Os riscos associados pelo uso não orientado de anabolizantes hormonais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22552Palavras-chave:
Esteroides Anabólicos Androgênicos; Riscos; Farmacêutico.Resumo
Introdução: A testosterona, o chamado hormônio masculino, é o andrógeno mais importante do corpo. Nos homens, a maior parte da testosterona é produzida nos testículos pelas células de Leydigin. Nas mulheres, os níveis de testosterona são muito mais baixos do que nos homens. No entanto, também tem um efeito importante no corpo feminino. A regulação hormonal da testosterona é mantida e controlada pelo eixo hipotálamo-hipófise-gônada. Objetivo: Evidenciar os riscos associados ao uso não orientado dos esteroides anabolizantes andrógenos para fins de hipertrofia muscular. Métodos: Refere-se a uma revisão sistemática, com o uso da técnica Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses (Prisma). A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados: Medline (via PubMed), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), publicados entre 2014 e 2021 com objetivos exploratórios e abordagem qualitativa. Utilizou-se como descritores: esteroides anabolizantes androgênicos e testosterona, esteroides anabolizantes androgênicos e uso indiscriminado, esteroides anabolizantes androgênicos e efeitos adversos, uso indiscriminado e testosterona, efeitos adversos e testosterona. Resultados: Inicialmente selecionou-se 56 estudos nas bases de dados PUBMED, Scielo e BVS, após uma leitura mais detalhada elegeu-se 9 artigos utilizados nesse artigo. Como resultado do uso de andrógenos a longo prazo, os testículos podem ser significativamente reduzidos. Conclusões: Os efeitos negativos do uso de anabolizantes esteróides não desaparecem totalmente após a suspensão do seu uso, entre os efeitos indesejáveis como o risco de acometimento de doenças cardiovasculares, masculinazação em mulheres, hipertrofia muscular e lesões hepáticas entre outras.
Referências
Asiedu, B., Anang, Y., Nyarko, A., Doku, D. A., Amoah, B. Y., Santa, S., ... & Asare, G. A. (2017). The role of sex steroid hormones in benign prostatic hyperplasia. The Aging Male, 20(1), 17-22. https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13685538.2016.1272101.
Balbino, G. (2015). Insatisfação corporal e o uso de esteroides anabólicos em homens praticantes de musculação. https://repositorio.unesp.br/handle/1 1449/136496.
Câmara, L. C. (2018). Esteroides Anabólico-Androgênicos: Conceitos Fundamentais. Lura Editorial.
Charal, C. M. S. (2017). Uso de esteroides anabolizantes por frequentadores de academias: Motivos e perspectivas. http://rdu.unicesumar.edu.b r/bitstream/123456789/953/1/CLAUDIANA%20MARCELA%20SISTE%20CHARAL.pdf.
Charni-Natan, M., Aloni-Grinstein, R., Osher, E., & Rotter, V. (2019). Liver and steroid hormones—can a touch of p53 make a difference?. Frontiers in endocrinology, 10, 374. https://internal-journal.frontiersin.org/articles/10.3389/fendo.2019.00374/full.
Corrêa, L. A. (2020). Os riscos da utilização de substâncias anabolizantes no treinamento físico militar: uma revisão breve da literatura. https://bdex.eb.mil.b r/jspui/bitstream/123456789/7539/1/Cap_Luiz%20de%20Andrade%20Corr%C3%AAa.pdf.
Correa, A., & Júnior, F. H. (2020). Motivos pelos quais praticantes de musculação utilizam anabolizantes esteroides. https://fefiso.edu.br/download/t ccs/MOTIVOS%20PELOS%20QUAIS%20PRATICANTES%20DE%20MUSCULA%C3%87%C3%83O%20UTILIZAM%20ANABOLIZANTES%20ESTEROIDES.pdf.
Da Silva, C. R. L., Júnior, H. S. L., & Lopes, I. C. R. (2020). Alterações Laboratoriais e Prostáticas Decorrentes do Uso de Esteroides Anabolizantes. https://www.newslab.com.br/wpcontent/uploads/yumpu_files/Altera%C3%A7%C3%B5es%20Laboratoriais%20e%20Prost%C3%A1ticas%20Decorrentes%20do%20Uso%20de%20Esteroides%20Anabolizantes.pdf.
De Brito, A., & Faro, A. (2017). Significações atribuídas aos anabolizantes: um embate entre o desejo e o risco. Psicologia, Saúde e Doenças, v. 18, n. 1, p. 102-114. https://www.redalyc.org/pdf/362/36250481009.pdf.
de Eça, P. M. C. (2019). Consumo de Suplementos Alimentares e Esteroides Anabolizantes por praticantes de musculação. https://repositorio-aberto.up.pt/b itstream/10216/124325/236007.pdf
de Lima, D. G. (2016). Os efeitos do uso de testosterona associado a exercícios aeróbicos em ratos Wistar submetidos a dieta hipercalórica. http://www2.ufa c.br/ppgcs/informacoesacademicas/dissertacoes/2016/diegogoncalves-lima.pdf.
de Oliveira, R. A. (2016). Abuso de esteroides anabólicos androgênicos: prescrições facilmente obtidas com médicos e pela internet. https://repositorio.u fmg.br/handle/1843/37166.
de Souza, R. M., da Silva, G. F. N., & da Silva, L. G. M. (2017). POSSÍVEIS RISCOS E BENEFÍCIOS DO USO DE ANABOLIZANTES EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO. In XVII Salão de Iniciação Científica e Trabalhos Acadêmicos. https://www.ulbra.br/santarem/imprensa/not icia/22592/xvii-salao-de-pesquisa-e-iniciacao-cientifica-e-iii-salao-de-extensao.
