba, PR, v. 43, n. 1, p. 83 – 92.
Medeiros, R. L. S.; Souza, V. C.; Neto, M. A. B; Araújo, L.; Barbosa, A. S. (2016). Estrutura da regeneração natural de Anadenanthera colubrina em fragmento de brejo de altitude em Bananeiras, PB. Pesquisa Florestal Brasileira.
Nascimento, A. R. T.; Longhi, S. J.; Brena, D. A. (2001). Estrutura e padrões de distribuição espacial de espécies arbóreas em uma amostra de floresta ombrófila mista em Nova Prata, RS. Ciência Florestal, Santa Maria, v.11, n.1, p.105-119.
Santana, J. A. S.; Santana Júnior, J. A. S.; Barreto, W. S.; Ferreira, A. T. S. (2016). Estrutura e distribuição espacial da vegetação da Caatinga na Estação Ecológica do Seridó, RN. Pesquisa Florestal Brasileira. Colombo, v. 36, n. 88, p. 355-361.
Santana, J. A. S.; Vieira, F. A.; Pacheco, M. V.; Oliveira, P. R. S. (2011). Padrão de distribuição e estrutura diamétrica de Caesalpinia pyramidalis Tul. (Catingueira) na Caatinga do Seridó. Revista de Biologia e Ciências da Terra. v.11. n.1.
Santos, J. H. S.; Ferreira, R. L.; Silva, J. A. A.; Souza, A. L.; Santos, E. S.; Meunier, I. M. J. (2004). Distinção de grupos ecológicos de espécies florestais por meio de técnicas multivariadas. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.28, n.3, p. 387-396.
Tierschnabel, B. R.; Melo Júnior, J. C. F.; Dornelles, S. S. (2018). Dispersão de sementes e densidade populacional de Psychotria nuda (Rubiceae) em fragmento urbano de Floresta Ombróila Densa de Terras Baixas no sul do Brasil. Revista Biotemas, 31 (2): 9-18.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Geovanio Alves da Silva; Ivonete Alves Bakke; Géssica dos Santos Vasconcelos ; Olaf Andreas Bakke; Mellina Nicácio da Luz ; Rita de Cassia Henriques Delfino ; Jokasta Joanita dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
