Análise de custo e fatores relacionados à devolução de medicamentos à farmácia hospitalar de um hospital privado no Município de Belém
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21645Palavras-chave:
Medicamentos; Análise de custo; Devolução.Resumo
Objetivo: analisar os motivos e custos relacionados a devolução de medicamentos, após distribuição, para a farmácia do hospital. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo quantitativo no qual foram avaliados os custos das devoluções procedentes dos pacientes internados nas unidades clínicas e cirúrgicas, através do sistema informatizado de gestão hospitalar SOUL MV®. Resultados: estão expressos os motivos e custo compreendidos no regresso desses produtos nos anos 2018, 2019 e 2020, respectivamente. Um total de R$ 2.870.733,19 foi declarado. Observa-se que em 2018 quando utilizava-se o SDM coletivo, o custo de devolução foi de R$ 1.161.956,41, equivalendo a 40,4% do custo total. Em 2019 e 2020, já com o sistema dose única individualizado, os gastos foram reduzidos para 31,9% e 27,6%, respectivamente. O aprazamento dos medicamentos foi o mais predominante (57,1%), seguida do material em desacordo (9,2%), suspenção da prescrição (8,2%), material não utilizado (7,2%), duplicidade (6,1%), recusa do paciente e/ou procedimento (2,4%), solicitação incorreta (2,1%), óbito (1,2%), transferência do paciente (0,5%) e procedimento suspenso (0,2%). Conclusão: Os resultados do estudo demostram que a utilização do SDM dose unitária individualizado reduziu significativamente os custos de devolução e os erros relacionados aos medicamentos. Essa prática pode trazer economia aos serviços de saúde quando os medicamentos devolvidos estão em condições apropriadas ao reuso por outro paciente. Porém, a reutilização exige discussão e planejamento, pois a segurança e o sucesso dos tratamentos dependem de cuidados durante o armazenamento.
Referências
Andreoli G. L. M., & Dias C. N. (2015). Planejamento e gestão logística de medicamentos em uma central de Abastecimento Farmacêutico hospitalar. Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde, 12 (4): 20-28.
Barros, M. E., & Araújo, I. G. (2021). Avaliação das intervenções farmacêuticas em unidades de terapia intensiva de um hospital de ensino. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, 12 (3): 0561.
Conselho Federal de Farmácia (CFF). Farmácia Hospitalar: coletânea de práticas e conceitos. CFF, 2017.
Ferranti E. (2017). Gestão de estoque de medicamentos utilizando classificação ABC em um hospital público. Perspectiva Econômica, 13 (3): 215-229.
Freitas, G. R., Santos, J. U., França, J. S., Pinto, R. S., & Seixas, B. V. (2021). Economic impact of pharmacysts’ interventions in asthma management: a systemmatic review. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, 21 (3):0587.
Gil R. B., Chaves L. D. P., & Laus A. M. (2015) Gerenciamento de recursos materiais com enfoque na queixa técnica. Revista Eletrônica de Enfermagem, 17 (1): 100-7.
Gonçalves A. A., Yoshida D., Pitassi C., & Freitas J. A. S. B. (2016). Fatores críticos de sucesso na gestão da cadeia de suprimentos em saúde pública: uma visão dos gestores dos institutos federais da cidade do Rio de Janeiro, Rj, Brasil. Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde, 13 (2): 40-52.
Hohl, C. M., Partovi N., & Ghement I (2017). Impact of early in-hospital medication review by clinical pharmacists on health services utilization. PlosOne, 12(2): e0170495.
Leite A. L. A. (2019). Gerenciamento da Terapia Medicamentosa: uma análise de indicadores do serviço farmacêutico. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal de Minas Gerais, MG, Brasil.
Maioli N. A., & Santos H. C. B. (2018). Intervenções Farmacêuticas e sua importância na Segurança do Paciente Hospitalizado. Colloq Vitae, 10 (2): 35-40.
Menezes K. B., Silva A. S., Cunha-Matos C. E., Nutels T., Oliveira A. D., Neves S. J., & Leopardi-Gonçalves M. G. (2021). Associação entre discrepâncias medicamentosas e o tempo de internação na clínica cirúrgica em um hospital universitário. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, 12 (2): 0547.
Noormandi A., Karimzadeh I., Mirjalili M., & Khalili H. (2021). Clinical and economic impacts of clinical pharmacists’ interventions in Iran: a systematic review. Daru, 27 (1): 361-378.
Oliveira A.M., Rodrigues V.A.V., & Passerini J. P. (2018). Queixas técnicas e reações adversas a medicamentos notificadas em um hospital regional no Brasil: um estudo transversal. ABCS Health Sciences, 43 (1): 25-29.
Pereira R. M., Felix B. S., Monteiro N. J., & Fernandes R. M. (2019). Análise da gestão de estoque em uma farmácia hospitalar em Marabá-PA: um estudo de caso. Sistemas & Gestão, 14 (4): 413-423.
Santos N. S., Marengo L. L., Moraes F. S., & Barberato. (2019). Intervenções para reduzir a prescrição de medicamentos inapropriados para idosos. Revista de Saúde Pública, 53:7.
Silva P. L., Castilho S. R., & Ferraz C. V. V. G. (2017). Análise dos Resultados da Aplicação de Práticas Gerenciais na Logística de Estoque de uma Farmácia Hospitalar. Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde, 14 (2): 14-31.
Silva R. T. D., Santos F. J. S., Bezerril M. S., Salvador P. (2020). Estratégias de gestão da qualidade e gestão de material de uma farmácia hospitalar: revisão interativa da literatura. Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde, 17 (1): 1983-1991.
Valentin A. A. S., Rezende C.P., Nascimento Y. A., Gualberto F. C. M., Mendonça S. A. M., Nascimento M. M. G., & Oliveira D. R. (2021) Aspectos envolvidos na sustentabilidade do serviço de gerenciamento da terapia medicamentosa. Research Society and Development, 10 (8): e13310817135.
Varallo F. R., Forgerini M., & Hedeiro M. T. (2019). Harmonization of Pharmacovigilance Regulation in Brazil: Opportunities to improve Risk Communication. Clinical Therapyeutics, 41 (3): 598-602.
Viana S., Arantes T., & Ribeiro S. (2017). Intervenção do farmacêutico clínico em uma Unidade de Cuidados Intermediários com foco no paciente idoso. Einstein, 15 (3): 283-288.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Maria Pantoja Moreira de Sena; Camila Martins Oliveira ; Clarisse Andrade Sales; Marcos Felipe Rodrigues de Souza; Renato Bruno Cavalcante de Melo; Crystyanne de Sousa Freitas; Amanda Gabryelle Nunes Cardoso Mello; Luann Wendel Pereira de Sena
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
