Profissionais de saúde idosos: quais fatores fomentam e levam esse público a permanecer em atuação laboral após a aposentadoria?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23021Palavras-chave:
Idoso; Aposentadoria; Qualidade de Vida; Pessoal da saúde.Resumo
Metodologia: estudo qualitativo exploratório descritivo realizado em um município do interior do estado do Rio Grande do Sul, com 16 profissionais de saúde de 60 anos de idade ou mais, tanto de atuação em Unidades Básicas de Saúde, quanto em hospitais. Para coleta de dados fez-se uso de entrevista semiestruturada e para análise dos dados, usou-se a Análise de Conteúdo. Resultados: destacaram-se quatro aspectos positivos no que se refere ao mantimento das atividades laborais no campo da saúde, sendo eles concernente a questões de satisfação profissional e pessoal, cultivo de relações sociais, mantimento das atividades de vida diária e no que diz respeito a contribuição com a sociedade. Sob outro prisma, observaram-se três pontos negativos que, de certa forma, lhes obriga a permanecer em atividade laboral, principalmente relacionadas às necessidades econômicas, receio de perdas identitárias e angústias quanto a invisibilidade e o isolamento social. Considerações Finais: assim sendo, trabalhar lhes traz ânimo e fomenta a qualidade de vida, todavia, emergem razões que lhes obrigam permanecer em ambiente laboral, para suprir necessidades humanas básicas e condições econômicas familiares.
Referências
Bardin, L (2011). Análise de Conteúdo. (4a ed.). Edições 70.
Biancheto, J. M.; Coltre, S. M.; & Mello, G. R. (2017). Study on the valuabl factor of work. Rev capital científico, 15 (3), 1-13.
Brasil (2013). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre pesquisas em seres humanos e atualiza a resolução 196 [internet]. Conselho Nacional de Saúde. Brasília, https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.
Canizares, J. C. L.; & Filho, W. J. (2011). Fatores de risco à senilidade na transição à aposentadoria. Rev Bras Geriatr Gerontol, 14 (3), 425-32.
Dejours, C (2007). A carga psíquica do trabalho. In: Betiol, MIS. Psicodinâmica do trabalho: contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas.
Dutra, R. Q.; & Coelho, I. B. (2020). They think we are invisible”: gender, outsourcing, and popular legal education. Rev Direito e Práx, 11 (4), 2359-85.
Figueira, D. A. M.; Haddad, M. C. L.; Gvozd, R.; & Pissinati, P. S. C. (2017). Retirement decision-making influenced by family and work relationships. Rev Bras Geriatr Gerontol, 20 (2), 207-15.
Freire, S. A (2003). Envelhecimento bem-sucedido e bem-estar psicológico. In: Neri, AL; Freire, SA. E por falar em boa velhice. Campinas: Papirus, 21-31.
Freitas, M. C.; Queiroz, T. A.; Sousa, J. A. V. (2009). O significado da velhice e da experiência de envelhecer para os idosos. Rev Esc Enferm USP, 44 (2), 407-12.
Indicadores Brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (2021) [internet]. Brasília, https://odsbrasil.gov.br/.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). A população brasileira envelhece em ritmo acelerado [internet]. Brasília, http://www.ibge. gov.br/home/presidencia/noticia s/noticia_visualiza.php?id_ noticia=1272.
Itaborai, N. R.; & Ricoldi, A. M. (Org.) (2016). Até onde caminhou a revolução de gênero no Brasil? ABEP.
Jardim, V. C. F. S.; Medeiros, B. F.; & Brito, A. M. (2019). A view on the aging process: elderly’s perception of old age. Rev Bras Geriatr Gerontol, 9 (2), 25-34.
Lacerda, M. R.; Ribeiro, R. P.; & Costenaro, R. G. S. (Org.) (2018). Metodologias da pesquisa para a enfermagem e saúde: da teoria à prática. (2a ed.), Moriá Editora.
Libório, T. R (2021). A importância dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, no desafio da educação para os direitos humanos. Rev Interdisciplinar de Direitos Humanos, 9 (1), 275-96.
Marx, K. (1983). O capital: crítica da economia política. Abril Cultural.
Merhy, E. E.; & Franco, T. B. (2008). Trabalho em saúde. In: Pereira, IB; Lima, JCF (Org.). Dicionário da educação profissional em saúde. Rio de Janeiro: EPSJV, 247-432.
Minayo, M. C. S. (2014). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. (14a ed.), HUCITEC.
Morato, L. Z.; & Ferreira, H. G. (2020). O mercado de trabalho para idosos: a consultoria como possibilidade de atuação. Rev Psicol Organ Trab, 20 (3), 1097-1104.
ODS. Indicadores Brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, 2021: https://odsbrasil.gov.br/.
Oliveira, A. A.; & Neto, J. V (2018). A influência da previdência privada como renda complementar à aposentadoria e as contribuições para a economia brasileira: um estudo bibliográfico. REINPEC, 4 (2), 72-88.
Oliveira, A S (2019). Transição demográfica, transição epidemiológica e envelhecimento populacional no Brasil. Hygeia - Rev Bras Geografia Médica e da Saúde, 15 (32), 69-79.
Oliveira, M. S. S.; & Santos, L. A. S. (2020). Dietary guidelines for Brazilian population: an analysis from the cultural and social dimensions of food. Ciênc Saúde Colet, 25 (7), 2519-28.
Ribeiro, P. C. C.; Almada, D. S. Q.; Souto, J. F.; & Lourenço, R. A. (2018). Permanence in the labour market and life satisfaction in old age. Rev Ciên Saúde Colet, 23 (8), 2683-92.
Rocha, G. S. A.; et al (2019). Feelings of pleasure of nurses working in primary care. Rev Bras Enferm, 72 (4), 1036-43.
Sá, C. M. S.; Souza, N. V. D. O.; Caldas, C. P.; & Lisboa, M. T. L. (2011). O idoso no mundo do trabalho: configurações atuais. Cogitare Enferm, 16 (3), 536-42.
Sant’anna, S. R.; & Hennington, E. A. (2011). The micropolitics of living work in the act, ergology and popular education: a proposition of a device to train health workers. Rev Trab, Educ e Saúde, 9 (1), 223-244.
Santa Cruz do Sul (2021). Prefeitura municipal de Santa Cruz do Sul [internet]. Rio Grande do Sul, http://www.santacruz.rs.gov.br/links/busca.
Santos, D. G. G.; & Guimarães, M. (2020). Pertencimento: um elo conectivo entre o ser humano, a sociedade e a natureza. REMEA, 37 (3), 208-23.
Seixas, C. T.; et al (2019). The power of the bond for Healthcare production: what guiding users teach us. Interface Comun Saude Educ, 23 (21), 1-14.
Silva, D. A.; & Mendes, D. F. (2019). Da gerontofobia ao envelhecimento consciente e saudável. Psicol Saúde debate, 5 (2), 66-66.
Silva, M. M.; Turra, V.; & Chariglione, I. P. F. S. (2018). Idoso, depressão e aposentadoria: Uma revisão sistemática da literatura. Rev Psic IMED, 10 (2), 119-36.
Souza, L. B. C.; et al (2020). Elderly retirement postponement factors: an integrative literature review. Rev Ciên Saúde Colet, 25 (10), 3889-3900.
Souza, L. B. C.; et al (2020). Elderly retirement postponement factors: an integrative literature review. Ciênc Saúde Colet, 25 (10), 3889-900.
World Health Organization (2017). Global strategy and action plan on ageing and health [Internet]. Geneva, http://www.who.int/ageing/WHO-GSAP-2017.pdf?ua=1.
Ziger, R; Filippim, E. S; & Beltrame, V (2017). Perspectives of careers for elderly people in organizations. ReCaPe, 7 (3), 64-87.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Guilherme Mocelin; Gabriele Zawacki Milagres; Suzane Beatriz Frantz Krug; Hildegard Hedwig Pohl; Marcelo Carneiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.