Manejo terapêutico da hiperprolactinemia: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22554Palavras-chave:
Endocrinologia; Hiperprolactinemia; Revisão; Terapêutica.Resumo
Introdução: A prolactina (PRL) é um hormônio sintetizado e secretado pelas células lactotróficas da adeno-hipófise, tendo como principal função o estímulo à lactação. A hiperprolactinemia é definida como o excesso da produção de prolactina, sendo o distúrbio hormonal hipofisário mais frequentemente encontrado na prática médica. Metodologia: Consiste em uma revisão da literatura, de abordagem qualitativa e integrativa, acerca do manejo terapêutico da hiperprolactinemia. Os textos científicos foram selecionados na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e na U. S. National Library of Medicine (PubMED), utilizando os descritores “hyperprolactinemia” e “treatment”. Resultados e discussão: O manejo terapêutico da hiperprolactinemia depende do estabelecimento da sua etiologia, que pode ser patológica, incluindo prolactinomas e hipotireoidismo primário; farmacológica, com o uso de antipsicóticos; ou fisiológica, por lesões da parede torácica, estresse ou amamentação. Em geral, o tratamento tem por objetivo a conservação ou a recuperação do funcionamento gonadal e a prevenção de efeitos secundários do aumento dos níveis de PRL, como a osteoporose. Conclusão: Com a revisão da literatura científica, percebe-se que a investigação da etiologia da hiperprolactinemia é fundamental para a decisão terapêutica. A abordagem clássica, realizada com os AD, especialmente a CAB, ainda é considerada primeira linha para o tratamento de prolactinomas, independentemente do tamanho. Outras opções medicamentosas abrangem a TRH, como o Tamoxifeno e o Clomifeno, que se mostraram opções benéficas para macroprolactinomas invasivos e resistentes; e restauração do eugonadismo, respectivamente.
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