Fatores de controle e progressão da sepse na Unidade de Terapia Intensiva: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21750Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva; Diagnóstico Precoce; Sepse.Resumo
Sepse é a presença de degeneração em alguns órgãos ou sistemas com risco de disfunção orgânica que pode ter origem fúngica, viral, bacteriana ou protozoária. Dessa forma, a sepse pode evoluir rapidamente quando diagnosticado de forma tardia e na ausência de uma terapêutica adequada, sendo responsável por 80% das mortes nas Unidades de Terapias Intensivas (UTI). Ademais, a equipe multiprofissional deve ter como meta a eliminação da infeção, administração terapêutica e controle das funções orgânicas. Trata-se de uma revisão sistêmica da literatura cujo objetivo é descrever os achados acerca dos fatores de controle e da progressão da sepse na Unidade de Terapia Intensiva. Não obstante, foram constatados que pacientes com sepse podem possuir disfunções psicomotoras, pulmonares e renais. Com isso, faz-se necessária uma equipe multiprofissional para a realização do diagnóstico precoce da doença. Por outro lado, o hemograma se mostrou a principal ferramenta para a identificação de sepse. Evidenciou-se que os surgimentos das complicações estão associados com o tempo de internação, uso prolongado de medicamentos e dispositivos invasivos. Não obstante, no perfil epidemiológico dos pacientes, observa-se a prevalência de indivíduos do sexo masculino, com comorbidades pré-existentes, com faixa etária de 18 a 25 anos e principalmente neonatos que nasceram abaixo do peso, apresentam baixa quantidade de vitamina D3 ou apresentar um pré-natal de alto risco. Paralelamente, a realização de um pré-natal seguro e de qualidade se mostrou promissora na prevenção da sepse. Nesse ínterim, é importante que o profissional de saúde tenha compromisso nas técnicas e assistência realizada.
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