Isolamento social vivenciado por mulheres no pós-parto durante a pandemia da Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21168Palavras-chave:
Mulheres; Período pós-parto; Isolamento social; Covid-19; Enfermagem.Resumo
Objetivo: Conhecer os aspectos positivos e negativos do isolamento social vivenciado por mulheres no pós-parto durante a pandemia da Covid-19. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa qualitativa que teve como referencial metodológico a Grounded Theory. Participaram 14 puérperas que tiveram seus partos em um hospital do sul do Brasil. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2020 por entrevistas, sendo analisados pelas codificações aberta, axial e seletiva. Resultados: Como positivo referiram poder conduzir suas ações com seu bebê sem intromissões no seu maternar; menor preocupação com o contágio pela Covid-19. Relataram tranquilidade para estabelecer o aleitamento materno. Puderam atender as necessidades dos seus filhos de diferentes idades, tendo sua intimidade preservada. Reconheceram como negativo a necessidade do isolamento social e aderiram às medidas protetivas por medo do contágio. Manifestaram necessidades de convívio afetivo e desejo de dividir a alegria do nascimento do seu filho com outras pessoas. Vivenciaram o puerpério de forma solitária, insegura e exaustiva, sentiram falta de uma rede de apoio, sentindo-se sobrecarregadas frente às demandas do bebê, tarefas domésticas, tendo que administrar seus sentimentos. Considerações finais: O isolamento social acarretou forte impacto na vivência do puerpério, exigindo a mudança de planos e adaptações. O uso de formas alternativas de contato deve ser implementado como de mídias online como forma de mantê-las em contato social mesmo que distantes. O companheiro deve ser instrumentalizado para o cuidado tanto da puérpera como do recém-nascido, minimizando seu desgaste físico e mental.
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