Alterações metabólicas decorrentes do uso de contraceptivos hormonais: uma revisão integrativa de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21628Palavras-chave:
Anticoncepcionais; anticoncepcionais; Estrogênio; estrogênio; progesterona; Progesterona; Tromboembolismo; tromboembolismo; alterações metabólicas; Alterações metabólicas.Resumo
Introdução: o efeito adverso mais comum das pílulas anticoncepcionais orais combinadas é o sangramento. As mulheres também se queixam de náuseas, dores de cabeça, cólicas abdominais, sensibilidade mamária e aumento do corrimento vaginal ou diminuição da libido. No entanto, diferentes combinações de pílulas mostram diferentes tendências de obstrução da coagulação dos vasos (risco de trombose venosa), alterações nas vias metabólicas de lipídeos, na cascata de coagulação, na sensibilidade à insulina e nas propriedades vasoativas. Objetivo: explanar acerca das possíveis alterações metabólicas decorrentes do uso de contraceptivos hormonais. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, através do acesso online nas bases de dados PubMed, Scielo, CDSR, Google Scholar, BVS e EBSCO, no mês de outubro de 2021. Resultados e discussão: as usuárias de contraceptivos hormonais que contêm estrogênio estão sob maior risco de trombose venosa e tromboembolismo, haja vista que, em condições normais, o sistema da coagulação mantém em equilíbrio dinâmico os sistemas pró-coagulante e anticoagulante, e os estrogênios, principalmente o componente etinilestradiol, afetam esses dois sistemas de acordo com a dose. Além disso, as alterações na composição dos lipídeos plasmáticos produzidas pelos estrogênios caracterizam-se por um aumento das lipoproteínas de alta densidade (HDL), ligeira redução das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e diminuição dos níveis plasmáticos totais de colesterol. Ademais, os estrogênios aumentam a coagulabilidade do sangue. Conclusão: a maioria dos anticoncepcionais orais combinados apresentam um risco aumentado de trombose venosa e outras alterações metabólicas, sendo que o tamanho do efeito depende do progestágeno usado e da dose de etinilestradiol.
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