Qualidade microbiológica de alimentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22344

Palavras-chave:

coliformes fecais; doenças; mesófilos; microrganismos indicadores; saúde pública.; Coliformes fecais; Doenças; Mesófilos; Microrganismos indicadores; Saúde pública.

Resumo

Atualmente, a análise microbiológica é de extrema relevância no ramo alimentício, pois, com ela, é possível conhecer as condições em que o alimento foi processado, os riscos que ele pode oferecer ao consumidor final, se o produto terá a vida útil pretendida, além de verificar se os padrões de especificações microbiológicos para alimentos estão sendo seguidos adequadamente. O presente trabalho teve como objetivo verificar a qualidade sanitária de variados alimentos a partir da presença de microrganismos indicadores, como mesófilos, coliformes totais e coliformes termotolerantes. Dentre os alimentos analisados, muitos se mostraram altamente contaminados, apontando péssimas condições sanitárias, tornando-os impróprios para o consumo. As amostras de salsicha indicaram um padrão microbiológico aceitável, não atingindo altas populações de mesófilos e coliformes que poderiam desfavorecer o produto. Isso já não acontece com os queijos analisados, já que foram as amostras mais contaminadas do presente trabalho, alcançando números superiores a 107 NMP/g. Com este trabalho, foi possível observar que consumidores estão sujeitos a adquirir produtos considerados impróprios para o consumo e, infelizmente, no Brasil, nem sempre há regulamentação que limite uma quantidade máxima microrganismos indicadores, não impedindo assim a comercialização de alimentos altamente contaminados, podendo gerar danos à saúde de quem venha a consumi-los. Para que tal ato seja no mínimo evitado, as autoridades sanitárias devem atuar fazendo uma melhor fiscalização dos produtos e orientando os manipuladores sobre boas práticas sanitárias.

Referências

Brasil (2003). Instrução Normativa nº 62 de 26 de agosto de 2003, Métodos analíticos oficiais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água. Diário Oficial [da União], Brasília, seção1, p.14. http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/servlet/VisualizarAnexo?id=6078

Brasil (2001). Resolução RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001. Aprova o “Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos”. Órgão emissor: ANVISA-Agência Nacional de Vigilância Sanitária. www.anvisa.gov.br =>.

Cardoso, A. L. S. P., Tessari, E. N. C., Castro A. G. M. & Kanashiro, A. M. I. (2000). Pesquisa de Salmonella SP., coliformes totais, coliformes fecais e mesófilos em carcaças e produtos derivados de frango. Arquivo do Instituto de Biologia, 67(1), 25-30.

Carvalho, A. C. F. B., Cortez, A. L. L., Salotti, B. M., Burger, K. P. & Vidal-Martins, A. M. C. (2005). Presença de microrganismos mesófilos, psicrotróficos e coliformes em diferentes amostras de produtos avícolas. Arquivo do Instituto de Biologia, 72(3), 303-307.

Cipriano, L. C., de Sousa, L. B., de Godoy Siqueira, H. P., Lima, E. F., Messias, C. T., de Marchi, P. G. F., de Medeiros, E. S., Hoppe, I. B. A. L. & de Siqueira, AB (2021). Vida útil de carne bovina moída comercializada no Município de Boa Vista – Roraima. Research, Society and Development, 10(2), e19010212282-e19010212282.

Doyle, M. P., Beuchat, L. R. & Montville, T. J. (1997). Food Microbiology: Fundamentals and Frontiers, Editora.

Ferreira, H., Lima, H & Coelho, T. (2014). Microrganismos indicadores em alimentos de origem animal. Programa de Pós-graduação em Ciência Animal – PPGCA da Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA. http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/126/Resu mo%20MO%20indicadores.%20Heider,%20Hiagos,%20Thiago.pdf

Ferreira, M. S. F. (2006). Contaminação de alimentos ocasionada por manipuladores. Programa de Pós-graduação Lato Sensu, Curso de Especialização em Qualidade em Alimento, Universidade de Brasília.

Ferreira, R. M., Spini, J. D. C. M., Carrazza, L. G., Sant’ana, D. S., de Oliveira, M. T., Alves, L. R. & Carrazza, T. G. (2011). Quantificação de coliformes totais e termotolerantes em queijo Minas Frescal artesanal. PUBVET, 5 (5), Ed. 152, Art. 1022.

Franco, B. D. G. M & Landgraf, M. (1996). Microbiologia de alimentos. Atheneu.

Franco, B. D. G. M. (2003). Microbiologia dos Alimentos. Atheneu.

Franco, R. M. & Almeida, L. E. F. (1992). Avaliação microbiológica de queijo ralado, tipo parmesão, comercializado em Niterói, RJ. Revista Higiene Alimentar, 6(21), 33-36.

