Dinâmica dos casos notificados de dengue em Alagoas: Geoespacialização e Estatística Aplicada
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22990Palavras-chave:
Dengue; Estatística aplicada; Urbanização; Adensamento populacional; Espaço-temporalidade.Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar os casos notificados de dengue no Estado de Alagoas via estatística aplicada e a geoespacialização. Os dados de dengue foram obtidos do sistema DATASUS entre 2000 a 2015. A série temporal foi submetida à estatística descritiva, exploratória e o teste de Pettitt. Nos mapas de casos de dengue foi usado o método de Spline via QGis versão 3.4. Na estatística descritiva, apenas 10 municípios foram avaliados com base nos maiores registros de casos. Todos os municípios foram superiores à média de casos de dengue em 2010, ano da maior enchente recente no Estado. O boxplot apontou que todos os 10 municípios foram assimétricos positivos em alguns meses para os casos de dengue, a exceção foi Delmiro Gouveia. O teste de Pettitt identificou ciclos bianuais (2006/2007 e 2009/2010) associados às fases do ENOS (El Niño e La Niña) na categoria moderada, seguido dos meses de janeiro, fevereiro, abril e dezembro, correspondentes a atuação de alguns sistemas sinóticos. No mapeamento dos casos anuais de dengue, os maiores registros ocorreram no Agreste e Leste Alagoano. A geoespacialização e a estatística aplicada são eficientes na avaliação espaço-temporal dos casos de dengue em Alagoas.
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