O trabalho pedagógico e a inclusão escolar para crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21486Palavras-chave:
Docente; Educando; Inclusão; Transtorno do Espectro Autista.Resumo
O objetivo deste trabalho é mostrar uma visão geral do autismo, bem como sinalizar para a inclusão do aluno autista em escolas regulares, discutindo concepções equivocadas, tais como a de que alunos com autismo são pessoas que não conseguem de forma alguma se comunicar ou alcançar progressos intelectuais; buscando explicar as causas do comportamento singular dessas pessoas, e que a inclusão é possível e deve ser realizada de forma especializada. O autismo é caracterizado por dificuldades na comunicação, socialização e por comportamentos repetitivos ou restritos. A inclusão de crianças diagnosticadas com Espectro do Autismo (TEA) no ambiente escolar se faz necessária e deve partir de uma concepção de formação de professores especializados no atendimento desse público, bem como por meio do estabelecimento das condições necessárias ao desenvolvimento do sujeito autista, que vão desde aspectos estruturais das instituições de ensino até a elaboração de políticas públicas específicas. O TEA é um transtorno que afeta as áreas de interação social, comunicação/linguagem e comportamento, podendo acometer a criança de forma leve, moderada ou severa. Atualmente as intervenções utilizadas para promover o desenvolvimento e a aprendizagem desse público são: TEACCH, ABA e PECS. É válido destacar que o autismo é um transtorno complexo, portanto não existe uma terapia ou método isolado que atenderá as demandas da pessoa com TEA. É preciso fortalecer os vínculos entre família, escola, cuidadores e terapeutas para que deste modo, juntos possam criar uma melhor estratégia de intervenção para o ensino de habilidades que vise melhorar o desenvolvimento da criança.
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