Impacto da hiperidrose primária na qualidade de vida de professores do ensino básico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21385Palavras-chave:
Hiperidrose; Estudantes; Professores; Qualidade de vida.Resumo
Objetivou-se analisar o conhecimento, a prevalência e o impacto da Hiperidrose Primária na qualidade de vida de professores do ensino básico de escolas particulares no município de Aracaju/SE. Pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi iniciada com a aplicação de um questionário de conhecimento prévio sobre a Hiperidrose Primária e em seguida foi realizada uma palestra sobre a doença. Após a explanação sobre o tema, os professores responderam outros três questionários, foram eles: Critérios Diagnósticos; Hyperhidrosis Disease Severity Scale; e, Qualidade de Vida – Hiperidrose. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Tiradentes (3.266.630). A prevalência de HP foi de 8,2% no estudo, onde 78,3% pertenciam ao sexo feminino, 49,2% na faixa etária de 31 a 40 anos e 61,2% pardos. O início da doença ocorreu entre 15 e 20 anos em 27,3%. Foi identificado o desconhecimento da HP por 82,8% dos professores. Houve predominância do grau 02 em 36,4%. Quanto ao sítio anatômico, 45,5% descreveram o palmar e 45,5% o plantar como principais afetados. O diagnóstico da HP por um profissional de saúde foi relatado por 13,6% dos professores. Sobre a qualidade de vida, verificou-se que a pontuação total dos domínios variou de 20 (excelente) a 75 (ruim), com média de 46,7 pontos, onde 3 (13,6%) foram classificados como ruim. Dessa forma, atuar na divulgação de informações sobre a HP é essencial para ampliar os conhecimentos sobre essa doença entre profissionais, alunos, pais e responsáveis.
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