Papel da enfermagem na prevenção ao feminicídio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21350Palavras-chave:
Cuidados de enfermagem; Direitos da mulher; Violência contra a mulher.Resumo
Objetivo: O presente estudo busca entender o papel da enfermagem frente a prevenção do feminicídio, que no Brasil encontra-se cada vez mais frequente. Métodos: Revisão integrativa baseada na pergunta norteadora: Qual o papel da Enfermagem na prevenção ao feminicídio? As buscas foram realizadas nas bases de dados LILACS, BVS e SciELO, através dos descritores “Violência contra a mulher”, “Direitos da mulher” e “Cuidados de Enfermagem”, por meio dos booleanos AND e OR. Foram utilizados como critérios de inclusão artigos que estivessem disponíveis nos idiomas Português e Inglês, disponíveis na íntegra e datados nos últimos dez anos, devido à escassez em material que incluíssem a relação entre o feminicídio e os cuidados de enfermagem na saúde da mulher. Após análise, 16 publicações foram selecionadas para compor a discussão e apresentação desta revisão. Resultados: Com base na análise do material obtido nas buscas das bases de dados, ficou entendido a necessidade dos profissionais de enfermagem em incentivar as mulheres que estão ou passaram por situação de violências a realizarem o autocuidado e direcionar a rede de atendimento e assistência a essas vítimas, como forma de prevenção ao feminicídio. Sendo indispensável a orientação desses profissionais sobre o convívio social, visando o equilíbrio da saúde mental dessas mulheres. Conclusão: Apesar de ser um tema de total relevância na saúde pública atualmente, é preciso ampliar o debate acerca da violência de gênero dentro dos serviços de saúde, para que dessa forma, os profissionais de enfermagem possam compreender o fenômeno e lidar com as consequências da violência sofrida, sabendo que o cuidado prestado a essas mulheres é em sua maioria, realizado por essa classe profissional.
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