Condições higiênicossanitárias de ovos comercializados em diferentes cidades do Brasil: uma revisão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21907

Palavras-chave:

Qualidade; Segurança alimentar; Condições higiênicossanitarias.

Resumo

No contexto da crise alimentícia que o Brasil vem sofrendo no ano de 2021, agravada cada vez mais pelo prolongamento da atual situação pandêmica, cada vez mais famílias substituíram gêneros alimentícios na sua dieta. As carnes, que já vinham sofrendo alta de preços ao longo dos últimos anos, são substituídas por outros tipos de fontes proteicas, principalmente os ovos. Os ovos são alimentos largamente comercializados no Brasil e bastante consumidos pela população em geral. São um alimento altamente nutritivo e que pode ser consumido com grande versatilidade. Contudo, ovos quando não manipulados e acondicionados de forma adequada, podem trazer riscos à saúde do consumidor. Microrganismos como Salmonella sp., Staphylococcus aureus e coliformes são grandes responsáveis por surtos de infecções e intoxicações gastrointestinais. Este estudo traz um levantamento dos principais artigos publicados nos últimos 6 anos, sobre as condições higiênicossanitarias de ovos comercializados em diferentes regiões do Brasil. Os artigos foram obtidos em pesquisas através de sites como SciELO e Google Acadêmico. Como resultado da pesquisa selecionou-se 14 artigos, entre os anos de 2015 a 2020, que estudaram o tema em diferentes cidades do Brasil. É possível notar que a qualidade dos ovos comercializados é bem diversificada e os estudos variam bastante entre as diferentes cidades do Brasil. Muitos artigos não abordam estudos microbiológicos, o que seria de extrema importância para determinar a qualidade dos ovos analisados.

Biografia do Autor

Deise Fraga do Carmo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro

Mestranda em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal da Bahia (2022). Pós-graduanda em Controle de Qualidade em Processos Alimentícios pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (2021). Professora do curso Técnico em Alimentos da rede estadual de educação profissionalizante. Desenvolveu projetos de pesquisa junto aos alunos do curso Técnico em Alimentos (2016-2017). Atua como orientadora de estágio do curso Técnicos em Alimentos. Possui experiência como articuladora dos cursos técnicos do eixo de produção alimentícia, contribuindo para o desenvolvimento e adequação de ementas e materiais didáticos, dentre outras atividades pertinentes (2017). Graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Mestranda em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal da Bahia (2022). Pós-graduanda em Controle de Qualidade em Processos Alimentícios pelo Instituto Federal Triângulo Mineiro (2021). Professora do curso Técnico em Alimentos da rede estadual de educação profissionalizante. Desenvolveu projetos de pesquisa junto aos alunos do curso Técnico em Alimentos (2016-2017). Atua como orientadora de estágio do curso Técnicos em Alimentos. Possui experiência como articuladora dos cursos técnicos do eixo de produção alimentícia, contribuindo para o desenvolvimento e adequação de ementas e materiais didáticos, dentre outras atividades pertinentes (2017). Graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS (2014). Possui experiência de estágio na Divisão de Vigilância Sanitária do município de Feira de Santana onde participou de atividades de inspeção e regulação de estabelecimentos às normas higiênico-sanitárias vigentes (2014). Tem experiência de intercâmbio de 1 semestre na Universidade de Lisboa (2014). Desenvolveu atividades de pesquisa e extensão junto a comunidades produtoras do ramo alimentício no semi-árido baiano com foco em segurança alimentar, através do Programa de Educação Tutorial (PET) vinculado ao Ministério da Educação (2011 a 2014). Acumula publicações em eventos internacionais e nacionais através das atividades desenvolvidas, além de ter contribuído na organização de eventos.Feira de Santana-UEFS (2014). Possui experiência de estágio na Divisão de Vigilância Sanitária do município de Feira de Santana onde participou de atividades de inspeção e regulação de estabelecimentos às normas higiênico-sanitárias vigentes (2014). Tem experiência de intercâmbio de 1 semestre na Universidade de Lisboa (2014). Desenvolveu atividades de pesquisa e extensão junto a comunidades produtoras do ramo alimentício no semi-árido baiano com foco em segurança alimentar, através do Programa de Educação Tutorial (PET) vinculado ao Ministério da Educação (2011 a 2014). Acumula publicações em eventos internacionais e nacionais através das atividades desenvolvidas, além de ter contribuído na organização de eventos.

Adriana Garcia de Freitas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia-UFU (1995), pós-graduação em Gestão do Agronegócio pela Faculdade de Gestão e Negócios da UFU (2000), mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal de Uberlândia-UFU (2007) e doutorado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal de Uberlândia-UFU (2017). É professora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM). Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Saúde Animal (Programas Sanitários) e Produção Animal, atuou nas seguintes sub-áreas;zootecnia: matrizes e aves: pesadas, semi-pesadas e leves, melhoramento genético,frango de corte. Atua na área de docência, nas seguintes áreas: Zootecnia: Produção de Animais não ruminantes e Nutrição Animal e coordenação de cursos.Integra o grupo de professores multiplicadores do Projeto Biogás: ME-LE Energietecnik GmbH (Alemanha) - SETEC/MEC - IFTM/IFM.

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Publicado

01/11/2021

Como Citar

CARMO, D. F. do .; FREITAS, A. G. de . Condições higiênicossanitárias de ovos comercializados em diferentes cidades do Brasil: uma revisão . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 14, p. e280101421907, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i14.21907. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21907. Acesso em: 4 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão