Evolução da estratégia Saúde da Família e sua influência nos indicadores da Atenção Básica em Saúde no Estado de Mato Grosso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21866Palavras-chave:
Estratégia Saúde da Família; Indicadores Básicos de Saúde; Avaliação em Saúde; Gestão em Saúde.; Estratégia saúde da família; Indicadores básicos de saúde; Avaliação em saúde; Gestão em saúde.Resumo
Este estudo teve como objetivo correlacionar os indicadores de Atenção Básica em Saúde nos seus componentes de estrutura com os de processo e também com os resultados nos municípios de Mato Grosso, de 2008 a 2015. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, quantitativa, retrospectiva com uso de dados secundários oriundos dos sistemas de informações. Foi construída uma matriz composta por componentes da estrutura (cobertura populacional potencial), do processo (consulta médica, visita domiciliar de médico e enfermeiro, encaminhamento à especialista e solicitação de exames de patologia clínica) e do resultado (taxa de internação por causas sensíveis a atenção básica, pela proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal e pelo coeficiente de mortalidade infantil) e foi feita a análise descritiva e coeficiente de Correlação de Spearman (rho). O estudo apontou que a cobertura populacional manteve alta, acima de 83% e os indicadores de processo sugerem uma melhora da estratégia saúde da família, com redução de 63,13% na média de encaminhamento à especialista e de 49,71% na solicitação de exames de patologia clínica. Porém, houve uma redução de 7,13% na média de visita domiciliar no período estudado. Existe correlação entre o componente de estrutura e processo e entre estrutura e resultado. Verificou-se que, com a evolução da Estratégia Saúde da Família, ocorreram alterações em alguns indicadores da atenção básica, entretanto, não é possível afirmar que houve mudança no modelo assistencial.
Referências
Arantes, L. J., Shimizu, H. E., & Merchán-Hamann, E. (2016). Contribuições e desafios da ESF na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva,21(5),1499-1510.
Binda, J., Bianco, M., & Sousa, E. (2013). O trabalho dos agentes comunitários de saúde em evidência: uma análise com foco na atividade. Saúde e Sociedade, 22(2),389-402.
Brasil. (2002) Ministério da Saúde. Indicadores básicos de saúde no Brasil: Conceitos e aplicações. Brasília: OPAS.
Brasil. (2008). Ministério da Saúde. Portaria GM n° 221 de 17 de abril de 2008. Define Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária. Diário Oficial da União: República Federativa do Brasil.
Brasil. (2010). Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Memórias da saúde da família no Brasil.
Brasil. (2012). Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde.
Donabedian, A. (1991). La calidad de la atención médica: definición y métodos de evaluación. México: Copilco.
Lansky, S., Friche, A. A. de L., Silva, A. A. M. da, Campos, D., Bittencourt, S. D. de A., Carvalho, M. L. de et al. (2014). Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido. Cad. Saúde Pública, 30(1),192-207.
Malta, D., Santos, M., Stopa, S., Vieira, J., Melo, E., & Reis A. (2016). A Cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciência & Saúde Coletiva;21(2):327-338.
Maranhão, A. G. K., Vasconcelos, A. M. N., Porto, D. L., França, E. et al. (2012). Mortalidade infantil no Brasil: tendências, componentes e causas de morte no período de 2000 a 2010. In: Departamento de Análise de Situação de Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, organizador. Saúde Brasil 2011: uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher. v. 1. Brasília: Ministério da Saúde.
Motta, L. C. S., & Siqueira-Batista, R. (2015) ESF: clínica e críticas. Rev Bras Edu Med., 39(2),196-207.
Moura, B. L. A., Cunha, R. C. da, Aquino, R., Medina, M. G., Mota, E. L. A., Macinko, J. et al. (2010). Principais causas de internação por condições sensíveis à atenção primária no Brasil: uma análise por faixa etária e região. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., 10(1), 83-91.
Murray, C. J., Laakso, T., Shibuya, K., Hill, K., & Lopez, A. D. (2007). Can we achieve Millennium Development Goal 4? New analysis of country trends and forecasts of under-5 mortality to 2015. Lancet. 370:1040-54.
Oyerinde, K. (2013). Can antenatal care result in significant maternal mortality reduction in developing countries? J Community Med Health Educ, 3:116.
Pellizzon, R. D. F. (2004). Pesquisa na área da saúde: 1. Base de dados DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). Acta Cirúrgica Brasileira, 19, 153-163.
Ramos, V. (2008). A Consulta em 7 Passos. Book.
Sala, A., & Mendes, J. D. V. (2011). Perfil de indicadores da atenção primária à saúde no estado de São Paulo: retrospectiva de 10 anos. Saúde soc.,20(4),912-926.
Santos, P. F. B. B. (2013). Avaliação do Programa Saúde da Família no Rio Grande do Norte. Tese.
Senna, M. H., & Andrade, S. R. de. (2015). Indicators and Information in Local Health Planning: the perspective of the Family Health Strategy Nurses. Texto contexto - enferm., 24(4),950-958.
Silva, L. A. (2011). Avaliação do grau de implantação da ESF em municípios de pequeno porte. Dissertação
Soratto, J., Pires, D. E. de, Dornelles, S., Lorenzetti, J. et al (2015). Family health strategy: a technological innovation in health. Texto & Contexto – Enfermagem, 24(2),584-592.
Starfield, B. (2002). Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO.
Tomasi, E., Fernandes, P. A. A., Fischer, T., Siqueira, F. C. V., Silveira, D. S. da, Thumé, E. et al. (2017). Qualidade da atenção pré-natal na rede básica de saúde do Brasil: indicadores e desigualdades sociais. Cad. Saúde Pública, 33(3),e00195815
Vieira, S. (2010). Introdução à Bioestatística. Book.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Juliane Ferreira Andrade da Fonseca; Márcia Mello Costa de Liberal; Patrícia Siqueira Varela; Paola Zucchi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.