Prevalência de alterações bucais em pacientes com necessidades especiais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2148Palavras-chave:
Clínicas Odontológicas; Paciente; Anomalia Bucal.Resumo
Identificar a prevalência de alterações bucais em pacientes atendidos na Clínica de Pacientes com Necessidades Especiais do curso de Odontologia, da Universidade Estadual da Paraíba, na cidade de Araruna/PB. Estudo retrospectivo, observacional e quantitativo, com a análise de 59 prontuários de Pacientes com Necessidades Especiais atendidos no período de 2015.2 a 2017.1, desde a implementação desta clínica. Foram registrados os dados relativos ao sexo, idade, índice de CPO-D, tratamentos odontológicos realizados e o tempo de permanência em tratamento na disciplina. A coleta dos dados foi obtida por meio de uma ficha secundária com uso do google forms, a fim de reunir informações necessárias para a realização do estudo. Em seguida os dados foram organizados e armazenados em planilhas do Excel e para sua análise estatística e categorização utilizou-se o programa SPSS. Observou-se maior prevalência de indivíduos do sexo masculino (50,2%) em relação ao feminino (48,2%). A faixa etária era composta em sua maioria (76,3%) por pessoas com idade abaixo de 40 anos. As alterações bucais encontradas foram cárie, em 69,7% dos pacientes, doença periodontal em 57,6% e ainda outras lesões, como por exemplo queilite actínica, em 7,6%. O índice de CPO-D médio foi de 12,10; e os tratamentos odontológicos mais executados caracterizaram-se por procedimentos restauradores (84,75%), raspagem supra/subgengival (57,62%), exodontias (20,03%), aplicação tópica de flúor (44,06%) e reabilitação protética (1,69%). Do total de 59 pacientes, 74,57% apresentaram a doença periodontal e a cárie como as principais alterações bucais encontradas. A incidência maior de cárie foi em indivíduos do sexo feminino (82,8%) e a doença periodontal no sexo masculino (70,0%).
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