Gradiente longitudinal na estrutura da assembleia de peixes de um reservatório de acumulação: Capivari
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21171Palavras-chave:
Influência abiótica; Zonação em reservatórios; Zona fluvial.Resumo
O presente estudo avaliou a hipótese que a assembleia de peixes do reservatório da Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza (Capivari) se apresenta estruturada longitudinalmente, formando duas ou três zonas distintas. Foram realizadas coletas de peixes e variáveis abióticas trimestralmente entre janeiro de 2004 e outubro de 2008 em três locais (barragem, intermediário e remanso) ao longo do reservatório. No total, foram capturados 38.085 indivíduos, que foram sumarizados com o escalonamento multidimensional não-métrico (NMS) e comparados longitudinalmente com o procedimento permutacional de multiresposta (MRPP). Também foi analisado a ocorrência de espécies distribuída em cada local. Na sequência, os gradientes de variação da estrutura da assembleia de peixes associada às variáveis abióticas foram extraídos sob a restrição linear imposta pelas mesmas, através da análise de correspondência canônica (ACC). A diferença entre os gradientes puros e restritos foi avaliada com o teste de Mantel. A NMS e o teste MRPP mostraram que os gradientes puros da estrutura da assembleia de peixes foram diferenciados longitudinalmente, sendo o remanso diferente dos demais, sendo verificada maior preferência de espécies por este local. A ACC demonstrou influência da transparência da água, pH e do oxigênio dissolvido, assim como o resultado da NMS. Concluiu-se que a estrutura da assembleia de peixes no reservatório de Capivari apresentou um padrão de zonação, formando duas zonas distintas no gradiente longitudinal, onde foi verificado maior preferência das espécies pela zona fluvial (remanso), influenciado principalmente por apresentar menores valores de transparência da água e maiores índices de pH e oxigênio dissolvido.
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