Dote-Montero, M., De-la-O, A., Jurado-Fasoli, L., Ruiz, J. R., Castillo, M. J., & Amaro-Gahete, F. J. (2021). The effects of three types of exercise training on steroid hormones in physically inactive middle-aged adults: a randomized controlled trial. European Journal of Applied Physiology, 121(8), 2193-2206. https://link.springer.com/article/10.1007/s00421-021-04692-7.
Favero, F. F., & Simões, V. A. R. (2017). Uso abusivo de anabolizantes e suplementos por praticantes de musculaçaõ em academias da cidade de Mogi Guaçu-SP. FOCO: caderno de estudos e pesquisas, (10), 22-41. http://www.revistafoco.inf.br/index.php/FocoFimi/article/view/86.
Ferreira, D. M. A., de Oliveira, J. P. L., Mangia, R. C., Furtado, E. T. F., & de Abreu, W. C. (2020). Consumo de suplementos por praticantes de musculação: em busca da saúde ou do corpo perfeito?. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(266). https://www.efdeportes.com/efdeportes/index.php/EFDeportes/a rticle/download/2168/1255?inline=1.
Gyawali, P., Martin, S. A., Heilbronn, L. K., Vincent, A. D., Taylor, A. W., Adams, R. J., ... & Wittert, G. A. (2018). The role of sex hormone-binding globulin (SHBG), testosterone, and other sex steroids, on the development of type 2 diabetes in a cohort of community-dwelling middle-aged to elderly men. Acta diabetologica, 55(8), 861-872. https://link.springer.com/article/10.1007/s00592-018-1163-6.
Hyer, M. M., Phillips, L. L., & Neigh, G. N. (2018). Sex differences in synaptic plasticity: hormones and beyond. Frontiers in molecular neuroscience, 11, 266. https://internal-journal.frontiersin.org/articles/10.3389/fnmol.2018.00266/full.
Maia, B. C. (2020). Perfil de usuários de anabolizantes no Brasil: uma revisão bibliográfica. http://repositorio.unifametro.edu.br/handle/123456789/667.
Mendell, A. L., & MacLusky, N. J. (2018). Neurosteroid metabolites of gonadal steroid hormones in neuroprotection: implications for sex differences in neurodegenerative disease. Frontiers in molecular neuroscience, 11, 359. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnmol.2018.00359/full.
Moraes, G. S., Almeida, P. H. R. F., Lemos, L. B., & Lemos, G. S. (2020). Anabolizantes: erros de prescrição e dispensação. JMPHC: Journal of Management & Primary Health Care, ISSN 2179-6750, 12, 1-16. https://jmphc.emnuvens.com.br/jmphc/article/view/961.
Neves, V. G. R., de Sá, T. N., da Silva, V. R. P., & Aoyama, E. A. (2021). PREVALÊNCIA DO USO DE ANABOLIZANTES PELO ESPORTISTA AMADOR: O PERFIL DOS USUÁRIOS E OS EFEITOS COLATERAIS. Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde. https://revistarebis.rebis.com.br/in dex.php/rebis/article/download/201/160.
Oliveira, L. L. D., & Cavalcante, J. L. (2018). Fatores sociodemográficos, perfil dos usuários e motivação para o uso de esteroides anabolizantes entre jovens adultos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 40, 309-317. https://www.scielo.br/j/rbce/a/n7M6Zh9VpF87NdhFpzZCCxN/?format=html&lang=pt.
Petrick, J. L., Falk, R. T., Hyland, P. L., Caron, P., Pfeiffer, R. M., Wood, S. N., ... & Cook, M. B. (2018). Association between circulating levels of sex steroid hormones and esophageal adenocarcinoma in the FINBAR Study. PloS one, 13(1), e0190325. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal .pone.0190325.
Porello, R. A. (2017). Avaliação da resposta neurovascular durante o exercício físico isométrico e estresse mental em usuários de esteroides androgênicos anabolizantes. https://www.teses.usp.br/tes es/disponiveis/5/5160/tde-03012018-112814/publico/RafaelArmaniPorello.pdf
Santos, A. M. (2017). O mundo anabólico: análise do uso de esteróides anabólicos nos esportes. 3ª ed. Revisada e ampliada. Editora Manole.
Silva, A. L. F. (2019). Uso de esteroides anabolizantes androgênicos e seus efeitos fisiopatológicos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 3(1), 128-151. https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/uso-de-esteroides.
Teixeira, A. M., Matos, C. G. S., de Lima, L. D. M. A., de Oliveira, P. S., & de Sousa, J. H. K. (2016). Uso de Esteróides Androgênicos Anabolizantes e Outros Suplementos Ergogênicos. CEP, v. 30150, p. 220. http://urominas.com/wp-content/uploads/2016/06/Urominas-6.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Denise Santos de Souza ; Ederson Ferreira de Souza; Swemy Oliveira Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