Freitas, L. H. (1995). Sistema especialista para diagnóstico de toxinfecções alimentares de origem bacteriana. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

Hangui, S. A. R., Pereira, A. F., Dourado, A. T. D. S., Martins, J. D., Vargem, D. D. S. & da Silva, J. R. (2015). Análise microbiológica da carne moída comercializada na cidade de Anápolis, Goiás, Brasil. Revista Eletrônica de Farmácia, Anápolis REF‒ISSN1808-0804, 12(2), 30–38.

Hattori, N. A & Klaus, I. C. (2013). Avaliação microbiológica e higiênico-sanitária em uma panificadora no município de Missal-PR. Paraná. Trabalho de conclusão de curso da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, curso de Tecnologia em Alimentos, campus Medianeira.

Hayes, P. R. (1995). Food microbiology and hygiene. (2a ed.), Chapman and Hall.

Hoffmann, F. L., Garcia-Cruz, C. H. & Vinturim, T. M. (1995). Estudo higiênico sanitário de frangos comercializados na cidade de São José do Rio Preto-SP. Higiene Alimentar, 9(35), 31-33.

Hoffmann, F. L., Garcia-Cruz, C. H & Vinturium, T. M. (1998). Qualidade microbiológica de amostras de carnes e de presunto. Higiene Alimentar, 12(58), 52-57.

ICMSF (International Commission On Microbiological Specifications For Foods) (1994). Microrganismos de los alimentos. 1. Técnicas de análisis microbiológico. Acribia.

Jay, J. M. (1998). Modern food microbiology. (5a ed.), Aspen Publishers.

Nascimento, D., Sabioni, J. G., Pimenta, N. & Xandó, S. R (1985). Avaliação microbiológica de queijos tipo Minas–frescal da cidade de Ouro Preto-MG. Boletim da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, 19(2), 120-129.

Oliveira, D. T., Moreira, A., Urnau, L., Noskoski, L. & Cereser, N. D. (2012). Psicrotróficos na indústria de laticínios. XV Amostra de Iniciação Científica. UNICRUZ, RS.

Pinheiro, M. B., Wada, T. C. & Pereira, C. A. M. (2010). Análise microbiológica de tábuas de manipulação de alimentos de uma instituição de ensino superior em São Carlos-SP. São Carlos, SP. Centro Universitário Central Paulista (UNICEP).

Ribeiro, F. B. (2008). Avaliação da contribuição para a área de Vigilância Sanitária de Alimentos de pesquisas realizadas em Programas de Pós-Graduação Strictu Sensu da Universidade de São Paulo. São Paulo. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Rossi, J. R. O. D., Iaria, S. T., Santos, I. F. & Berchieri, J. R. A (1990). Carne mecanicamente separada de origem bovina: I – Influência de dois sistemas de desossa manual sobre as características microbiológicas do produto recém obtido. Revista de Microbiologia, 21(4), 324-330.

Sabioni, J. G., Maia, A. R. P. & Leal, J. A. (1999). Avaliação microbiológica de linguiça frescal comercializada na cidade de Ouro Preto – MG. Higiene Alimentar, 13(61), 110-113.

Santana, R. F., Santos, D. M., Martinez, A. C. C. & Lima Á. S (2008). Qualidade microbiológica de queijo-coalho comercializado em Aracaju, SE. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, 60(6), 1517-1522.

São Paulo (Estado) (1992). Secretaria da Saúde. Código sanitário: Decreto no 12.342 de 27 de setembro de 1978: regulamento da promoção e recuperação da saúde no campo da competência da Secretaria de Estado da Saúde (revisto e atualizado até dezembro de 1990). (5a ed.), IMESP.

Silva, M. C. (2002). Avaliação da qualidade microbiológica de alimentos com a utilização de metodologias convencionais e do sistema SimPlate. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo.

Souza, R. R., Germano, P. M. L. & Germano, M. I. S. (2003). A manipulação inadequada dos alimentos: fator de contaminação. Revista Higiene Alimentar.

Vasconcelos, J. C. & Iaria, S. T. (1991). Condições microbiológicas (higiênico-sanitárias) das linguiças frescas comercializadas em feiras livres no município de São Paulo - SP. Indicações de contaminação. Boletim do Centro de Pesquisa e Processamento de Alimentos, 9(1), 64-75.

Vieira, C. R. N & Teixeira, C. G. (1997). Condições higiênico-sanitárias de carcaças resfriadas de frango comercializadas em Poços de Caldas – MG. Higiene Alimentar, 11(48), 36-40.

Downloads

Publicado

14/11/2021

Como Citar

REZENDE, C. L. e .; CASTANIA, V. de P. .; REZENDE-LAGO, N. C. M. de .; MARCHI, P. G. F. de; SILVA, L. A. .; AMORIM, G. C. de .; VITAL, J.; JUSTO, K. N.; SOUZA, M. L. de; BRANDÃO, L. da S. .; TORRES , O. da S.; MAIA, G. .; MESSIAS, C. T. Qualidade microbiológica de alimentos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 14, p. e572101422344, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i14.22344. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/22344. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas