Cuidados pré e pós-operatórios de queiloplastia e palatoplastia: percepção dos cuidadores em um centro especializado da região sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21511Palavras-chave:
Pesquisa multidisciplinar; Fenda palatina; Fenda labial; Anormalidades craniofaciais.Resumo
O objetivo do estudo foi investigar a percepção dos cuidadores de crianças com fissura lábio palatal quanto ao procedimento cirúrgico e cuidados pós-operatórios. Trata-se de pesquisa descritiva, exploratória, com análise qualitativa dos dados realizada de acordo com a metodologia de Análise de Conteúdo proposta por Bardin. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista aos cuidadores durante a consulta pré-operatória multiprofissional. O instrumento de coleta de dados continha oito questões para caracterização da amostra (idade, sexo, escolaridade, renda familiar, grau de parentesco do informante, tipo de fissura, associação com síndrome genética e procedimento cirúrgico submetido) e três perguntas que buscavam explorar as dúvidas, expectativas, sentimentos e sensações relacionadas ao procedimento cirúrgico. As respostas às perguntas abertas foram gravadas e posteriormente transcritas pelos pesquisadores. Os cuidadores entrevistados demostraram dúvidas quanto ao procedimento cirúrgico e cuidados pós-operatórios e medo frente ao desfecho, no entanto, foi possível observar que havia confiança na equipe, podendo estar relacionada ao vínculo gerado desde a chegada desses pacientes ao serviço. Conclui-se que os sentimentos negativos dos cuidadores entrevistados eram gerados devido a ansiedade e as incertezas quanto ao procedimento cirúrgico. Destaca-se, portanto, a importância das orientações multidisciplinares e o estabelecimento de vínculo com pacientes e seus familiares.
Referências
Andrade, A. A, Rodrigues, M. C., & Santos, W. L. (2019). A Importância da Equipe Multiprofissional para a recuperação da criança com fenda labiopalatina. Revista Enfermagem Atual in Derme. 90(28), 1-5.
Augsornwan, D. Pikhunthod, K. Pongpagatip, S., & Surakunprapha, P. (2012). Nursing outcome in patients with cleft lip and palate who underwent operation: follow-up cases. J Med Assoc Thai. 95(11), 16-20.
Baltazar, M. M. M. Lima, D. P. Matos, F. G. A. O. Calixto, R. D. Moraes, R. S., & Kusma, S. Z. Atenção à saúde bucal a pacientes fissurados labiopalatais no estado do Paraná. (2019). In: Rafael Gomes Ditterich, Guilherme Fernandes Graziani, Samuel Jorge Moysés (organizadores). (Org.). Caminhos e trajetórias da saúde bucal no estado do Paraná. 1ed.Londrina: INESCO, 1, 213-240.
Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. Ed Loyola. 229 p.
Brasil. (1993). POR: Portaria SAS/MS n. 126. Cria grupos e procedimentos para tratamento de lesões labiopalatais na tabela SIH/SUS e dá outras providências. Diário Oficial da União, 21 set 1993.
Brasil. (2002a). Ministério da Saúde. Reduzindo as desigualdades e ampliando o acesso à assistência à saúde no Brasil 1998-2002. Brasília: Editora MS.
Brasil. (2002b) NO: Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS – SUS 01/2002. Diário Oficial da União, 28 de fev.
Brasil. (2020) Ministério da Saúde. Painel Coronavírus.
Bruggink, R. Baan, F. Kramer, G. Claessens, C. Kuijpers-Jagtman, A. M. Bronkhorst, E. M. Maal, T. J. J., & Ongkosuwito, E. (2020). The effect of lip closure on palatal growth in patients with unilateral clefts. PeerJ. 8:e9631
Cabral, C. Lopes, M. G. P. B. S. Oliveira, D. L., & Baltazar, M. M. M. (2021). Abordagem fonoaudiológica em pacientes com fissura labiopalatal em serviço especializado de alta complexidade na região oeste do Paraná. RSD Journal. 10(10), e144101019062.
Cardoso, T. P. Oliveira, P. R. Volpato, R. J. Nascimento, V. F. Rocha, E. M., & Lemes A. G. (2019). Vivências e percepções de familiares sobre a hospitalização da criança em unidade pediátrica. Rev. Enferm. UFSM, 9(4), 1-22.
Farinhas, G. V. Mattje, A. V. Polonio, D. F., & Garcia, E. L. (2017). Sobre mães e seus cuidados para com filhos acometidos por malformação labiopalatal. Jornada de Pesquisa em Psicologia. 1-14.
Kassim, M. J. N. Matos, F. G. O. A. Cândido, M. Borges, G. S., & Rodrigues, L. P. G. D. (2021). Consulta de enfermagem a pacientes com fissuras labiopalatais. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(4), e6992.
Matos, F. G. O. A. Santos, K. J. J. Baltazar, M. M. M. Fernandes, C. A. M. Marques, A. F. J., & Luz, M. S. (2020). Epidemiological profile of labiopalatine clefts in children cared for at a reference center in Paraná. Rev. Enferm. UFSM - REUFSM Santa Maria, RS,10(28), 1-15.
Menezes, M. Moré, C. L. O. O., & Barros, L. (2016). As redes sociais dos familiares acompanhantes durante internação hospitalar de crianças. Rev. Esc Enferm USP, (50), 107-113.
Moretto, M. J. Fernandes, S. L. Lemes, A. T. A. L. Ferreira, E. S., & Sales, C. F. R. (2017). Tratamento multidisciplinar na reabilitação de pacientes portadores de fissura de lábio e/ou palato. J Multidiscipl Dent, 10(1), 3-8.
Paraná. Resolução SESA Nº 1268/2020, 13 de setembro de 2020. Regulamenta o disposto nos arts. 1º, 2º, 3º,10,13 e 15 do Decreto Estadual nº 4.230, 16 de março de 2020, para implementação e manutenção das medidas de enfrentamento à COVID-19.
Paraná. Resolução SESA Nº 926/2020, 24 de julho de 2020. Dispõe sobre a suspensão temporária da realização dos procedimentos cirúrgicos eletivos ambulatoriais e hospitalares, em face da escassez de medicamentos anestésicos e relaxantes musculares no Estado do Paraná.
Razera, A. P. Trettene, A. S., & Tabaquim, M. L. M. (2004). O impacto estressor das cirurgias primárias reparadoras em cuidadores de crianças com fissura labiopalatina. Bol. Acad. Paulista de Psicologia. 36 (90), 105-123.
Rossato, L. M. (2004). Dimensões do cuidado da criança com dor e de sua família. Rev. Min. Enf, 8(4), 501-505.
Santos, J. V. N. Tavares, J. L. F. Silva, M. A. B. Cavalcanti, A. F. M. Barbosa, D. N., & Leite, R. B. (2020). Fissura labiopalatina: estudo do papel do profissional de saúde na diminuição de danos ao paciente. Revista Ciencia E Odontologia, 4(1), 48-55.
Silva, N. F. Beluci, M. L. Banhara, F. L. Henrique, T. Manso, M. M. F. G., & Trettene, A. S. (2020). Dúvidas de pacientes e cuidadores informais relativas aos cuidados pós-operatórios de enxerto ósseo alveolar. Rev. Bras Enferm, 73(5).
Trettene, A. S. Mondini, C. C. D. S., & Marques, I. L. (2013). Feeding children in the immediate perioperative period after palatoplasty: a comparison between techniques using a cup and a spoon. Rev Esc Enferm USP,47(6),1298-1304.
Trettene, A. S. Razera, A. P. R. Maximiano, T. O. Luiz, A. G. Dalben, G. S., & Gomide, M. R. (2014). Dúvidas de cuidadores de crianças com fissura labiopalatina sobre os cuidados pós-operatórios de queiloplastia e palatoplastia. Rev. esc. enferm. USP. São Paulo, 48(6).
Vasconcelos, B. B. N. Albuquerque, D. F. Cavalcante, R. B. Teixeira, R. C. Neto, F. P. V. B., & Ferreira, M. M. (2020). Qualidade de vida de pacientes acometidos por fissuras labiopalatinas sob a visão do cuidador. Braz. J. of Develop. Curitiba, 6(7) ,47807- 47821.
Volpato, B. C., & Crepaldi, M. A. (2017). Percepções das mães sobre a preparação pré-cirúrgica de seus filhos segundo dois modelos. Psicologia Argumento, 29(66).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Maria Júlia Navarro Kassim; Fabiana Gonçalves de Oliveira Azevedo Matos; Rejane Rejane Teixeira Coelho; Luciana Paula Grégio D Arce Rodrigues; Mariângela Monteiro de Melo Baltazar; Marcielle Cândido; Aline Vaneli Pelizzoni; Andressa Fernanda Luiz; Célia Patrícia Müller Rodrigues; Jeani Aparecida Petrik; Maria Yoná Silva Cabral; Deisy Mery Randon Villaca; Celina Cabral; Maria Grazielle Paiva Barreto Santana Lopes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.