Tratamento de falhas no setor de britagem primária de uma empresa de mineração: uma contribuição à gestão de manutenção
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21869Palavras-chave:
Análise de falha; Britador giratório primário; Placa dos côncavos; Resinas epóxi éster vinílicas.Resumo
O objetivo principal deste trabalho foi realizar análise e tratamento de falhas no setor de britagem primária, e verificar suas contribuições para a gestão de manutenção do setor de Planejamento e Britagem de uma empresa de mineração. A análise indicou que o maior número de incidentes corretivos ocorria em um britador giratório primário, que consistia de obstrução na alimentação por blocos de rocha (matacos). Esta obstrução era causada por deformação das placas dos côncavos e folga excessiva em regiões da câmara de britagem. As placas do lado oposto ao deslocamento dos matacos estavam com 1201,3 ±2,0 mm de comprimento, enquanto as placas da região de deslocamento estavam com 1221,0 ±8,0 mm. Com base nessa diferença, foram realizados acompanhamento e inspeções durante o período de quatro meses, por meio de observação e análise de indicadores de falha. As análises indicaram que durante o processo de alimentação do britador, o material com maior granulometria atingia apenas um dos lados da câmara de britagem, a região A, causando maior esforço de compressão nesta região, devido aos impactos dos matacos. Para mitigar esse problema, foi recomendado uma nova resina, com maior resistência à compressão, a qual foi desenvolvida e aplicada nas placas intermediárias dos côncavos. Após a aplicação da nova resina e realização de novas análises dos indicadores de falha, notou-se que os eventos de deformação das placas dos côncavos e folga no britador, foram reduzidos em aproximadamente 66,7%. Esse resultado contribuiu para maior disponibilidade do equipamento e aumento da produtividade no setor de britagem primária da empresa.
Referências
ABNT. (2019). NBR 7215: 2019. Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão de corpos de prova cilíndricos. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
ABNT. (2019). NBR 5462: 1994. Confiabilidade e mantenabilidade. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Ashland. (2016). Derakane epoxy vinyl ester resins chemical resistance guide: resin selection guide for corrosion resistant FRP applications.
ASM International. (2001). AMERICAN SOCIETY FOR METALS. Vol. 6. Composites.
DOW. (2002). Resinas epóxi éster vinílicas DERAKANE - manual de engenharia e resistência química (p. 48). The Dow Chemical Company.
Dua, S., McCullough, R. L., & Palmese, G. R. (1999). Copolymerization kinetics of styrene / vinyl-ester systems: low temperature reactions. Polymer Composites, 20(3), 379–391.
Kardec, A., Nascif, J., & Baroni, T. (2002). Gestão da Manutenção e Técnicas Preditivas. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark.
Kardec, A., & Nascif, J. (2013). Manutenção: Função Estratégica, 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, coleção.
Karl Fink, J. (2018). Reactive Polymers: fundamentals and applications. In Reactive Polymers Fundamentals and Applications (Third edit). Elsevier Inc. https://doi.org/10.1016/c2017-0-01641-5
Lafraia, J. R. B. (2001). Manual de confiabilidade, mantenabilidade e disponibilidade. Rio de Janeiro: Qualitymark.
Luz, A. B. da, Sampaio, J. A. & França, S. C. A. (2010). Tratamento de minérios. 5ª ed. Rio de Janeiro: CETEM-Centro de Tecnologia Mineral / MCT. 965 p.
Macedo, M. A. S. (2011). Contribuição metodológica para a determinação da criticidade de equipamentos na gestão da manutenção. 105f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa.
Metso. (2005). Manual de britagem. 6ª ed. Sorocaba-SP: Metso Minerals.
Monchy, F. (1997). La fonction maintenance. Paris: Masson.
Moubray, J. (1997). Reliability-centered maintenance. 2ª ed. New York: Industrial Press Inc.
Pallerosi, C. (2007). Confiabilidade, a quarta dimensão da qualidade. Vol. 1. Mantenabilidade e disponibilidade. ReliaSoft Brasil.
Pieretti, R. F., Silva, M. M. da, Lesme, D. A. S., & Almeida, M. V. de. (2020). Análise de indicadores de desempenho individual aplicado a manutenção industrial. Research, Society and Development, v. 9, n. 6, p. e129963660. DOI: 10.33448/rsd-v9i6.3660.
Pinto, C, V. (2002). Organização e gestão da manutenção. Monitor, 255p.
Rodrigues, L. C., Depiné, G. C. L., Almeida, M. I. R., & Riscarolli, V. (2003). Estrategia de implementação do plano estratégico. Asamblea Del Consejo Latino Americano de Escuelas de Administracion.
Souza, J. B. (2008). Alinhamento das estratégias do planejamento e controle da manutenção (PCM) com as finalidades e função do planejamento e controle da produção (PCP): uma abordagem analítica. 169f. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa.
Stoner, J. A. F., & Freeman, R. E. (1994). Administração. Rio de Janeiro: LTC Editora.
Xenos, H. G. D. (2014). Gerenciando a manutenção preventiva: o caminho para eliminar falhas nos equipamentos e aumentar a produtividade. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora Falconi.
Yadav, S. K., Schmalbach, K. M., Kinaci, E., Stanzione, J. F., & Palmese, G. R. (2018). Recent advances in plant-based vinyl ester resins and reactive diluents. European Polymer Journal, 98(June 2017), 199–215. https://doi.org/10.1016/j.eurpolymj.2017.11.002
Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. (2ª). Bookman.
Ziaee, S., & Palmese, G. R. (1999). Effects of temperature on cure kinetics and mechanical properties of vinyl-ester resins. Journal of Polymer Science, Part B: Polymer Physics, 37(2–7), 725–744. https://doi.org/10.1002/(sici)1099-0488(19990401)37:7<725::aid-polb23>3.0.co;2-e.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Áthila Umbelino Nascimento; Sinval Pedroso da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
