Epidemiologia da leishmaniose visceral humana em Petrolina, Pernambuco, no período de 2009 a 2020: uma análise descritiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21848

Palavras-chave:

Leishmaniose; Petrolina; Epidemiologia; Epidemiologia.

Resumo

Introdução: A Leishmaniose visceral (LV) é classificada como uma doença tropical negligenciada, causada por espécies do gênero Leishmania que tem como vetor inseto flebótomo do gênero Lutzomyia. A região nordeste do Brasil ainda apresenta o maior número de casos, bem como o município de Petrolina, localizado no interior do estado de Pernambuco, que registra anualmente novos casos. Assim, o objetivo do trabalho foi descrever as características epidemiológicas dos casos de leishmaniose visceral em Petrolina no período de 2009 a 2020. Métodos: O levantamento foi realizado a partir de informações disponíveis na base de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações e na Secretaria de Saúde do município de Petrolina. Foram calculados indicadores epidemiológicos e, para isso, foram utilizados dados referentes ao sexo, faixa-etária, raça, zona de residência, evolução do caso, critério de confirmação e coinfecção com HIV. Resultados: No período estudado foram confirmados 354 casos com coeficiente de incidência superior à média nacional, além disso, a doença foi observada predominantemente no sexo masculino, na raça parda, em indivíduos que residem na zona urbana da cidade e durante a infância. Conclusões: Os dados disponibilizados nos bancos de dados ainda possuem falhas, a falta de informações completas nas fichas de notificações leva a falha na investigação da doença e, consequentemente, uma incidência subestimada.

Referências

Araújo, T. T., & Nunes, D. C. de O. (2017). A fourteen-year retrospective of clinic-epidemiological aspects of cutaneous and visceral leishmaniasis in Uberlândia, Minas Gerais, Brazil. Bioscience Journal, 33(4), 1054–1064. https://doi.org/10.14393/bj-v33n4a2017-36986.

Benchimol, J. L., Gualandi, F. da C., Barreto, D. C. dos S., & Pinheiro, L. de A. (2019). Leishmanioses: sua configuração histórica no Brasil com ênfase na doença visceral nos anos 1930 a 1960. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 14(2), 611–626. https://doi.org/10.1590/1981.81222019000200017.

Brasil. (2021). Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan. http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203&id=29878153.

Brazuna, J. C. M., Silva, E. A. e, Brazuna, J. M., Domingos, I. H., Chaves, N., Honer, M. R., Onselen, V. J. V., & Oliveira, A. L. de (2012). Profile and geographic distribution of reported cases of visceral leishmaniasis in Campo Grande, State of Mato Grosso do Sul, Brazil, from 2002 to 2009. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 45(5), 601–606. https://doi.org/10.1590/S0037-86822012000500012.

Cavalcanti, A. T. de A. e, Zulma, M., Fábio, L., Andrade, L. D. de, Ferreira, V. de M., Vera, M., & Miranda-Filho, D. de B. (2012). Diagnosticando co-infecção leishmaniose visceral e HIV/AIDS: Uma série de casos em Pernambuco, Brasil. Revista Do Instituto de Medicina Tropical de Sao Paulo, 54(1), 43–47. https://doi.org/10.1590/S0036-46652012000100008.

Costa, C. H. N. (2011). Quanto é efetivo o abate de cães para o controle do calazar zoonótico? Uma avaliação crítica da ciência, política e ética por trás desta política de saúde pública. Revista Da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 44(2), 232–242. https://doi.org/10.1590/S0037-86822011005000014.

Dantas-Torres, F. (2006). Situação atual da epidemiologia da leishmaniose visceral em Pernambuco. Revista de Saúde Pública, 40(3), 537–541. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000300024.

Hirata, K. Y., Sobrinho, E. B. de O., Rigon, L., Utsunomiya, Y. T., Tomokane, T. Y., Laurenti, M. D., & Marcondes, M. (2019). Exposure to Leishmania spp. infection and Lutzomyia spp. in individuals living in an area endemic for visceral leishmaniasis in Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 53, 1–4. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0320-2019.

IBGE. (2010). Censo 2010 Petrolina. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/petrolina/pesquisa/23/22957.

Maia, C. S., Pimentel, D. S., Santana, M. A., Oliveira, G. M., Faustino, M. A. G., & Alves, L. C. (2013). The perception of the risk factors associated with American Visceral Leishmaniasis in Petrolina, Pernambuco, Brazil. Medicina Veterinária, 7(4), 19–25. http://ead.cod ai.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/583.

Marcondes, M., & Rossi, C. N. (2013). Leishmaniose visceral no Brasil. Revista Brasileira de Pesquisa Veterinária e Zootecnia, 50(5), 341-352. https://doi.org/10.11606/issn.2318-3659.v50i5p341-352.

Meira, C. dos S., & Gedamu, L. (2019). Protetor ou prejudicial? Compreendendo o papel da imunidade do hospedeiro na leishmaniose. Microorganismos, 7 (12), 695. 10.3390 / microorganismos7120695.

Ministério da Saúde. (2014). Leishmaniose Visceral (1a). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde.: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral_1edicao.pdf.

Ministério da Saúde. (2019). Saúde Brasil 2018: uma análise da situação de saúde e das doenças e agravos crônicos: desafios e perspectivas (1a). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2018_analise_situacao_saude_doencas_agravos_cronicos_desafios_perspectivas.pdf

Wilhelm, T. J. (2019). [Leishmaniose visceral]. Der Chirurg, 90, 833-837. https://doi.org/10.1007/s00104-019-0994-1.

Downloads

Publicado

31/10/2021

Como Citar

SILVA, M. M. de S. .; SILVA, J. M. dos S. .; ALVES, D. de S. .; SKRAPEC, M. V. C. .; QUEIROZ, D. B. de .; SILVA, D. F. dos S. .; CARDOSO , M. V. de O. . Epidemiologia da leishmaniose visceral humana em Petrolina, Pernambuco, no período de 2009 a 2020: uma análise descritiva. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 14, p. e202101421848, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i14.21848. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21848. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde