Efeitos alelopáticos de Waltheria indica L.: Potencial de biocontrole na restauração ecológica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21263Palavras-chave:
Mato competição; Controle de ervas daninhas; Germinação; Urochloa brizantha.Resumo
No Brasil a maioria das áreas degradas são ocupadas por espécies exóticas e invasoras, o que necessita de alternativas para seu manejo. Avaliamos os efeitos alelopáticos de Waltheria indica em laboratório a partir de extratos aquosos de folhas e raízes na germinação das espécies Lactuca sativa L. (alface), Urochloa brizantha (Hochst. ex A.Rich.) R.D.Webster (braquiária) e Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) Mattos (ipê amarelo). Coletamos arbustos adultos Waltheria indica com um ano de idade, em áreas de restauração ecológica por semeadura direta. Utilizamos dois tratamentos com extratos aquosos de folhas e raízes e um controle sem extrato, com dez repetições de 10 sementes por tratamento, totalizando 600 sementes por espécie-teste. Ensaios de germinação e de uso de tetrazólio para avaliar a atividade respiratória potencial das raízes foram empregados. O extrato aquoso de folhas de W.indica afetou o número de sementes germinadas de todas as espécies-teste enquanto o extrato aquoso de raízes afetou apenas L. sativa e H. chrysotrichus. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos (extratos de folhas e raízes) na germinação das espécies. Os extratos aquosos das folhas e raízes de Waltheria indica afetaram a germinação e a respiração celular das espécies estudadas, principalmente em Lactuca sativa. A identificação dos compostos alelopáticos de W. indica, pode ser um passo inicial para que no futuro novos bioherbicidas sejam produzidos a partir de extratos desta espécie, ou até mesmo que suas sementes possam ser semeadas junto com espécies nativas não-sensíveis, almejando o controle das espécies exóticas em projetos de restauração ecológica.
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