Manejo cirúrgico de dentes natais e neonatais em pacientes com fissura labiopalatina – Relato de Casos

Resumo

Fundamento: Dentes natais são definidos como dentes presentes ao nascimento, enquanto elementos dentários neonatais são os que eclodem em até 30 dias após esse evento, sendo estas alterações da normalidade mais frequentes em bebês portadores de fissuras labiopalatinas. O tratamento conservador consiste em acompanhamento nos casos em que não há prejuízo à mãe e à criança. No entanto, a presença desses elementos pode causar desconforto durante a sucção, laceração dos seios da mãe e aspiração dos dentes, necessitando de remoção cirúrgica. Objetivo e relato de caso: o objetivo do trabalho é apresentar dois casos de dentes natal e neonatal em bebês com fissura labiopalatina. O primeiro caso destina-se ao relato de um dente neonatal na região anterior de mandíbula. O segundo, em sequência, relata a presença de dente natal em região maxilar, sendo ambas dentições decíduas. O tratamento de escolha para os dois casos supracitados envolveu a remoção dos elementos e posterior acompanhamento, terapêutica escolhida em decorrência das dificuldades de sucção, mobilidade que pode predispor à aspiração acidental do elemento pelo bebê, ferimentos ao seio materno durante a amamentação e prejuízo em moldagens nos casos em que há a necessidade da confecção de placas intraorais para auxiliar na alimentação. Conclusão: Apesar do tratamento conservador constituir uma opção viável em alguns casos de dentes natais e neonatais em pacientes com fissura labiopalatina, a remoção cirúrgica é a terapêutica eficaz nos casos em que o elemento dentário ocasiona prejuízos significativos à mãe e ao bebê.